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Mostrando postagens que correspondem à pesquisa por cinema nacional

Matar ou Correr (1954): Paródia de "High Noon" feita por Carlos Manga mostra a visão dos brasileiros sobre os ideais errôneos do faroeste americano

Comédia western mostra a figura de Kid Bolha (Oscarito) e Ciscocada (Grande Otelo), dois cowboys palhaços que foram confundidos enquanto passavam por uma velha cidade do Velho Oeste, chamada de Citydown, ou como entenderam errado como "sit down". Depois desse encontro com o bandido local, por engano, um deles vira xerife após ganhar de Jesse Gordon (José Lewgoy), um violento pistoleiro de Citytown que acabou preso pela nossa dupla bonachona.  Filme da antiga produtora Atlântida Cinematográfica, e o e lenco conta com Grande Otelo, Oscarito, José Lewgoy, John Herbert e Inalda de Carvalho, Wilson Grey e Marlene Renato Restier. Uma sátira ao herói individualista de Matar ou Morrer  (1952), conta-se que o diretor Carlos Manga teria assistido 5 vezes o filme estrelado por Gary Cooper para conseguir acertar o tom

Mato Seco em Chamas (2022): Ficção científica distópica brasileira onde o petróleo se tornou o centro da disputa

Na favela de Sol Nascente, em Brasília, a principal moeda de troca entre grupos inimigos é o petróleo. Chitara, grande gasolineira da região, tenta angariar mais clientela para seu poço particular com a ajuda da irmã. Quando o Brasil se torna mais conservador e ameaça votar na extrema-direita, o posicionamento de Chitara se transforma em um ato político

Vai Trabalhar, Vagabundo! (1973): Clássico do Cinema Nacional baseado em Chico Buarque busca a malandragem carioca perdida

Filme protagonizado e dirigido por Hugo Carvana, que interpreta Secundino Meireles, um malandro carioca que sai da prisão e, sem dinheiro, organiza uma volta dos dias de ouro clássica malandragem carioca. Tentando relembrar os velhos dias de jogatina, com uma revanche entre os dois maiores jogadores de sinuca da época. Mas Russo está internado em um hospício desde sua última derrota, e Babalu agora é um trabalhador controlado de perto pela esposa Vitória

Barravento (1962): Debate entre identidade e consciência coletiva marcam primeiro longa de Glauber Rocha

Em uma vila de pescadores em Xeréu, no litoral da Bahia, filmagens ocorreram na praia do Buraquinha em Itapuã. Contando com o elenco com Antônio Pitanga como Firmino, Luíza Maranhão como a sedutora Cota, Lucy de Carvalho como Naína, e Aldo Teixeira como Aruã.  F ilme g anhou o Opera Prima para iniciantes, e também o Festival de Karlovy Vary, na República Tcheca . Com direção de fotografia de Tony Rabatony, diálogos de Luis Paulinho dos Santos, e direção de Glauber Rocha, sendo seu primeiro longa.  Firmino inveja Aruã, que é o protegido da deusa mãe dos mares Iemanjá, por isso que Firmino não gosta dele. Firmino fere Aruã para prover que ele não tinha "corpo fechado" como pensado por todos, talvez para perder a mística total que para Firmino, o malandro de primeira vista, era exploração.  Em 1962, ano de lançamento do filme, o Brasil acabava de viver uma tentativa de golpe militar (em 1961), ensaiando não permitir que João Goulart assumisse a presidência, depois da renúnci...

Cinema Nacional: TV Brasil prepara nova programação focada na produção audiovisual brasileira para setembro. Confira a data de estreia

Além da exibição de filmes, a programação terá o programa Cine Resenha, que entrevista diretores brasileiros. Segundo a Assessoria de Comunicação da EBC, ainda não há uma programação fechada, porque a confirmação dos filmes depende de assinatura de contratos.

A Próxima Vítima (1983): Clássico esquecido do cinema nacional inspirou icônica novela e retrata o contexto da Redemocratização do Brasil

  Um serial killer assusta a todos no bairro do Brás. Ele assassina prostitutas e a polícia não parece preocupada em resolver o crime, em meio ao contexto das eleições para governador de 1983. Davi ( Antônio Fagundes ) é um jornalista que está passando por um divórcio e que trabalha para a RTT, uma emissora de televisão que o quer cobrindo os assassinatos. No meio de sua perigosa investigação, ele se envolve com Luna (Mayara Magri), uma vítima em potencial do assassino

Limite (1931): Refletindo a contradição entre modernidade e passado, clássico mitológico e primordial do cinema brasileiro ficou perdido por décadas

Em um barco à deriva, duas mulheres e um homem relembram seu passado recente. Uma das mulheres escapou da prisão, a outra estava sem destino, e o homem tinha perdido sua amante. Cansados, eles param de remar e se conformam com a morte, relembrando flashbacks do passado, atingindo o limite de suas existências. Considerado perdido por anos e com exibição original limitada, muitas acreditavam que o filme era um mito. Mesmo Glauber Rocha nunca conseguiu assisti-lo na integra. A restauração total foi feita em 2010, World Cinema Foundation (Fundação do Cinema Mundial), em parceria com a Cinemateca Brasileira. A fundação surgiu nos anos 70 da preocupação de Scorsese ,  George Lucas , Coppola e Spielberg  com o desaparecimento de obras que marcaram a história do cinema 

O Pagador de Promessas (1962): Completando 60 anos, veja as diferenças entre a peça de Dias Gomes e o filme de Anselmo Duarte que trouxe o Cannes para o Brasil

Completando 60 anos, Pagador de Promessas ("The Given Word"), foi inspirado na peça homônima de Dias Gomes, encenada pela primeira vez em 1960 em São Paulo.  Estrelando Leonardo Villar no papel de Zé do Burro, um roceiro dono de um sítio que havia feito uma promessa para Santa Bárbara para curar seu burrinho de estimação.   A promessa feita por Zé do Burro foi para trazer a cruz de Santa Bárbara até da procissão anual carregando uma cruz, desde seu sítio no interior até a igreja em Salvador, assim como havia sido feita para Iansã no terreiro, o que representa o sincretismo religioso. A ssim que o padre conservador local sabe disso, não deixa Zé do Burro entrar com sua cruz pois ele acha que Iansã é um demônio. Começa a saga do herói  que lembra a teodiceia dos primeiros cristãos. O elenco ainda conta com Glória Menezes, Norma Bengell e  Antônio Pitanga. O roteiro do filme foi feito em parceria de  Anselmo Duarte e o próprio Dias Gomes. O filme ganhou o prêmio d...

As 10 regras mais estranhas do Código de Censura da Hollywood Clássica

Quem não ouviu falar que "não se faz mais filme como antigamente". Mas quando pensamos nos filmes de 1930 a 1968 da famosa era clássica do cinema de Hollywood pensamos nos maiores clássicos do cinema, da era do cinema mudo ao cinema falado e também vivenciou o começo da era colorida do cinema. Apesar de ser uma época gloriosa do cinema, onde era o cinema que orientava toda uma vertente da cultura popular americana e mundial, mas nem tudo são flores, e a prova disso é o Motion Picture Prodution Code, mais conhecido como "Hays Code". 

Acossado (1960): Por que diretor Jean-Luc Godard e a Nouvelle Vague foram inovadores e revolucionários

Michel é um criminoso jovem e perigoso que se baseia na personagem cinematográfica de Humphrey Bogart . Depois de roubar um carro em Marselha, Michel atira e mata um policial que o seguia por uma estrada secundária. Sem um tostão e fugindo da polícia, ele recorre a uma americana interessada, Patricia, uma estudante e aspirante a jornalista, que vende o New York Herald Tribune nas avenidas de Paris. A ambivalente Patricia involuntariamente o esconde em seu apartamento enquanto ele simultaneamente tenta seduzi-la e pede um empréstimo para financiar sua fuga para a Itália

À Meia-Noite Levarei Sua Alma (1964): Zé do Caixão, moralidade e o contexto sombrio do golpe de 64

Zé do Caixão é o coveiro local de uma cidade o interior do Brasil sem nome. Soturno, ele desdenha da religião e da emoção. Ele acredita que a única coisa que importa é a "continuidade do sangue" (especificamente o seu), está à procura da "mulher perfeita" para lhe dar uma criança superior que será imortal. Como sua esposa Lenita não consegue ter filhos, Zé começa a fazer avanços com Terezinha, noiva do amigo de Zé, Antônio. Terezinha o repreende dizendo que Antonio é o único homem em sua vida. Durante um feriado católico, Zé, descontente com sua infertilidade, mata sua esposa Lenita amarrando-a e colocando uma aranha venenosa mordê-la. As autoridades locais não podem encontrar uma pista para prendê-lo e ele continua livre para fazer o que quiser. Assim, Zé do Caixão vê o caminho livre para realizar seu plano e aterrorizar os moradores da cidade. O filme já foi mencionado como referência de diversos cineastas, como Scorsese e Spielberg, e filmes de horror trash, se t...

11 filmes brasileiros esquecidos que você precisa conhecer

Os 11 filmes brasileiros mais subestimados de todos os tempos. Todos nós sabemos dos clássicos dos clássicos do cinema nacional. Muitos são os filmes brasileiros gostados pelo mundo e pelos brasileiros também. Mas essa lista é um pouco diferente. Vamos lembrar dos filmes brasileiros que são muito bons pouco mas pouco lembrados nas listas. 

As Pequenas Margaridas (1966): A primavera de Praga e a questão da liberdade perante a burocracia soviética e o hedonismo burguês capitalista

O filme acompanha as aventuras de Maria I e Maria II.   Maria I, sai com um homem mais velho e aparentemente casado. Maria II aparece, dizendo que é irmã de Maria I, e aproveita para comer o máximo possível enquanto zomba do encontro e interfere em suas intenções amorosas. Ela pergunta quando o trem do homem está partindo, e o trio vai para a estação de trem. Maria I pega o trem com o homem antes de fugir e voltar para casa com Maria II, cena que representa bem o que ambas fazem várias vezes com os homens ao longo do filme.  Daises, ou "As Pequenas Margaridas", é um filme de 1966 marcado por um contexto de disputas políticas, no qual a Tchecoslováquia se encontrava em uma nova perspectiva econômica, política, social e cultural, principalmente pelo fim da Segunda Guerra Mundial e a expansão da União Soviética para os países da Europa Oriental. O filme foi proibido na Tchecoslováquia, além de censurado e banido em uma série de países, desde seu lançamento inicial em 1966 até 1...

Ainda Estou Aqui (2024): Um comovente retrato familiar que flutua entre a memória e o esquecimento sobre o período militar e a democracia

No início da década de 1970, o Brasil vivia o clima de repressão, junto com a euforia da Copa do Mundo. Os Paiva enfrentam o endurecimento da ditadura militar na própria pele. Rubens, Eunice e seus cinco filhos vivem à beira da praia em uma casa de portas abertas para os amigos. Um dia, Rubens Paiva é levado por militares à paisana e desaparece. Eunice vê sua busca pela verdade sobre o destino de seu marido se estender por décadas. Eunice vira advogada e filho Marcelo vira um famoso escritor, que escreveu o livro que dá nome ao filme  

Garrincha, Alegria do Povo (1962): Documentário ao estilo do Cinema Novo inaugurou a linguagem da reportagem e cobertura esportiva no Brasil

Garrincha, Alegria do Povo  é um longa documental do diretor Joaquim Pedro de Andrade. Inspirado em muito na estética e técnicas do movimento do Cinema Novo ,  o filme tem produção de Armando Nogueira e Luiz Carlos Barreto, fotografia de Mário Carneiro, e foi distribuído pela Embrafilmes. Descrevendo o universo do futebol no Brasil como parte da constituição da própria cotidianidade, focando na identidade e na biografia do rei das pernas tortas, cujo nome de batismo era Manuel dos Santos. O filme foi realizado durante o auge da carreira do jogador, consagrado no Botafogo de Futebol e Regatas, onde eternizou a camisa número 7, e também como um dos mais importantes atletas da Seleção Brasileira de Futebol campeã mundial nas Copas de 1958 e 1962, auge dos governos desenvolvimentistas de JK e Jango. O filme foi escolhido para a 13ª edição do Festival Internacional de Cinema de Berlim, em 1963

O Beijo no Asfalto (1981): Jornalismo, fofoca e o beijo gay mais chocante do cinema nacional em clássica adaptação de Nelson Rodrigues

Depois de ser atropelado por um carro, um homem pede um último beijo a um transeunte antes de morrer. O outro homem, cheio de pena dele, realiza seu desejo. Logo, se torna o assunto da cidade, e a sociedade começa a implicar que os dois homens eram amantes, afetando sua vida e seu casamento.

Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964): Bastidores, curiosidades e teorias do clássico do cinema nacional

Deus e o Diabo na Terra do Sol  será exibido no Festival de Cannes de 2022, como parte da mostra Cannes Classics. O segundo longa de  Glauber Rocha , filmado em 1964 em Monte Santo, sertão da Bahia, passou por processo de restauração nos três últimos anos, projeto desenvolvido pelo produtor Lino Meireles e pela diretora Paloma Rocha, filha de Glauber. Deus e o Diabo teve estreia mundial justamente em Cannes  (Veja aqui a lista das indicações)  e ganhou indicação à Palma de Ouro. O festival acontece nos próximos dias 17 a 28.

7 Prisioneiros (2021): Da flexibilização trabalhista ao trabalho escravo

Filme dirigido por Alexandre Moratto conta a história de Mateus (Christian Malheiros), de 18 anos, que mora no interior do Brasil com sua mãe e irmãs. Ele se dá bem com a família e sua mãe trabalha incessantemente para sustentá-los, com o custo de vida alto do Brasil atual, entre comida, energia elétrica, telefone e tudo mais. Então, quando um recrutador chamado Gilson oferece a Mateus e outros jovens de sua vila a oportunidade de viajarem para São Paulo, eles aceitam na hora, se lançando ao desconhecido, onde acabam presos a uma situação de trabalho escravo. Vencedor do Melhor Filme em Língua Estrangeira do  Festival Internacional de Cinema de Veneza

Perfume de Gardênia (1992): Um retrato dos efeitos do denuncismo policial no jornalismo brasileiro

  Perfume de Gardênia é um filme brasileiro, dirigido por Guilherme de Almeida Prado. Se passando entre o final dos anos 80 e início dos 90, a trama neo noir acompanha a vida do taxista carioca Daniel. Ele passa o dia inteiro dentro táxi interagindo com as pessoas mais diferentes possíveis, lendo ou ouvindo jornais policiais. Essa relação de indiferença, o torna uma pessoa amarga, sobrando para sua esposa Adalgisa e seu filho Joaquim suportarem suas paranoias

A Sina do Aventureiro (1958): O "faroeste feijoada" de quando José Mojica ainda não era "Zé do Caixão"

  Após ser baleado fugindo de um tiroteio, o bandido Jaime cai à margem de um rio, onde ele é socorrido por duas belas jovens. Ele envolve-se romanticamente com Dorinha, filha de um fazendeiro e, por amor a ela, entrega-se à polícia. Ao sair da prisão, Jaime tem que enfrentar Xavier, um bandido sanguinário que planeja vingar-se do pai de Dorinha. O filme foi classificado como “Western Feijoada”, pelo pesquisador Rodrigo Pereira, autor da dissertação de mestrado “Western Feijoada: o faroeste no cinema brasileiro”. Dirigido por José Mojica Martins, que viria a ser conhecido depois como o Zé do Caixão disse ter, disse ter produzido o filme com uma grande miscelânea cultural brasileira, misturando em seu filme, roupa nordestina, gaúcha e americana, e creditou como um dos fatores do sucesso desse longa, que permaneceu no cinema por um longo período


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