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O Informante (The Insider, 1999): Filme de Michael Man aborda polêmicas editoriais do jornalismo e masculinidade nos bastidores do 60 minutes




Dirigido por Michael Mann, de um roteiro adaptado de Eric Roth e Mann, inspirado no artigo na Vanity Fair de 1996, de Marie Brenner, intitulado "O Homem Que Sabia Muito", sobre um informante bioquímico Jeffrey Wigand (Russell Crowe), que expôs práticas abusivas da empresa de tabaco, Brown & Williamson. Bergman (Al Pacino) é o jornalista do 60 Minutes, que busca expor a indústria do tabaco. Apesar de não ter sido sucesso comercial, O Informante (The Insider) foi um sucesso de crítica e foi indicado para 7 prêmios no Oscar, incluindo de Melhor Filme e Melhor Ator para Russell Crowe.

O filme não está disponível em nenhum serviço de streaming

Durante o prólogo, um produtor da CBS, Lowel Vergman, convence o fundador do Hezbollag, Sheikh Fadlallah, para conceder uma entrevista para Mike Wallace no 60 minutes (um programa americano muito famoso). Enquanto se preparada para a entrevista, tanto Wallace quanto Bergman insistem em suas técnicas e abordagens, o que irrita Sheikh e seus guardas armados e eles interrompem a entrevista com o líder do Hezbollah. 


Mais tarde, Bergman se aproxima de Jeffrey Wigand, um antigo executivo da Brown & Williamson (uma companhia de tabaco), para ele ajudar a explicar os documentos técnicos. Wigand concorda, mas intriga Bergman quando ele fala que não falará sobre nada mais, citando um acordo de confidencialidade. 


Crítica do Filme


Todos conhecem a essência do cinema de Michael Mann, mas ele passou por diversos estúdios, cantos e ideias diferente. Michael Mann, através de simples metáforas, gosta de debater grandes e importantes temas que se escondem em vários de seus trabalhos e filmes. 


Várias de suas obras mostram um lado do existencialismo, em termos pessoais, mas principalmente, em termos profissionais. Alguns se referem ao próprio trabalho de Mann como um dos raros casos onde Hollywood faz cinema comercial junto com cinema de autor. Michael Mann convida em seus filmes a desconfiar da narrativa fácil. 


Seu cinema é extremamente ambíguo e convida o espectador a duvidar da narrativa fácil em relação aos seus personagens, principalmente protagonistas. Essa ambuiguidade está presente o tempo todo em The Insider, esse duplo dos protagonistas mostra que de uma maneira ou outra, os dois estão envolvidos demais em alguma pauta específica, e que isso não combina com a ideia de uma denúncia de um fator isolado esporadicamente. Envolve então a divisão de grupos, partidos políticos e ideologias que se chocam o tempo todo. Na vida real, Wigand virou professor de química, sendo considerado até professor do ano. Bergman se tornou correspondente e produtor da série documental Frontline na PBS (emissora pública americana), e a empresa Brown & Williamson foi penalizada com uma multa bilionária por suas práticas.


Por fim, o segredo foi revelado na integra no programa "60 minutos". Wigand virou professor de química em uma escola de sua cidade, chegando a ser nomeado professor do ano. Bergman se tornou correspondente e produtor da série documental "Frontline" da emissora PBS. 


Bergman era um jornalista disposto a tudo, com uma ética radical de jornalista, mas que se colocava em perigo para provar seu ponto. Já o outro, Wigand, seria o cara científico e certinho na vida profissional, com segredos na vida pessoal, e que um dia foi demitido por cobranças profissionais manifestadas na empresa. Pensando bem, é um paradigma hegeliano clássico, eles são duplos um do outro, se atraem e se repelem, e representam dois distintos modelos de profissão, como também de masculinidade.  



Mann trabalhou com quase todo mundo da Nova Hollywood. Com a United Artists fez Thief, nos estúdios De Laurentiis, fez Manhunter, The Last of the Mohicans na Fox, na Warner Bros. fez Heart, na Dreamworks e Paramount, ele fez Collateral, na Universal ele fez a série Miami Vice e o filme Inimigos Públicos, e The Insider, esse filme já foi feito na Touchstone Pictures, uma subsidiária da Disney


O produtor Hewitt reclama do filme até hoje, dizendo ser "apenas um filme". Outras repercussões negativas aconteceram devido ao fato de Wigand achar exagerada a versão contada sobre ele, ou mesmo que o The Wall Street Journal ameaçou processar para tirar seu nome, pelo roteiro original conter um editor do jornal, que não checava nenhuma informação e já teria escrita uma matéria contra Wigand. 


Mike Wallace, apresentador do programa, também reclamou de ter sido retratado como um "vendido", e que ele não teria lutado pela matéria, quando ele lembra de ter reclamado na época. 


Outras diferenças são por conta do carácter literário de qualquer obra de cinema, mas irritam alguns. Apesar disso, o filme soa como uma ótima maneira de retratar diferenças de ethos e profissão, comparando dois tipos de caras completamente diferentes, em suas vidas pessoais, como na ética profissional. O que eles teriam em comum seria essa cartada de exposição das informações da em empresa de cigarros. 


A ideia de competição e de agressão está ligada com uma ideia de inadequação emocional desses personagens e do jornalismo. Todos os filmes de Michael Mann perpassam o mesmo paradigma. Isso também é próprio da vida em sociedade, principalmente em pleno capitalismo tardio, onde o capitalismo serve como padrão para influenciar homens a se comportar de certa maneira, que é considerada 'masculina' para o crivo da sociedade. 



Masculinidade pode ser uma medida que se analise através da família, da área da pessoa, de seu trabalho e também está inserido na visão dos gostos culturais e do pertencimento de subculturas. The Insider tem essa herança dos primeiros filmes de Michael Mann, onde a ideia propaganda é de certa paranoia psicológica, comuns aos thrillers de suspense e crime.  Os filmes de referência aqui são, The Conversation, (Francis Ford Coppola, 1974) e All the President's Men



Como nesse filme, vemos operações de vigilância no início sugerindo que o jornalista estava acostumado a levar sua bandeira de liberdade de imprensa, até o último nível, entrando em uma briga com o guarda do Sheik Fadlallah (Cliff Curtis), como correspondente de jornal, mostrando esse nível de envolvimento de Bergman com seu trabalho, antes de trabalhar para o 60 Minutes, tinha ficado famoso se infiltrando em lugares que antes nenhum americano tinha. Mostrando esse carácter de "furo" e de reportagem especial de Bergman estava acostumado e que fez seu nome na área. 



O debate do filme é debater se ele teve ética a levar suas estratégias de guerra internacional para um conflito dentro de seu próprio país. Essa diferença aqui é fundamental. Se pensamos em Bergman como corajoso no início do filme, pensamos nele como de alguma maneira "manipulador" ao fazer sua matéria. Lowell Bergman se valeu do que os jornalistas com clientelismo se gabam, de uma ligação íntima, um sistema de auto delação, onde um jornalista de um jornal qualquer pode fiscalizar a atitude de um programa de TV, pois seus donos e interesses são diferentes. 


O que absolutamente não ocorre no Brasil, onde todos os donos de meios de comunicação tem um entendimento e "amizade" entre si. Ninguém fala mal de ninguém, mas para o truque de Bergman funcionar, ele conta com a democracia da mídia em si, ele conta em jogar um interesse corporativo contra o outro. Esse foi o principal motivo da confusão entre Bergman e seus chefes, o processo da companhia de cigarros poderia atrapalhar a fusão da CBS com a Westinghouse, sendo um dos principais motivos do medo da emissora em transmitir o testemunho de Wigand. 


Por conta disso, levando sua "ética jornalística" até o limite, falando com jornais para fornecer a cobertura e os insights do imbróglio todo, Bergman se demitiu do 60 Minutes depois de 14 anos trabalhando por lá, mostrando o quanto ele odiou a interferência. No filme, Bergman é colocado como um cara do "PCdoB" se pensarmos algo igual no Brasil. Bergman era um correspondente, apto a negociar com "terroristas" no estrangeiro, e nos Estados Unidos, ele é um cara "comunista" obviamente. Ele havia conseguido também usar a técnica de ser um "insider", bem típica dos americanos para conseguir publicar o furo do insider (informante) Wigand, que estava desacreditado. Ou seja, o filme é sobre ser informante por ambos os lados, tanto Bergman quanto Wigand. 



Com foto de Angela Davis e Che Guevara em sua parede, e com todos na sua família parecendo independentes e participantes do "ofício de jornalismo", vemos claramente a ideologia e a visão de mundo do jornalista Lowell Bergman. Felizmente para Wigand, o informante do filme, seu depoimento nos processos em Mississippi e Kentucky foram vazados e publicados pelo Wall Street Journal como parte de uma investigação, a CBS. News ficou envergonhada e passou o segmento inteiro da entrevista, deixando todo os Estados Unidos em puro choque.

 



Os documentos das pesquisas realizadas pela Brown & Williamson foram doados para a Universidade da Califórnia e para a Sociedade de Controle de Tabaco de São Francisco em 1994 a revelia da companhia. A universidade realizou estudos científicos em torno dos dados da empresa. Lá tinham dados como o pagamento de meio milhão de dólares para Sylvester Stallone em publicidade, por exemplo. Em 1995, a Universidade ganhou o direito de divulgação científica do documento pela Corte Superior de São Francisco. 


Tiveram depoimentos, notícias e transcritos do 60 Minutes, quando Mann leu o roteiro escrito por Eric Roth intitulado "The Good Shepher" sobre os primeiros 25 anos da CIA. O filme foi Baseado no script, ele contatou Roth para ajudar ele a escrever O Informante (The Insider). O interessante desse filme, é que acaba sendo mais sobre o exercício do jornalismo livre, do que exatamente sobre a questão da indústria de tabaco. 



O cinema de Michael Mann, desde os anos de 1970, tem uma visão e uma abordagem próprias. Os temas de Mann como autor passam a ideia de existencialismo, debates sobre masculinidade tóxica, família, opinião pública, e claro, investigação e crimes. É uma fórmula própria, que usa muito do suspense e do mistério para passar sua essência.



 O existencialismo, visto na França, na Alemanha percorrem toda sua obra. O cinema de Mann em filmes como Manhunter e Heat, superam apenas a questão da investigação e do mistério, aqui há toda uma expansão de gênero, em termos de política social que a obra de Mann aborda.  Já nesse "The Insider", Mann trouxe o debate da lei, do acesso a informação e da transmissão de conteúdo frente ética pessoal dos jornalistas. O debate duplo da intensão por trás de uma matéria que envolve uma forma de denúncia. Isso torna tudo mais complicado. Ainda mais um programa de alcance tão amplo como o 60 Minutes. 


O crítico Roger Ebert deu 3 de 4 estrelas para o filme, admirando seu poder de absorver, entreter e de dar raiva também. Tarantino classifica como um dos filmes melhores 20 filmes pós 1992 (o ano que ele se tornou diretor). 


Michael Mann ganhou o Humanitas Prize, na categoria de filme narrativo em 2000. Parece que até mesmo um relações públicas, John Scanlon da empresa de tabaco, foi contratado para difamar Wigand, dizendo que ele era um "cara mau". O filme retrata bem isso como uma estratégia da empresa, mas também há um questionamento de todos os segredos que um homem médio americano padrão (da liga antitabaco) pode ter, como uma segunda família e esposa. 



Jeffrey Wigand do filme chegou a ser o vice presidente de pesquisa e desenvolvimento, até ser demitido por se negar a cooperar com a estratégia da empresa de tornar os cigarros mais viciantes. A Brown & Williamson era uma subsidiária da tradicional da gigante British American Tobacco, dona de diversas marcas de cigarros famosas. Wigand fala ainda que a empresa que trabalhou adicionava amônia nos cigarros para aumentar a recepção de nicotina, para produzir mais vício nos usuários. 


Depois do filme, o FBI conduziu uma investigação sugerindo que as ameaças de morte que Wigand disse que tinha sofrido eram falsas. A empresa comentada no filme é a Brown & Williamson, que teve sede em Louisville, Kentucky até 2004, quando a emprensa fundiu suas operações com a R.J. Reynolds Tobacco Company, Reynolds American Inc. 


O filme era tão "cabeça", que foi perdido pelo público jovem que não foi ao cinema assistir o filme, gerando um gap de público. Apesar disso, foi um dos filmes de Michael Mann mais bem avaliados de sua carreira. O executivo da Disney Joe Roth disse que fazer o filme foi como andar em uma montanha com uma geladeira nas costas. Mas no fim, todos ficaram felizes de realizar a obra. Depois de 7 indicações ao Oscar, o filme se provou de alguma maneira como um clássico do gênero. O problema mesmo foi a falta de boca a boca de jovens e seus amigos ao ver o filme. 


História por trás do filme


Michael Mann é um diretor agitado, ele está a frente da Foward Pass, sua companhia de produção. O orçamento do filme foi alto, quase 68 milhões, Michael Mann reuniu uma massiva quantidade de documentos para pesquisar os eventos que o filme se baseou. Mann e Roth escreveram diversas linhas juntos e conversaram sobre a estrutura central da estória. Roth entrevistou Bergman (o da vida real) várias vezes e ficou amigo dele. Mann e ele escreveu o primeiro rascunho em um bar na Broadway Deli em Santa Monica. 


A fotografia do filme que é muito boa é assinada por Dante Spinotti, que já havia trabalhado com Michael Mann em algumas produções antes, como The Last of the Mohicans (1992), Heat (1995), The Insider(1999), e depois em Public Enemies (2009). Roth também conheceu Wigand, e ele pareceu na defensiva e não muito simpático com eles. Enquanto eles aprimoravam o roteiro, veio a certeza de que eles não queriam exatamente fazer um documentário, mas sim um filme narrativo. 



Outras curiosidades do filme, é que o ator Val Kilmer (de Top Gun) foi considerado para o papel de Jeffrey Wigand. Mas quem foi escolhido mesmo foi Russell Crowe, depois de ver ele no L.A. Confidential. Então, Michael Mann viajou para o Canadá, onde ele estava filmando Mystery, Alaska, no dia de folga do ator e fez ele ler uma sequência do diálogo durante 3 horas, onde Wigand descobre que sua entrevista não iria ao ar. Michael Mann sabia que tinha achado o ator perfeito para o papel de Wigand. A técnica de Mann é sempre usar do slow motion para ditar um ritmo de lenda tomada de consciência do expectador em relação a narrativa.  


Os filmes ao estilo de "crime-drama", assumem uma ideia de consequência da vida profissional baseada na sociologia das profissões e a visão de mundo que elas carregam. A ideia de tornar perigoso o ambiente doméstico é presente tanto no The Last of Mohicans, quanto em Manhunter, quanto em The Insider, existem um valor por participar de um esquema de delação, ou se colocar na reta de um perigoso serial killer. 


Essa ideia de dominação masculina em uma narrativa de aventura, pode ser mudada do nada pela presença de um novo amor, uma futura mãe, e daí sofrer uma reorientação de visão de mundo, uma própria forma de mitologia americana muito comum, como o que aconteceu no filme Heat, que a enteada do protagonista tenta se matar. Nesse filme, diferentemente dos filmes sobre crime de Michael Mann, o paradigma existencial dos filmes é substituído pelo elemento da tecnologia e o jornalismo enquanto consciência social coletiva (com deveres sociais, como alerta para malefícios diversos), como também sobre o debate de ética do jornalismo em si, resumindo a diferença do perfil do cientista Wigand, e do jornalista Bergman. 


Na época de 1999, o mundo estava cada vez mais começando a utilizar as estratégias de comunicação, como a internet, que iriam aos poucos substituir a noção de "verdade absoluta" e opinião pública, que antes vinham primariamente da televisão e do rádio, fazendo uma forma de "aceleração da comunicação", como visto no jornalista Paul Virilio que desconfiava do imediatismo da informação (que poderia virar um 'denuncismo'). O filme também ajuda a refletir sobre os paradigmas de fonte e notícias. Sendo um modelo de "reportagem especial", daquele tipo que vai ao ar poucas vezes, o conteúdo precisa de informação exclusiva, o que vem da prática dos "informantes", o uso das fontes no jornalismo(o que leva o jornalista a precisar de clientelismo e condições para fazer suas matérias). 

Para a informação ser considerada importante, a fonte tem que ser confiável, o que explica a campanha de difamação contra Wigand, como em contrapartida, existe um fator de interesse em fazer um contrato de ser fonte para o 60 minutes. Foi o jornalista Adelmo Genro Filho que disse que se a prática difere tanto da teoria, tem algo de errado com a teoria, e isso parece dizer muito sobre a atividade jornalística, no sentido de representar os debates sobre liberdade de expressão, liberdade de imprensa, e sobre também o interesse público que informações, e reportagens como esta podem ter. 


Aqui o menos importante é quem está certo ou errado, apesar de todas as polêmicas que o filme gerou. Aqui, estamos debatendo a essência da diferença entre a ética do cientista (educacional) de Wigand (que tem mil problemas em sua vida pessoal), em oposição a ética radical de Bergman.  


Eles conversaram por 6 semanas sobre a caracterização do seu personagem, já que o Russell Crowe tinha apenas 33 anos e estava interpretando um homem bem mais velho (Wigand tinha 50 anos).  Ele engordou 16 quilos para o papel, descoloriu o cabelo 7 vezes (para parecer que tinha cabelo branco). 



Ele não pôde conversar com Wigand por conta do acordo de confidencialidade que ele estava submisso, o jeito para Russell Crowe foi ouvir uma fita com gravações de Wigand de 6 horas. Al Pacino já era a escolha de Michael Mann para o papel de Lowell Bergman. Essa relação de oposição e a ética profissional de ambos é uma das essências principais do filme.  



A técnica de Mann é sempre usar do slow motion para ditar um ritmo de lenda tomada de consciência do expectador em relação a narrativa.  Em termos de debates filosóficos (bem existenciais), o filme passa segundo críticos, com uma forma de uma autenticidade perigosa por parte de ambas as partes envolvidas no esquema de delação. Algo muito comum no jornalismo americano, a ideia de fonte, reputação e denúncia, mas que tem que ser baseada em certo sistema editorial que expõe muito aquele que está "se doando", colaborando com a reportagem. Uma vez, o 60 Minutes fez uma reportagem, por exemplo, do boom das commodities no Brasil, e a nossa ascensão econômica no governo Lula, como uma espécie de "história de rise and fall (ascensão e queda)" meio golpista, temos que lembrar dessa reportagem de 2009. 



Al Pacino já tinha trabalhado com Mann no filme Heat. Para fazer a pesquisa para fazer o filme, Mann e Al Pacine conversaram com repórteres do Time magazine, e passaram algum tempo com a ABC News, e Pacino conseguiu conhecer Bergman para ajudar em seu personagem. Pacino sugeriu a Mann escalar Christopher Plummer no papel de Mike Wallace, que tinha trabalhado com Al Pacino, e com Mann nos anos 1970. Pacino falou para Mann assistir Plummer no filme de Sidney Lumet, Stage Struck (1958). 


Na cena do depoimento do processo, foi usada uma sala real em Pascagoula, Mississippi, onde o julgamento foi realizado. O artigo que inspirou o filme originalmente publicado na Vanity Fair, em maio de 1996 pela jornalista Marie Brenner. O artigo foi inteligente por referenciar o filme clássico The Man Who Knew Too Much (1956), de Alfred Hitchcock. Era uma forma de se referir ao informante Wigand, que tinha contado tudo sobre os cigarros extra viciantes que foi pedido pela empresa de cigarros. 



O filme não lucrou muito mais do que custou, sendo considerado por alguns como uma decepção comercial, mas para um filme que se propunha tanto como um clássico do estilo de investigação, já se sabia que o filme era um filme para a posteridade. Lucrando mais no seu lançamento internacional do que no nacional. Os executivos da Disney esperaram o sucesso do "All the President's Men". 


Veja mais cenas marcantes do filme:














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