Pular para o conteúdo principal

O Rei do Laço (1956): Dean Martin e Jerry Lewis estrelam divertido faroeste que marca o fim da dupla Martin & Lewis



Invasores mascarados liderados por Sam Hollis atacam o Rancho "K", onde o proprietário, Wade Kingsley (Jerry Lewis), e seu parceiro, Slim Mosley (Dean Martin), defendem bravamente sua propriedade depois que Matilda Kingsley e o filho Wade Jr. voltam em segurança para o leste de Nova York, sua cidade natal. Wade e Slim são assassinados, mas juram antes de morrerem que um dia seus filhos os vingarão. Muitos anos depois, a rica Matilda recebe a visita de sua sobrinha Carol e do cowboy Slim Mosley, Jr. (Martin novamente), que veio a Nova York para competir em um rodeio. Eles pretendem usar os ganhos de Slim para comprar um touro valioso chamado Cuddles e levá-lo de volta para o oeste para reestabelecer o K Ranch. Um faroeste com elementos de comédia, dirigido por Norman Taurog, esta é a penúltima das 16 colaborações em filmes, musicais de comédia e televisão entre Dean Martin e Jerry Lewis, sendo o último antes de sua separação. 



Doce, mas inepto, Wade, Jr. (Jerry Lewis novamente) sempre quis ser um cowboy. Ele vai para o rodeio, onde sua interferência desastrada custa o primeiro prêmio de Slim. Para fazer as pazes, Wade compra o touro para Slim e os acompanha de trem para o oeste.


Depois de um tempo, Slim se entusiasma com Wade e concorda em se tornarem parceiros, como seus pais. No oeste, para evitar que os habitantes da cidade zombem do pé novato, Slim decide apresentar Wade a todos como "Killer Jones", um hombre durão. Devido às suas ações heróicas em parar uma diligência em fuga, com Slim realizando o heroísmo real, Wade acaba sendo eleito xerife, impressionando a garota do salão de dança Dolly Riley.


História por trás do filme 


Dean Martin e Jerry Lewis se conheceram em 1945, numa apresentação na Glass Hat Club, uma nightclub de Nova York. Mas a primeira aparição como dupla ocorreu no dia 24/25 de julho de 1946, em uma nightclub de Atlantic City, chamada 500 Club. Num período em que suas apresentações não vingavam, o dono do estabelecimento, Skinny D'Amato, cobrou uma apresentação melhor naquela noite, caso contrário os despediria. Nos fundos da casa, Lewis e Martin decidiram descartar roteiros que não tinham dado certo e partiram para o improviso. No número, Dean cantava algumas canções e Jerry vinha, vestido de mensageiro, derrubando os pratos da mesa, estragando tanto a canção de Dean quanto a decoração da nightclub, tendo grande aprovação da plateia.




O sucesso no clube os levou à uma série de lucrativas apresentações no navio Eastern, fazendo com que eles se apresentassem também na boate Copacabana, em Nova York. Os donos de clubes ficavam abismados com as apresentações, onde Martin tentava cantar enquanto Lewis o interrompia toda a hora, terminando com ambos discutindo e fazendo graça no palco. O segredo de tanto sucesso, dito por ambos, é que eles não prestavam a atenção na plateia e sim neles mesmos.


Por volta de 1948 e 1949, foram descobertos pelo produtor da Paramount, Hal B. Wallis, que na época planejava o seriado americano My Friend Irma para as telas do cinema. A dupla assinou um contrato com o estúdio e iniciou sua carreira cinematográfica.




O agente da dupla, Abby Greshler, fez para os dois uma proposta irrecusável e um dos melhores negócios de Hollywood: tirando o que eles receberiam de cada filme em parceria com o produtor Hal B. Wallis, que era um salário de 75 mil dólares, a dupla também poderia fazer seus filmes através de sua própria produtora: a York Productions. O primeiro filme dos dois foi At War with the Army, de 1950. Além disso, eles também poderiam controlar suas aparições na televisão, rádio, nightclubs, propagandas e até as gravações de suas músicas. Por conta de tudo isso, a dupla passou a valer muitos dólares. Os dois já eram mais que um sucesso no meio da década de 50, porém situações desfavoráveis começaram a aparecer e atritos apareceram entre os dois astros.




O filme foi rodado de 21 de novembro de 1955 a 28 de janeiro de 1956. É vagamente baseado em um filme de Bing Crosby, Rhythm on the Range (1936), que também foi dirigido por Norman Taurog, e foi filmado sob o título provisório de Onde os homens são homens. Durante a produção, Lewis filmou um documentário em 16mm.


Dean e Jerry filmaram Pardners naquele inverno em Phoenix e Hollywood. Foi um faroeste honesto, com canções de Jimmy Van Heusen e Sammy Cahn. O filme, dirigido por Norman Taurog, tornou-se a produção mais cara de Nova York. 


O mau tempo em Phoenix significou muitos gastos na produção. Jerry exigiu tempo de filmagem para cenas elaboradas de suas travessuras - incluindo uma sequência de quadrilha e uma cena em que ele rasgou um acampamento de trilha, nenhum dos quais fez o corte final. Quando tudo acabou, era uma imagem de $ 2,6 milhões, o que significava que qualquer prot que pudesse ver não seria muito impressionante. O fato era que, embora tivessem liberdade quando trabalhavam para York, Martin e Lewis se saíam melhor financeiramente trabalhando para Wallis. Em dezembro daquele ano, depois que a Colgate-Palmolive decidiu que não queria mais patrocinar "The Colgate Comedy Hour". 


No inicio da carreira, NBC ofereceu a Dean e Jerry US $ 7,5 milhões por ano durante os cinco anos seguintes para um mínimo de quatro programas anuais, um sinal de que a série tinha popularidade. Quando Artistas e modelos estrearam naquela temporada de Natal, no entanto, isso foi martelado tanto no comércio quanto na grande imprensa. Com pelo menos dois filmes por ano desde 1949, Martin e Lewis haviam desgastado seus críticos do ponto de aceitação, ao cansaço e até à raiva.


Durante as semanas que Pardners estava sendo filmado, abundaram os rumores sobre o fim iminente da parceria de Martin e Lewis. Então, quando o título de "The End" aparece na tela, Dean e Jerry se dirigem ao público e exclamam: "Não estamos prontos para 'The End' ainda!" Em seguida, eles atiram as letras para fora da tela com suas armas de seis armas. As estrelas continuam a se dirigir ao público, chamando-se umas às outras de "Dean" e "Jer", insistindo no quanto gostavam de fazer filmes para todos.



Em 1956, durante as filmagens de Pardners, o penúltimo filme, já corriam boatos de que Dean Martin e Jerry Lewis iriam romper a parceria. Para desfazer toda essa história, ambos deixaram um recado ao final do filme, dizendo que nunca iriam se separar, pois não estavam ainda preparados para o fim definitivo. Também cantaram a música "Side by Side (We Ain't Got a Barell of Money)" no programa The Colgate Comedy Hour. Mas quando Pardners estreou, em agosto de 1956, a dupla já tinha se separado havia um mês e feito o último show no Copacabana.


Os motivos do término foram vários, como ciúme profissional; divergências; influência da mídia; desinteresse de um e cobrança de outro. Depois das filmagens de Pardners, iniciaram as filmagens de Hollywood or Bust, também de 1956. No set, os dois não trocaram uma palavra sequer, exceto na hora das gravações das cenas. A raiz dos desentendimentos ocorreu em 1954, quando a revista Look Magazine publicou em sua capa uma foto da dupla, mas com a parte de Martin rasgada. A relação entre os dois começou a esfriar a partir daí.


Após quase cinco anos trabalhando na Paramount, Martin começou a se cansar dos roteiros, pois, enquanto ele interpretava papéis românticos e sérios (no início, ele era grato por isso), a atenção do enredo sempre se voltava às palhaçadas de Lewis. Martin constatou que Lewis com o tempo acabou ficando mais ambicioso, fazendo cenas de comédia patéticas e representando mais do que deveria. Sendo assim, Martin acabou desconsiderando seu contrato e mostrando desinteresse pelo trabalho, já levando a criar sérias discussões com o amigo. Durante as filmagens de Hollywood or Bust, Lewis tinha passado muito mal durante as gravações, determinado a ficar de repouso fazendo com que surgissem mais divergências entre os dois quando as filmagens foram suspensas. O estopim da situação ocorreu quando Martin disse a Lewis que ele não era nada além de "um simples contrato". Após essa declaração, os dois se viram sem condições de continuar a trabalhar juntos, anunciando oficialmente a separação, quase um mês após o término das filmagens de Hollywood or Bust (Ou Vai Ou Racha, último filme da dupla). Dean Martin foi o primeiro a tomar a decisão, no dia 25 de julho de 1956, quando se comemoravam os 10 anos da dupla.


Romper com a parceria não foi fácil, decorrendo meses para advogados completarem o processo, incluindo o cancelamento de seus contratos com as casas de shows, televisão e também a dissolução da York Productions. Além disso, havia um enorme descontentamento do público, que não queria que os dois rompessem com a parceria.




Enfim, o primeiro filme de Jerry Lewis sem Dean Martin, The Delicate Delinquent de 1957, seria protagonizado pela dupla, mas isso não aconteceu. O projeto acabou caindo somente pelas mãos de Lewis.


Após o anúncio dos dois de que iriam romper com a parceria, o público se questionava se cada um conseguiria seguir sozinho. Jerry Lewis ficou deprimido por semanas porém, não teve dificuldade nenhuma em manter a sua popularidade. Sua primeira aparição em público após a separação foi em Las Vegas, ajudando Judy Garland, que estava com laringite, a cantar em sua apresentação. Lewis também voltou a trabalhar com as comédias The Delicate Delinquent e The Sad Sack, com o seu álbum Just Sings e com o seu programa The Jerry Lewis Show na NBC, em 1957.


Já Dean Martin no começo teve as suas dificuldades. Isso porque ele se destacava mais como cantor, mas também queria ser reconhecido como ator. Também em 1957, lançou um álbum e um filme de comédia romântica, que infelizmente foi um fracasso, chamado Ten Thousand Bedrooms. Isso mudaria no ano seguinte, com o drama The Young Lions, contracenando com Marlon Brando e Montgomery Clift.



Nos anos 60, os dois se sobressaíram em suas carreiras. Jerry Lewis começou definitivamente a escrever, produzir e dirigir os seus próprios filmes. O primeiro de sua autoria foi The Bellboy de 1960. Até 1964, revezaria o cargo de direção com Frank Tashlin. Seu maior e mais conhecido projeto nesta década foi o filme The Nutty Professor, de 1963, em que Lewis encarnou dois personagens: Julius Kelp, um professor feio e atrapalhado que resolve inventar uma poção para poder se transformar em um homem bonito; e Buddy Love. 


Já Dean Martin começou a década fazendo o filme Ocean's Eleven, de 1960, contracenando com Frank Sinatra, Sammy Davis Jr., Peter Lawford e Joey Bishop. Estes que formariam o famoso Rat Pack. Mais tarde, em 1966, Martin comandaria o seu próprio programa, The Dean Martin Show, na NBC, que acabou se tornando um sucesso.




Dean Martin e Jerry Lewis se reencontrariam quatro vezes após a separação da dupla.


A primeira foi em 1960, quando os dois se apresentariam no Sands Hotel, em Las Vegas, no mesmo dia. Por coincidência, o Sands Hotel era o lugar em que os dois, como dupla, frequentemente se apresentavam. Martin tinha chamou Lewis ao palco, no final de sua apresentação. Durante 15 minutos, os dois conversaram, brincaram e até fizeram um dueto cantando a música "Come Back to Me". Em uma outra apresentação, a reunião não foi grande coisa. Lewis se mostrou exausto demais para fazer seu número, obviamente pelo término das filmagens de seu filme, The Bellboy. Sendo assim, Martin generosamente o substituiu.


A segunda foi em 1976, tudo planejado por Frank Sinatra, no programa beneficente de Jerry Lewis, o Jerry Lewis MDA Telethón, quando se completou 20 anos em que a dupla tinha se desintegrado. Sinatra tinha ido como convidado no programa. Ele anunciou a Lewis suas contribuições e aproveitou dizer que tinha um amigo que adorava o programa e após isso, ele chamou Martin ao palco dizendo para trazer o "seu amigo". 




Lewis constatou que naquele momento em que Martin entrou no palco, ficou estático, sem saber o que dizer e com as mãos suando. Sinatra deixou os dois conversarem por alguns minutos. Timidamente, os dois bateram um papo rápido com direito a muitas risadas da platéia, por conta das tiradas que Lewis fazia a Martin. Por exemplo, teve uma hora em que Lewis acabou perguntando: "Você está trabalhando?", fazendo a platéia ir abaixo. Após a conversa, Sinatra os interrompe dizendo que ele e Martin tinham que cantar um medley (como brincadeira, eles referiram como "meldy"). Sendo assim, Lewis sai do palco deixando os dois cantarem. Lewis declarou anos mais tarde que esse foi um dos momentos mais emocionantes de sua vida.




A terceira foi em 1987, quando o filho de Dean Martin, Dean Paul Martin, morreu em um acidente de avião. Lewis foi ao funeral, mas não ficou perto de Martin, primeiro para que os repórteres não os fotografassem juntos e segundo porque Martin não sabia que Lewis tinha ido ao funeral. Bem depois, após descobrir que Lewis esteve no funeral, os dois conversaram durante uma hora.


E a quarta e última vez foi em 1989, quando Dean Martin estava fazendo suas apresentações (aparentemente as últimas), no Baily's Hotel, em Las Vegas. A ocasião foi o aniversário de 72 anos de Martin. Lewis lhe entregou um bolo de aniversário, o homenageou e acabou soltando a frase: "O motivo de termos nos separado, eu nunca saberei!".




Leitura do filme


Existe uma raiz antropológica na origem de qualquer western. Muitos deles, são baseados em dizeres, mitos, lendas, histórias orais e etc. Mas é possível encontrar faroestes muito bons através de situações ou atividades típicas ao cowboy. E assim, por exemplo, ao procurar um faroeste sobre laço, Rei do Laço desponta como um os mais clássicos. Originalmente o filme se chama "Pardners" uma forma coloquial de dizer parceiros em inglês, mas mesmo assim o elemento do laço foi marcante para o filme de qualquer maneira, mesmo que ele só seja usado de fato uma vez no final do filme. Na verdade, mudar o nome do filme no Brasil foi uma boa sacada para os que não conheciam nem Dean Martin nem Jerry Lewis.  




O filme tem uma proposta diferenciada, que o torna um faroeste diferente da maioria desde as primeiras cenas por conter uma forte carga de humor misturada com o drama e violência da vida rústica do Velho Oeste, onde Martin e Lewis interpretam os antepassados da família de Wade, e são já os próprios atores com barba e maquiagem para parecerem mais velhos e morrendo no final. Muitos faroestes gostam de usar o elemento cinematográfico das elipses de tempo na transição das cenas, para falar da passagem do tempo e como ela modifica ideias e muda o sentido de certas experiências. Só que de tão trágico se torna cômico, mas óbvio que há uma carga dramática aqui da predestinação, ou sina, que a mãe de Wade tenta desviar indo para cidade.


Esse elemento também é incomum na maioria dos faroestes. A cidade e a modernidade já chegaram e já estão lá, mas de alguma maneira ela amolece as pessoas que querem voltar para o velho oeste para viver emoções. 


O personagem de Dean Martin tenta viver o melhor lado do faroeste, como o romance e o trabalho de vaqueiro (afinal a palavra cowboy vem de quem trabalha com as vacas e não do atirador frio), enquanto sobra para Lewis todos os plots ruins dos faroestes, como ser o playboy riquinho, o xerife e o herói as histórias, pois obviamente com sua atuação mimética impressionante ele muda o sentido dessas narrativas. Então o xerife machão, com ele se torna um idiota bobão, que só quer provar para a mãe que pode ser cowboy e aprender a ser "um homem de verdade" em seus próprios dizeres. 




Não é preciso falar sobre o talento incrível da dupla Martin & Lewis. Ambos eram atores completos, que sabiam cantar, dançar e atuar maravilhosamente. A cena de Dean Martin está andando de cavalo, fazendo-o trotar que já é difícil, e cantando maravilhosamente é incrível. Mas de maneira geral Lewis rouba a atenção no filme. Sua incrível capacidade mimética enriquece cada minucia do filme. Se ele vai atirar, deve atirar com maneirismo. Se vai cavalgar, a mesma coisa. Só que isso demonstra uma extrema perícia do ator, pois significa que ele atua tão bem ao ponto de conseguir interpretar que não sabe. A cena que Lewis canta no saloon ou a brincadeira de jogar a arma no ar, são fantásticas, levam ao último nível da expressividade. 




Porém, para os fãs da dupla esse é um filme triste. Primeiro, se repararmos Martin e Lewis, apesar de interpretarem bastante juntos nas cenas, nos principais momentos de cantoria e expressão, eles estão separados. Na verdade, dá até para dizer pelo estilo da narrativa que ambos são tropos um do outro, onde Wade seria o lado intimo (medroso) e pessoal do personagem de Martin. Mas é notável que os "parceiros" já não se davam e isso fica claro dentro do próprio filme algumas vezes, como nas diversas vezes que Dean Martin parece frustrado com o jeito bobo de Lewis, não sabendo nunca quando ele está brincando ou não. Todo o filme, diferente de outros da dupla, se dá no tom de partida, de desentendimento, onde Lewis é o playboy riquinho e Martin herói popular das massas americanas. 




Sim, eles se completam muito bem, principalmente cantando. Mas é notável que o estilo jocoso de Lewis divergia muito do estilo romântico e profundo de Martin. Tanto que depois do fim da dupla, Martin fez uma série de filmes ótimos, como Onde Começa o Inferno (Rio Bravo, 1959). Na verdade, paródia de High Noon como Rio Bravo, o Rei do Laço lembra muito o faroeste chanchada brasileiro Matar ou Correr (1954), estrelado pela dupla de comediantes Grande Otelo e Oscarito, similar a interação de Martin e Lewis.




O principal elemento que brilha nesse faroeste e que torna ele único é o fato de misturar o gênero do faroeste com o gênero de comédia, mas sem perder ou deslegitimar um dos gêneros em detrimento do outro. Com certeza, é bem difícil justapor humor e gêneros de ação por um anular um outro, já que um relaxa e o outro tenciona. É muito comum nessa mistura que o humor sobreponha o western, tornando tudo uma grande farofada onde a historicidade, o drama e tensão do western são deixados completamente de lado, como no filme estrelado por Will Smith As Loucas Aventuras de James West (1999). Ou em De Volta Para o Futuro 3, que o elemento do western encaixou bem na narrativa e universo dos filmes, mas é com certeza o menos engraçado dos filmes da trilogia. 


Justapor os gêneros de maneira crível é o que torna este filme marcante. É possível tanto rir das situações sociais muito bem construídas e as palhaçadas de Lewis, ao mesmo tempo que há certa tensão nos confrontos do filme ao bobalhão assumir o papel de xerife. Esses e outros elementos tornam o Rei do Laço um filme único, divertido e inesquecível, principalmente por ser não só um faroeste diferenciado mas um filme diferente de maneira geral da maioria. As atuações são fantásticas, mas também a fotografia do filme é bem bonita. A direção do filme não é muito surpreendente, sendo bem linear tal como também o roteiro. Mas os elementos cênicos, roupas, extras e tudo mais são fantásticos e tornam um filme de comédia, que era para ser bobo, em algo marcante e estiloso. Com certeza um faroeste marcante e diferenciado que vale a pena conferir. 


Disponível no MUBI, mas também encontra no Youtube, basta procurar pelo nome do filme junto com a data




Comentários

Em Alta no Momento:

"1883" (2021): Análise e curiosidades da série histórica de western da Paramount

A Guerra de um Homem (One Man's War, 1991): Um filme com Anthony Hopkins e Fernanda Torres sobre a ditadura Strossner do Paraguai

O Homem que Copiava (2003): Análise e curiosidades do filme nacional de Jorge Furtado com Lázaro Ramos e Leandra Leal, que aborda a pobreza e a desigualdade no Brasil

Ele Vivem (1988): Imagine se a mídia, o marketing e o capitalismo fossem controlados por aliens que buscam roubar recursos naturais da terra



Curta nossa página: