O episódio começa sete anos atrás. Carol e Helen visitam um hotel de gelo na Noruega. Helen fica fascinada, enquanto Carol se incomoda com o projeto e as condições, e está mais preocupada com a posição de seu último romance nas listas de mais vendidos. Mesmo assim, ela acompanha Helen para testemunhar a aurora boreal.
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Confira aqui a análise do segundo episódio

Nos dias atuais, Carol e Zosia voltam para Albuquerque. Carol tenta contatar um dos imunes, Manousos Oviedo, em Assunção, Paraguai, mas ele a xinga. Ao deixá-la em casa, Zosia lhe dá um presente que Helen encomendou para ela antes da União. Carol exige que a colmeia esqueça todas as memórias que têm de Helen.
No dia seguinte, Carol recebe um café da manhã específico que, segundo ela, indica que a colmeia está desobedecendo à sua ordem de esquecer Helen, embora eles neguem.
Em vez disso, Carol dirige até o mercado da região: o Sprouts Farmers Market, mas fica chocada ao encontrá-lo vazio. Ao contatar Zosia, ela é informada de que a mente coletiva transferiu recursos essenciais, como mantimentos, para distribuição. Essa cena é muito ambígua, pois de maneira geral a ideia de "mentalidade coletiva" como uma ameaça de esvaziar os mercados é uma imagem que muitos sempre associaram ao comunismo, principalmente os Estados Unidos. Porém, de maneira mais contemporânea, se alguém está deixando os supermercados dos Estados Unidos vazios, esse é Trump ao elevar taxas dos produtos internacionais, fazendo justamente que os estadunidenses paguem mais caro e vejam alguns produtos sumirem das pratileiras.
Carol mas exige que tudo seja devolvido. Poucos instantes depois, um grupo de "Outros" chega para reabastecer o mercado. Só que aqui tem um sentido contraditório, uma vez que tudo é recolocado mas apenas para Carol consumir e a satisfazer, uma vez que parece que só ela vai consumir ali. Não ficou claro até essa altura da série se os outros precisam comer ou não.
Naquela noite, a energia elétrica é cortada em grande parte da cidade numa tentativa de racionamento. Carol fica irritada com os acontecimentos enquanto liga para Zosia e desabafa sua frustração, comentando que seria melhor ter uma granada.
Zosia chega mais tarde com a granada. Aqui há uma longa sequência sobre o fato da mente coletiva não entender diferença entre ordem e sarcarmos, ondecendo cegamente as ordem de Carol. Nisso Carol pergunta se ela pedisse uma bomba atômica eles dariam. Fica claro que esse seria o limite, mas ao mesmo tempo Zosia diz que sim. Aqui é de novo a metáfora política de que Carol se tornou indiretamente a presidente dos Estados Unidos, ao ser a última a sentir, a se indignar.
Carol convida Zosia para beber com ela. Enquanto Carol questiona os planos que têm para ela, Zosia menciona a viagem à Noruega. Irritada com o que Carol vê como a mente coletiva evocando as memórias de Helen, Carol prepara a granada, mas fica chocada ao descobrir que é real. Zosia pega a granada, joga-a pela janela e ataca Carol para protegê-la. Zosia fica ferida com a explosão, e os Outros imediatamente enviam uma ambulância.
Tudo bem que Carol não sabia com certeza que a granada era real, porém na sua inconstância de temperamento ela causou mais um evento perigoso e com vítima. Ela é performática, por isso acredita que ao redor as coisas também são. Acredito que isso pode ser um motivo para a mente coletiva querer em algum momento restringir a liberdade de Carol.
Enquanto espera que Zosia se recupere, Carol conversa com um representante da mente coletiva, perguntando por que lhe deram uma granada. Ela questiona se lhe dariam qualquer coisa, até mesmo uma arma nuclear; após alguma hesitação, o homem afirma que, no fim, sim. Carol pede aos Outros que a deixem em paz enquanto reflete sobre.
Foi menos um episódio de estabelecer novos pontos e mais sobre esclarecer os pontos que tinham sido sugeridos nos episódios anteriores.
Curiosidades e bastidores do episódio
O episódio foi escrito e dirigido pelo produtor executivo Gordon Smith. Este foi o primeiro crédito de Smith como roteirista e diretor. Sendo o primeiro episódio da série a não ser escrito nem dirigido pelo criador da série, Vince Gilligan, Smith disse que o episódio foi "difícil de escrever", explicando: "Como ela iria se relacionar com todas essas pessoas unidas? Ela começaria a sair com elas e a fazer perguntas sobre quem elas são ou eram? Ou ela teria que passar algum tempo assimilando tudo isso?"
Para a cena em que Carol visita um Sprouts Farmers Market, apenas para encontrá-lo vazio, foi utilizada uma loja Sprouts real em Albuquerque. O departamento de arte esvaziou a loja por três dias e três noites, e foi necessária uma combinação de efeitos práticos e visuais para representar adequadamente o espaço vazio. Embora Smith tenha admitido que um cenário completamente novo poderia ter sido usado, ele disse: "queríamos garantir que você se sentisse como se estivesse entrando e saindo de uma loja real, então ainda teríamos alguns desses problemas, e não acho que você teria a mesma abrangência."



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