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Assassinos da Lua das Flores (2023): A História do povo Osage em paralelo com a expansão do capital petrolífero na magistral visão de Scorsese


Baseado em história real, Assassinos da Lua das Flores retrata como membros da tribo Osage passaram a ser assassinados em circunstâncias misteriosas após descobrirem petróleo em suas terras. Isso acaba desencadeando uma grande investigação envolvendo o poderoso J. Edgar Hoover, considerado o primeiro diretor do FBI. No meio disso tudo, Ernest (DiCaprio) se aproxima e começa um romance com a osage Mollie (Lily Gladstone), mas com intensões não muito claras


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Segundo sua tradição, os osages eram participantes da cultura do estado do Mississipi, cujos membros habitaram as regiões centrais e nordeste da América do Norte durante vários séculos antes da chegada dos colonizadores. Viviam em vilarejos fixos à beira dos rios Missouri e Osage, mas erguiam acampamentos de caça nas Grandes Planícies. Complementavam sua alimentação, baseada em carne de búfalo e cervídeos, plantando milho e abóbora. 

Durante a colonização europeia, os osages ficaram conhecidos como um povo hábil na guerra. Obtiveram armas de fogo desde épocas mais remotas da colonização, e controlavam a estratégica região entre o Oeste estadunidense, onde vivia a maior parte dos povos indígenas, e o crescente Leste colonizado. Desse modo, os osages controlaram as relações comerciais entre colonizadores e indígenas até o século XIX.


De 1809 a 1870, vários acordos foram assinados entre a Nação de Osage e os Estados Unidos da América. Ao final desses acordos, os osages haviam aberto mão de mais de 40 mil quilômetros de território. Em 1872, a nação migrou para as áreas de Pawhuska, Hominy e Gray Horse, consideradas as regiões de origem da tribo. Foram a única nação indígena a comprar sua própria reserva. Em 1894, grandes reservas de petróleo foram descobertas nessas terras, e é aqui que o filme de Martin Scorsese começa.


Começamos com uma cena aleatória e logo em seguida já vamos para a descoberta do petróleo. É muito interessante que após uma cena em slow motion muito visual dos índios dançando sujos de petróleo, na cena seguinte já temos um footage historico real de uma reportagem do New York Times, mudo e em preto e brando, dos verdadeiros índios Osage comemorando e consumindo, que vemos nas imagens serem basicamente roupas caras e itens de loja. 



Os letreiros do filme mudo fazem questão de destacar que a partir daquilo eles se tornaram as pessoas mais ricas per capita do mundo, parecendo genialmente pelo olhar de Scorsese repleto de inveja e quase pedindo para alguém se infiltrar. 



Na sequência seguinte já é o personagem de DiCaprio chegando de trem na estação. É um detalhe engraçado do filme que coloca que uma vez que uma vez que os índios locais se tornaram ricos, os trabalhadores braçais são brancos pobres. 



DiCpario vai então ao encontro de De Niro, que parece ser seu "tio"(?) Um mentor com certeza, mas que pede para que ele o chame de "Rei". Detalhe para a cena: ele é um grande produtor de gado, com gado a sumir de vista. Ou seja, é o agronegócio contra o petróleo para ter mais pasto para seu gado? É incrível o efeito que colocaram nos dentes de DiCaprio para parecerem meio defeituosos. 



E na sequência ver De Niro perguntando se DiCaprio tinha o hábito de ler livros, não deixou ter certo tom cômico. Ele dá então para ele um livro sobre os Osage. 


Depois, de maneira interessante, Scorsese já inverte a montagem dando spoiler do final do filme: vários dos indígenas que se tornaram ricos foram assassinados de maneira misteriosa e sem nenhuma investigação. Nessa sequência, ficou claro que a ideia ficar rico do nada, pode não ser tão legal assim, pois obriga elas a mudar de rotina e se preocupar em segurança ou se tornarem alvos. 



Depois disso já conhecemos nossa protagonista. Vemos que ela recebe o dinheiro de alguém, uma espécie de curador, e na conversa com ele fica claro que o "bom negócio" não é tão legal assim, mostrando que eles recebem o dinheiro pela exploração do petróleo de suas terras em parcelas ou cotas. E ela tem que negociar com o homem em tempo real sua fatia a mais para fazer uma operação médica. Ou como vemos mais a frente no filme, onde há um índio que está tendo todo o seu dinheiro segurado pois está deprimido e bêbado. E também da irmã de Mollie, que por ser uma mulher forte e feminista, que queria aproveitar a vida de maneira mais libertina, é friamente assassinada, ao estilo CSI, e ficando com o rosto desfigurado.




Aí aqui o filme fica um pouco confuso. Scorsese é um grande diretor e ele possui muita técnica e autoridade para fazer uma grande apresentação no filme, repleta de ritmo e detalhes. O problema é que a partir do momento em que o personagem de DiCaprio conhece Mollie, o filme fica um pouco óbvio e contraditório. Eles supostamente não gosta da esposa e só estaria se infiltrando para roubar seu dinheiro. Mas ao mesmo tempo, eles têm filhos. 



Esse ponto da miscigenação inclusive é muito bem feito. É mostrado que quando Mollie fica grávida, todos acham bonitinho e elogiam. Porém, quando os filhos nascem, as pessoas comentam de maneira freiriana a gradação da cor da pele das crianças e o fato de cada um ter um tom diferente. 



Entretanto, o ponto mais contraditório e isso é proposital no filme, é que Mollie tem diabetes. E isso naquela época era grande coisa, na medida quer ser diagnosticado corretamente já era difícil, imagine tomar insulina com frequência. E mais contraditório ainda, quem conseguiu o remédio para ela foi o personagem de De Niro, que dando logo o spoiler, é o verdadeiro assassino que arquiteta todas as mortes. Isso não é tão spoiler pelo fato de ser entregue logo na metade do filme também. 



Aproveitando-se da condição de Mollie, De Niro pede para se marido aplicar "algo a mais" junto com a insulina. E é esse que é o ponto mais complicado do filme, uma vez que o que ele colocava e se de fato colocava nunca é esclarecido. Só vemos que Mollie fica letárgica, ou seja, que aparentemente ele drogava ela. Mas ao mesmo tempo, quando seu marido vai preso, ela passa muito mal e é levada para o hospital na medida que não consegue ser tratada por outra pessoa. Quando ela descobre as intenções do marido, ela rompe com ele e como narra a história ela casou novamente. Mas a causa da morte foi justamente diabetes. Ou seja, ela parou de tomar o remédio porque não confiava mais pois o ex a enganava, mas ao mesmo tempo ele de fato cuidava dela? 






Outra coisa complicada do filme, é que de fato como remontam os relatos e registros históricos as mortes do Osage teve sua investigação negligenciada, relativizada. Edgar Hoover, o da represa e criador do FBI, se interessou pela investigação por causa da fama que o caso traria, e fez toda a investigação de maneira protocolar, tanto que como o filme expõe bem as mortes voltariam a ocorrer anos depois.




Beleza, mas Scorsese trouxe essa carga histórica para a estética o filme. Então, provavelmente para agradar as massas que ainda podem vir a curtir seu filme, tacou uma estética meio Looney Tunes nos assassinatos dos índios, parecendo que havia algum tipo de comicidade em matar os "indiozinhos ricos". Sei que Scorsese odeia a ambição, marca que colocou em todos os seus filmes, mas dos índios também? 



Uma cena onde isso ficou muito claro foi quando o agente do FBI está falando com os Osage, buscando coletar evidências, mas ele possui um profundo estranhamento com os indígenas, sua cultura e jeito de falar. O problema é que Scorsese concorda com o ponto de vista do agente do FBI, sendo ele colocado como um dos mais racionais e dedicados da trama, acrescentando certa ironia em suas cenas.  



Aí vamos para o final, que é talvez o ápice da loucura do filme. Baixou o "Only Murders in the Building" no diretor, e vemos uma cena da trama do filme virando um programa de rádio, mas obviamente fazendo referência a moda de podcasts de crimes reais que assola a América. O programa de rádio acompanha um logo gigante dos cigarros Lucky Strike, em um detalhe onde a ironia é também o merchandising. Surge Jack White, guitarrista e vocalista do White Stripes, Raconteurs e Dead Weather, do nada! Só para fazer uma pontinha sem sentido. E para crinjar de vez, surge o próprio Scorsese, falando que na morte de Mollie não foi associada os assassinatos, ou seja, sugere que ela ainda assim pode ter sido assassinada. 



Como diretor do filme, considero muito errado a postura de Scorsese, pois pareceu que ele queria atiçar o público mais do que dar uma direção. O problema é que quando vemos um filme queremos que o diretor nos dê algum viés à trama, se não Scorsese parece fazer igual ao cantor que vai ao show e deixa a plateia cantar suas músicas, afinal eles são fã e já sabem a letra. 



O personagem de DiCaprio também é estranho. Ele era para ser um vilão, simples e óbvio. Mas com o carisma de bom moço do ator e sua atuação bem expressiva em parecer um homem iletrado e burro, o filme acaba por sentir pena dele em alguns momentos. Por exemplo, quando ele é preso, não deixam ele dormir, afinal segundo os EUA privação de sono não é tortura. Também sentimos pena dele perante seu tio, pois sabemos que ele é burro e pensa conforme a última opinião que passam para ele, e seu tio é uma raposa. Por último, dá pena dele quando a filha do casal morre. 


Ernest e Mollie na vida real

Se ele fosse representado apenas como vilão, feriria tanto assim a moral do "homem branco"? Uma tentativa de cultivar as massas que não vão entender o filme. E para que o tio precisava ser um ator tão carismático como De Niro? É complicado como Scorsese se identifica com o personagem de De Niro, afinal é o astro do seu primeiro filme (Taxi Driver), colocando-o como super inteligente apesar de mau. 



Para que tantas ambiguidades em um filme que não vai ser nem romântico nem ter final positivo? Quero dizer que a ambiguidade do filme além levar a questionamentos éticos estranhos em relação a assassinos de índios, ele ainda é rasteiro enquanto técnica pois sua ambiguidade estética e narrativa, nos levam a um fim definido por fatos históricos reais. Não tem dupla interpretação aqui, os índios Osage foram vítimas do sistema perverso do início ao fim do filme, primeiro ganhando uma pseudo grande oportunidade de ficarem milionários, destruindo seus senso de comunidade e impedindo-os de se defender. Depois, os jornais como o New York Times divulgaram para todo o país a mentira que as empresas de petróleo queriam, atraindo interesseiros para roubá-los e assassiná-los. 



O filme não conseguiu ir contra isso, fazendo uma cena final inclusive panfletista pela causa indígena, que pareceu inspirada no final do filme Medida Provisória. Porém, pareceu que a conclusão foi mudada para parecer apologética, quando o filme questionou toda a trama. 



Na crítica do filme, Jorge Cotte do The Nation afirmou: "Ao contrário das visões de liberdade ilimitada encontradas nos westerns tradicionais, o novo filme de Martin Scorsese é um estudo de um Ocidente limitado pela geometria vertical das plataformas petrolíferas e pelas conspirações violentas de poderosos homens."



Talvez a história original traga uma relação de causa e efeito muito grande, onde os índios tem um problema e a criação do FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, seria a solução. Scorsese sabe que isso é hipócrita, mas ainda assim aceita parte de sua versão apesar de descartar tudo no final. Sendo assim, é um filme a favor da pauta indígena, mas que não vê solução nem passa a menor potência para a comunidade nativo americana. Vários indígenas, descendentes e figuras da comunidade que assistiram o filme, disseram que se sentiram incomodados com o relativismo do filme, colocando como em derrocada ou como resolvido uma comunidade que ainda está viva e um conflito que ainda é ativo. 



Entretanto, é impressionante a atuação desse filme. Não é só De Niro e DiCapri, mas a atriz protagonista, Lily Gladstone, dá um verdadeiro show. A cena que Lily tenta falar com um político em Washington sobre os assassinatos dos Osage, e ele responde apenas "Obrigado", é forte, devastadora e sensacional. Com certeza a mais forte candidata ao Oscar de 2024. Entretanto, mesmo os atores secundários no filme estão muito bem, ajudando a realmente construir a sensação faroeste de um ambiente interiorano e rural. 



A direção de Scorsese nesse filme é hipnótica. Ele foca de maneira dão primorosa nos detalhes e estica o tempo das cenas, "esculpindo o tempo" como disse Tarkovsky. Entretanto, hipnótica pois sentimentos que ele está prolongando a trama para explorar sua estética, quando já tem um final muito bem definido e uma visão pragmática sobre seu desfecho. A câmera dança nas cenas, explorando diversas formas de visão, como câmera lenta ou montagem rápida para alterar o ritmo do filme. Outra técnica genial aqui, típica de Scorsese, é intercalar as cenas entre si, criando chaves simbólicas entre a intriga e sua resolução. O uso do som também é primoroso, sendo hora com barulhos das cenas ou por vezes pelo próprio uso da música, que estoura e invade o sentido das cenas. 

Como um local de exploração de petróleo, a cena da corrida de carros (quando Ernest conhece Mollie) além de perspicaz é historicamente correta


É um filme genial, com certeza o melhor filme do ano até agora. Sua temática, sua técnica e sua estética são geniais e já estão estabelecendo moda e referência para a cultura pop. Mas, como um temática sensível e complicada, é muita pretensão acreditar que um senhor de idade avançada, branco e rico como Scorsese, de fato consiga entender toda a dimensão do que ele está abordando. Ele não tem "lugar de fala" e sabe disso. Porém acredito que, dentro das possibilidades, Scorsese e a Paramount não pecam por ideologia nesse filme e muito menos por técnica. Mas, é sempre complicado colocar um diretor de renome e não um diretor indígena para adaptar uma trama indígena, e se fosse para qualquer etnia seria a mesma coisa. Faltou coragem, inovação, preferindo-se fazer com todos os recursos e o melhor da linguagem cinematográfica de Hollywood do momento, para fazer um grande filme. Porém, em termos de inovação e entrega, no final fica uma sensação de "quero mais", de que não foi o suficiente. Vindo com a missão de superar Yellowstone, acabou seguindo sua tendência sem conseguir superar sua mensagem, na verdade, ecoando-a. 



 História e bastidores do filme


Em junho de 2019, foi anunciado que a Paramount Pictures distribuiria o filme. Em 26 de julho de 2019, Scorsese viajou para a nação Osage em Pawhuska, Oklahoma , para se encontrar com o chefe principal Geoffrey Standing Bear para discutir como a nação Osage poderia estar envolvida na produção do filme. Dias depois, foi relatado que De Niro havia se juntado ao elenco, com as filmagens previstas para começar no verão de 2020. 


Em dezembro de 2019, Rodrigo Prieto , diretor de fotografia frequente de Scorsese desde O Lobo de Wall Street (2013), confirmou que a fotografia principal do filme deveria começar em março de 2020, acrescentando que a "aparência do filme" ainda estava sendo definida. No 26º Screen Actors Guild Awards em 19 de janeiro de 2020, DiCaprio confirmou que ele e De Niro estrelariam o filme. DiCaprio recebeu US$ 30 milhões por seu envolvimento. 


Em abril de 2020, foi anunciado que as filmagens de Killers of the Flower Moon haviam sido adiadas indefinidamente em resposta à pandemia de COVID-19. Enquanto isso, Scorsese entrou em contato com a Netflix e a Apple TV+ para financiar e distribuir o filme, já que a Paramount estava preocupada com o orçamento do filme atingindo US$ 200 milhões. A Paramount ainda estava aberta a um acordo para se envolver no filme ao lado de um parceiro adicional. Em maio de 2020, a Apple TV+ foi anunciada para co-financiar e co-distribuir o filme, com a Paramount permanecendo como distribuidora. 


Esperava-se que Killers of the Flower Moon iniciasse a produção em fevereiro de 2021 em Oklahoma. A fotografia principal começou em 19 de abril de 2021, com as filmagens ocorrendo no condado de Osage e no condado de Washington, nomeadamente Pawhuska, Fairfax e Bartlesville.



Em um comunicado à imprensa antes do início das filmagens, Scorsese disse: "Estamos entusiasmados por finalmente iniciar a produção de Killers of the Flower Moon em Oklahoma. Ser capaz de contar esta história no local onde esses eventos ocorreram é extremamente importante e crítico. por nos permitir retratar uma representação precisa da época e das pessoas. Somos gratos à Apple, ao Oklahoma Film and Music Office e à The Osage Nation, especialmente a todos os nossos consultores e consultores culturais Osage, enquanto nos preparamos para esta filmagem. Estamos entusiasmados em começar a trabalhar com nosso elenco e equipe local para dar vida a essa história na tela e imortalizar um momento da história americana que não deve ser esquecido.”


Em 13 de maio, De Niro sofreu uma lesão muscular no quadríceps e voltou à cidade de Nova York para atendimento médico; a produção não foi adiada, já que as cenas subsequentes de De Niro seriam filmadas em junho de 2021. As filmagens terminaram em 1 de outubro de 2021. Em 25 de março de 2022, o chefe principal da nação Osage, Geoffrey Standing Bear, disse ao Tulsa Press Club " ele foi informado de que Killers of the Flower Moon está programado para filmar cenas adicionais de uma dança comunitária tradicional em meados de maio no condado de Osage.



Em janeiro de 2023, Gladstone disse que a contribuição da Nação Osage mudou muito o filme em relação ao que Scorsese havia originalmente imaginado e que sua colaboração afetou positivamente o filme, afirmando em uma entrevista no Festival de Cinema de Sundance de 2023 que "O trabalho é melhor quando você deixa o mundo informar o seu trabalho".


Esperava-se que Killers of the Flower Moon iniciasse a produção em fevereiro de 2021 em Oklahoma. A fotografia principal começou em 19 de abril de 2021, com as filmagens ocorrendo no condado de Osage e no condado de Washington, nomeadamente Pawhuska, Fairfax e Bartlesville. 



Em um comunicado à imprensa antes do início das filmagens, Scorsese disse: "Estamos entusiasmados por finalmente iniciar a produção de Killers of the Flower Moon em Oklahoma. Ser capaz de contar esta história no local onde esses eventos ocorreram é extremamente importante e crítico. por nos permitir retratar uma representação precisa da época e das pessoas. Somos gratos à Apple, ao Oklahoma Film and Music Office e à The Osage Nation, especialmente a todos os nossos consultores e consultores culturais Osage, enquanto nos preparamos para esta filmagem. Estamos entusiasmados em começar a trabalhar com nosso elenco e equipe local para dar vida a essa história na tela e imortalizar um momento da história americana que não deve ser esquecido.” 



Em 13 de maio, De Niro sofreu uma lesão muscular no quadríceps e voltou à cidade de Nova York para atendimento médico; a produção não foi adiada, já que as cenas subsequentes de De Niro seriam filmadas em junho de 2021. As filmagens terminaram em 1 de outubro de 2021. Em 25 de março de 2022, o chefe principal da nação Osage, Geoffrey Standing Bear, disse ao Tulsa Press Club que Killers of the Flower Moon estava programado para filmar cenas adicionais de uma dança comunitária tradicional em meados de maio no condado de Osage.



Em janeiro de 2023, Gladstone disse que a contribuição da Nação Osage mudou muito o filme em relação ao que Scorsese havia originalmente imaginado e que sua colaboração afetou positivamente o filme, afirmando em uma entrevista no Festival de Cinema de Sundance de 2023 que "O trabalho é melhor quando você deixa o mundo informar o seu trabalho". O colaborador frequente de Scorsese, Robbie Robertson, ele próprio com ascendência Cayuga e Mohawk, compôs a partitura



Na estreia do filme em Los Angeles, Christopher Cote, um osage que foi consultor linguístico do filme, disse que "realmente queria que isso fosse da perspectiva de Mollie e do que sua família experimentou". Joel Robinson da Slate, um Osage, expressou opiniões semelhantes, acrescentando que esperava que o sucesso do filme significasse mais oportunidades para os cineastas indígenas contarem histórias do seu próprio ponto de vista.



A atriz das Primeiras Nações, Devery Jacobs, Elora Danan Postoak em Reservation Dogs, compartilhou sua reação ao filme: "Sendo nativa, assistir a este filme foi uma merda, [sic] fogo do inferno.... Nosso orgulho línguas, culturas, alegria e amor são muito mais interessantes e humanizadores do que mostrar os horrores que os homens brancos nos infligiram." 


Jacobs também acredita que Gladstone "interpretou Mollie [com] tremenda graça" e que, embora nenhuma atuação fosse fraca, "cada um dos personagens Osage parecia dolorosamente subscrito, enquanto os homens brancos recebiam muito mais cortesia e profundidade". 



A comentarista Kate Nelson escreveu: "Quando se trata de representação nativa, Killers of the Flower Moon é perfeito? Não. É um progresso? Sim. O filme avança significativamente a indústria do entretenimento, fazendo uma forte declaração de que não é mais aceitável extrair valiosos ativos das comunidades indígenas – sejam elas nossas histórias ou nossos recursos naturais – sem nosso consentimento e contribuição”. 



Em 9 de novembro de 2023, o dia em que a greve SAG-AFTRA terminou, Gladstone postou nas redes sociais incentivando os nativos a "Ver quando e somente se você se sentir pronto, e ver com pessoas com quem você se sente seguro. Você provavelmente tenho muita dor geracional para processar."





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