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O Homem que Matou o Facínora (1962): A rivalidade e a semelhança entre a cultura dos cowboys e a política, é o foco do filme que debate a violência na origem da sociedade




O Homem que Matou o Facínora é um filme de 1962 de faroeste, produzido pela Fox, dirigido por John Ford. Na cidade de Shinbone, a disputa política e de cowboys causa a insegurança na região. No início, vemos o senador (James Stewart) ser indagado por jornalistas sobre ir no funeral de um simples rancheiro. Em forma de flashback, ele responde contando sobre 25 anos antes dele virar senador e sobre o velho amigo, Tom Doniphon (John Wayne), um cowboy que representava perfeitamente o estilo dos homens dos faroestes antigos. O roteiro do filme era de James Warner Bellah e Willis Goldbeck, adaptado de uma estória de Dorothy M. Johnson. Em 2007, o filme foi selecionado para preservação na biblioteca do congresso americano. 


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Crítica do filme


O senador Ransom "Ranse" Stoddard e sua esposa, Hallie, chegam em Shinbone, uma cidade de fronteira em um Estado não nomeado. Eles estão ali para ir ao funeral de Tom Doniphon (John Wayne). 


Quando ele é perguntado por um jornal local o motivo de um senador ir no funeral de um rancheiro local. Ele responde contando os acontecimentos de 25 anos antes, quando "Ranse" era um ajudador que lavava pratos no restaurante enquanto tentava fazer a população local aprender a ler e escrever, inclusive, Hallie, que viria a se sua esposa, e que era a namorada de Tom. 





Ranson foi inicialmente quase um transeunte desconhecido, hostilizado e espancado por Liberty Valance e seu bando, o bandido local, vivia em contenda também com os outros moradores de Shinbone, e era ligado com os proprietários de gado da região que não queriam nem que os moradores estudassem, nem que escolhessem representantes. 



Ranse é um jovem advogado que conhece Hallie, quando Tom leva ela para cuidar de seus machucados. Para retribuir, ele ajuda nas tarefas do restaurante, servindo e lavando louça e ouvindo piadas sobre isso. 


Há uma disputa política na região. Os fazendeiros querem permanecer como um território distrital municipal (assim manteria a ordem antiga sob a régia do xerife, por exemplo), e o pessoal político, como Ranse, junto com o pessoal do restaurante queria a emancipação e virar statehood (território Estadual). 






Aí, vemos Ranse sofrendo um espancamento e sendo roubado por Liberty Valance e sua gangue. Tom Doniphon acha Ranse e leva ele para Shinbone, onde a namorada de Tom, Hallie, cuida de seus ferimentos. 


Ranse aprende logo que Valance toca o terror no local, e o xerife covarde Marsahl Appleyeard não pode pará-lo.  


Tom explica que sujeitos como Valance só entendem a força bruta, mas Ranse está determinado a não repetir o comportamento de Tom, e prefere deixar para lá as humilhações de Valance. 








Enquanto tenta estabelecer seu escritório de advocacia, Ranse ajuda Peter Ericson em seu restaurante, onde Hallie trabalha. Ele vira amigo do jornalista local, Dutton Peabody. 


Ele começa a praticar tiro com Tom, que é um cowboy oldschool que ia muito bem no tiro ao alvo. Ele deixa claro que planeja se casar com Hallie, e quer conversar com Ranse por sentir que eles estão envolvidos. 



Os moradores de Shinbone se encontram para eleger dois delegados para a convenção estadual do partido na capital. 


Tom recusa a nomeação de Ranse de primeira. Mas depois, Ranse e Peabody são eleitos, patrocinados pelos barões do gado que se opoem a visão de governo no Estado, o grupo de Valance invade a reunião, mas não consegue convencer ninguém a votar nele já que ele mesmo não era eleitor local. Valance desafia Ranse para um duelo mais tarde. Tom oferece ajuda para Ranse fugir da cidade, mas Ranse recusa. 


Naquela noite, Valance e sua gangue vandalizam a redação do jornal local e machucam gravemente Peabody depois dele implicar Valance em uma história de assassinato de fazendeiros locais. Ranse descobre que Peabody está machucado e pede para Valance esperar por ele. 



O filme é clássico demais e tem vários pontos inéditos que não eram mencionados na maioria dos faroestes tradicionais. 


Alguns críticos analisam o carácter político, a descrição da forma da ordem legal e a questão também da fronteira. A tragédia do individualismo é representada pela velho cowboy, Tom Doniphon (John Wayne), frente ao cowboy político, Ransom Stoddard, que vira senador 25 anos depois. 


As estória de Dorothy M. Johnson, autora original da trama, são clássicas demais e inspiraram outros filmes, como A Man Called Horse (1970), estrelando Richard Harris, e The Hanging Tree (1959), que estrelou Gary Cooper. 


Dorothy foi uma escritora americana genial, que trabalhou em jornais e estudou inglês na faculdade e escreveu grandes estórias de faroeste, além de ser membro da Associação Histórica de Montana


Como ela, o personagem de Ranson também quer ser além de advogado, professor. O nome do personagem no livro de Dorothy não era Ranson Stoddard, mas sim Ransome Foster, e o nome de Tom Doniphon no texto original era Bert Barricune. 


Dorothy também coloca a linha do tempo do futuro senador com ele há 7 meses antes de ser encontrado ferido por Tom. Dorothy também cita Georgia  O'Keeffe em seu livro, uma pintora de imagens da paisagem desértica que foi citada pela namorada de Jesse Pinkman em Breaking Bad. 



Depois de tanto tempo e de mil modificações na face do mundo, a reflexão aqui é simples, que até mesmo as sociedades mais democráticas podem ter seu mito fundador na violência e no crime. Como explorou Max Weber, o estado controla o monopólio do uso da força, e por isso cowboys se tornaram foras da lei e a cultura caiu em desuso, afinal representavam a ideia de poder local "e fazer por si mesmo" que compete com o poder e funcionamento do estado. O poder das armas, foi substituído pelo poder legal, da palavra e da política.


Isso até mesmo com pessoas democráticas e com o discurso certo como Ranson Stoddard. Quando Ranson volta consagrado para Shinbone, ele encontra as relíquias mortas da cultura do faroeste, representada pela morte do cowboy Tom Doniphon. Essa ideia é bem similar ao filme Os Desajustados (1961), que já analisei aqui.


Em uma das cenas, o senador aparece ao fundo de uma stagecoach (carruagem) enferrujada, velha e abandonada, No Tempo das Diligências (Stagecoach, 1939 já analisado aqui) foi um dos maiores filmes de Ford e dos Estados Unidos, foi o auge do gênero de cowboy e já tinha John Wayne. Basta lembrar que não era apenas a carruagem puxada pelos cavalos que não existia mais como modelo, a stagecoach era uma mistura de comitiva de viagem (como as rotas dos ônibus modernos) com correios. 



Já Doniphon (John Wayne) simboliza um ideário tripartido de alma. Primeiro, ele se recusa a lutar (embora consiga), ele se recusa a lutar até que ele seja pessoalmente ameaçado (no sentido de ter um "orgulho masculino"), mas como ele se recusa a lutar em um sentido político, em uma relação ambígua com a justiça. Doniphon parece ser um representante contrário da ideologia da Declaração de Independência

  


A ideia principal do filme me lembra John Locke, sobre o estado da natureza humana antes do contato social (vida em sociedade) existir plenamente. É um estado de anarquia, onde não existiria nenhum guia para controle do comportamento humano. 


Não existiam leis para nos orientar e, nessa teoria, seguíamos os nossos instintos. Aliás, uma questões mais principais dos faroestes é o entendimento que de lei e jurisprudência andam juntos. Por isso que em Rio Bravo e Shane (Os Brutos também Amam), as leis e a burocracia são abordados como forma de dar mais sustentabilidade real para a narrativa do western. 


Em O Homem que Matou o Facínora, o primeiro cargo que Ranse ganhou quando foi eleito foi de juiz quando Shinbone foi elevada a status de Estado. Antes disso, Ranse era apenas um "swamper" (faz tudo) que ajudava no restaurante da família de Hallie, que viria a se tornar sua esposa, mas antes, Hallie que era analfabeta era namorada de Tom (o que explica a rivalidade entre eles). 


Em Rio Bravo, o xerife não prendia ninguém por muito tempo sem o aval do federal, o "marshall" (o delegado, que vinha na cidade quando chamado), logo isso quer dizer que eles não ficavam direto nas delegacias. 


Ou seja, quando alguém era preso, na realidade, tinha que chamar o delegado ou para efetuar mesmo a prisão ou para libertar, era uma função institucional básica. Sem isso, o faroeste está apenas falando de justicialismo. O que também aparece como um dos principais erros da lógica de High Noon (nenhum agente sério procura de antemão matar seu algoz, por isso ser conhecido como formação de milícia e banditismo). 



O legal é que esse filme dividiu a crítica, alguns viram um clássico comunista, outros apenas uma propaganda ao estilo esquadrão de extermínio. Já em Shane, a reflexão é humanista e profunda. Matar não é a primeira resposta (ao estilo Dolores de Westworld), mas sim a última, pois simboliza o momento que a lei chega até você e você tem que fugir disso. 


Todas essas questões flexionam um debate muito sério sobre o legalismo, ordem legal, e a jurisprudência. Um exemplo, um xerife de uma cidade pode ser como em Rio Bravo, como pode ser o cara de Matar ou Morrer. Essa variação das leis conforme a cultura e os costumes demonstrada pelos westerns, exemplificam como a América foi construída historicamente através do ideal de liberdade, refletindo aspectos positivos e negativos dessas diferenças históricas e culturais.


Vários temas são suscitados no filme, como a questão do perfil e de masculinidade. O que definiria um homem, seria um perfil exato? É preciso ser cowboy, saber montar ou atirar, ou é preciso saber ser político. Na interpretação de Scorcese sobre o filme, por exemplo, ele acredita que o homem que matou de "verdade" não teria levado o reconhecimento. Logo, em sua visão, enquanto o político leva a garota e a fama, o cowboy mantem de fato a segurança. 


Porém, eu eu interpreto que quem matou foi realmente o senador de James Stewart. Isso pelo fato de que quando tudo acontece, o personagem de Wayne ficou desolado. Acredito que ele ficou anos pensando em uma versão da história que o consolasse de ter perdido a garota e não ter fama. Quando teve a oportunidade, implantou o mito, a fake news, a narrativa perfeita na cabeça do senador. 


Mais além disso, para mim a grande reflexão que devemos fazer sobre o O Homem que Matou o Facínora é: por quê o senador sente que não foi ele? Porque ele precisa da aprovação do velho cowboy, durão e ultrapassado? Essa é a construção genial do filme, que como em Macbeth, explora a origem violenta e ególatra do poder, mesmo daquele que é bom e com boas intenções. O que importa aqui, é que o próprio senador não acredita em si e na sua capacidade de mudança.


Outra questão importante é salientar que para interpretar dois cowboys jovens com dois atores já veteranos, Ford usou o preto e branco do filme, pois tanto James Stewart como John Wayne já tinham mais de 50 anos. 


A Paramount na época não queria saber de exceder o preço de custo dos filmes que não usavam tecnicolor, como era uma opção pelo estilo do filme e do diretor, em uma época que já tinha a tecnologia. O fotógrafo do filme William H. Clothier que comentou sobre essa dificuldade.  


Se acreditarmos na fala de John Wayne no filme, parece que quem pegou os "louros" de ter matado Liberty Valance foi o homem que nunca poderia fazer isso, mas pode ser apenas uma mentira contada pelo cowboy que teve toda sua vida e honrarias meio que "roubadas" do personagem de James Stewart. Mas pode ser isso também que os críticos normalmente enxergam que é uma forma de demonstrar a metáfora do que seria política, ação direta, representação, participação e delegação, por assim dizer. 



Certo dia, estava pensando o quanto estamos acostumados a estudar sobre os Estados Unidos como os maiores inimigos do mundo livre (principalmente nas universidades públicas), o que é ao contrário do que os Estados Unidos pensam de si mesmos. Uma sociedade que se livrou da influência da colonização inglesa pela forma da "negligência salutar", que era uma forma de abordar que os moradores de lá se sentiam já como "parte da terra". Como resolver essa bipolaridade sobre o sentido de América?


Essa relação no interior, nas estepes e nas planícies fez surgir mitos fundadores, como o feriado do Thanksgiven (Dia de Ação de Graças). No filme, esses mitos fundadores da democracia são temas quase naturais, conseguindo evocar uma simplicidade de lugares universais, o bom o e mau, o bem e o mal, o homem ideal, o homem viril, o bandido, o jornalista, o xerife e o senador, todos eles arquétipos de uma América que na metáfora do faroeste muito pouco se educou. 


Pompey (Woody Strode) era um personagem diferente da maioria dos faroestes, sendo um personagem de extrema importância para o desenrolar da trama. Ele simboliza a tentativa de coexistência na época do movimento dos direitos civis e no fim das antigas leis de segregação (leis Jim Crow). John Ford demonstra um homem em negociação o tempo todo com os conservadores locais. 


Quem seria o homem que matou o facínora? Um herói local, um homem que ascendeu ao ponto de virar senador. Mas como aconteceu? O filme de John Ford aborda detalhes interessantes e políticos do convívio em pequenas cidades do Velho Oeste. 


A audiência contemporânea adora o filme, mas alguns dizem que o arco final pecou. A Variety chamou o filme de "divertido e emocionalmente envolvente", mas achava que o filme já havia terminado 20 minutos além do que deveria, e assim seria um "estudo desafiante e irônico sobre o destino do herói".

 

Muitos criticam a realização anticlímax do filme, como é um filme que a temporalidade não é linear. Isso aconteceu de propósito, para dizer alguma coisa e logo para mim é uma característica positiva da técnica audiovisual do filme. 


Ao contrário do que pensam, como em The Big Country, O Homem que Matou o Facínora é um filme que "envelheceu bem" por se tratar de política e de elementos de politica em sua noção constitucional, civilizacional e política. 



Esse filme foi considerado na época, só qualquer filme do John Ford, até mesmo acusado ter "perdido a mão", isso para os críticos da época acostumados com seu trabalho mais "folclórico" e nacionalista. Mas a crítica contemporânea revisa o filme como um filme essêncial em seu aspecto técnico e político, posicionando ao lado de filmes como The Searchers (Rastros de Ódio) e The Shootist. 


O grande diretor Sérgio Leone afirmava que The Man Who Shot Liberty Valance como filme favorito, por lembrar a realidade do pessimismo na perspectiva de questionar a óbvia trajetória do herói, nesse sentido, o filme acerta, mesmo que em seu anticlímax no sentido de duvidar das "fundações heroicas da América". 


O filme simplesmente aborda tudo que podemos imaginar do debate da política representativa. A atmosfera de liberdade de imprensa, reuniões citadinas, debates estaduais, e a proposta de civilização e educação nas fronteiras longevas da américa e sua óbvia inadequação junto a maioria. Tudo muito real, vivo e educativo. Genial e essêncial. 



História por trás do filme


O filme foi produzido $US3.2 milhões de dólares, e arrecadou $8 milhões, sendo um dos filmes de maior lucro do ano de 1962. As roupas de Edith Head ganharam a indicação por Melhor Design, um dos poucos faroestes a ganhar nessa categoria, foi produzido por Willis Goldbeck, e baseado na estória de Dorothy M. Johnson, com roteiro final de James Warner Bellah e Willis Goldbeck. 



Apesar de não ter a música tocada no filme, existe uma música lançada inspirada no filme que se tornou um hit sem tamanho, uma música de Gene Pitney que tinha o mesmo nome "The Man Who Shot Liberty Valance", mas não foi usada no filme, mas que acabou ficando marcado na cultura junto por ter o mesmo nome do filme.



 

O editor Scott diz para ele que sua história de matar Valance não seria publicada, dizendo, "Isso é oeste, senhor. Quando a lenda vira fato, imprima a lenda." Enquanto ele agradece ao condutor do trêm, e ele responde com reverência, dizendo que "Nada era demais para o homem que atirou em Liberty". 


A música mesmo utilizada no filme foi composta por Cyril J. Mockridge, e regido por Irvin Talbot, mas as cenas de Hallie com Tom e Ranse foram filmada com uma reprise de Ford ao tema de Alfred Newman "Anna  Rutledge Theme", partes da música There'll Be a Hot Time in the Old Town Tonight tocou durante a cena tocada pelos músicos do bar e da banda marcial. 


Divisão de maquiagem era de Wally Westmore, hair style (cabelo) de Nellie Manley, e a gravação de som de Charles Grenzbach e Philip Mitchell.

Ford dizia que a escolhe o preto e branco exigia uma atenção de cinema-arte. Ele disse: "pode me chamar de tradicional old school, mas fotografia em preto e branco que é fotografia de verdade". 


Ou seja, quando está em cores, é apenas aquilo que é, quando está em preto e branco, o uso da fotografia é um exercício de arte e exige mais para se ter um efeito artístico, sendo portanto, a fotografia em preto e branco a própria essência da arte no cinema. 


Ford também disse que a cena do tiroteio da morte de Valance não teria funcionado completamente se fosse feita em cores. Partes do filme foram filmados no Wildwood Regional Park em Thousand Oaks, Califórnia. 


Algumas questões subterrâneas tem na produção desse filme. John Wayne tinha sido jogador de futebol na USC e foi cortado da posição por ter se machucado. Também era comentado que John Wayne, na realidade, tinha falhado em se alistar na Segunda Guerra, durante o período, vários diretores, atores e pessoas do meio de Hollywood trabalharam com o exército, como Clark Gable, e o próprio James Stewart. 


Algumas pessoas brincaram com John Wayne não teria se alistado. O próprio John Ford filmou documentários de louvor aos combates da secretaria de serviços estratégicos, como também fazia Frank Capra. James Stewart na vida real serviu com distinção como bombeiro piloto e comandante em um grupo de artilharia em bombas, ou seja, ariscou sua vida mesmo. 


Esse filme mostra então o arrependimento de John Wayne de não ter ido como Stewart para o fronte de batalha, sendo um dos maiores arrependimentos de sua vida, o que se reflete na própria descrição de seu personagem no filme.  


Outra brincadeira possível de entender da imagem inteira que o filme suscita é que John Ford estava literalmente falando da construção de sociedades em cima de combater alguém, na guerra internacional, como no conflito local. John Ford queria dizer que Stewart era esse cara, a figura do "bonzinho" que na verdade 'matou o facínora'. A metáfora política é perfeita. 



John Wayne também reclamou da autonomia de Stewart na gravação do set. Era como se ele pudesse acertar de primeira e isso irritada Wayne que estava dividindo o protagonismo do filme com Stewart. 


Isso se deve ao fato de Stewart ter feito faroestes, mas ser mais conhecido por outros gêneros. O que deixou Wayne um pouco bravo com Ford, apesar de nunca dizer isso, já que ele fora o homem responsável por seu sucesso estrondoso com seus filmes impecáveis. Wayne teve um problema ao andar de cavalo, perdendo o controle sob o animal e foi ajudado. Parece ter sido um clima de gravação mais pesado do que leve. 



Stewart recebeu mais dinheiro de anúncios em posters profissionais, mas no filme em si, John Ford garantiu os créditos de Wayne primeiro, como também garantiu o espaço no filme para o amigo, já que o estúdio queria um foco maior em Stewart. 


Para John Wayne, ele era o protagonista, apesar de Stewart ter mais tempo em tela, era sobre o perfil de cowboy de John Wayne que o filme era para ele. Mas, tenho dúvidas que era essa a opinião de Ford nessa altura da carreira. 





Algumas referências e inspirações da cultura pop ao filme: o personagem de Stewart obviamente inspirou o professor Girafales, do seriado mexicano Chaves, mas também o senador Caxias da novela O Rei do Gado. As cenas da aula influenciaram a Escolinha do Professor Raimundo, e várias situações do filme, personagens, falas e sequências foram influencias para Simpsons. O filme também foi referenciado no seriado A Grande Família, terceira temporada, episódio 8, "O Homem que multou o Facínora".



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