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A Tragédia de Macbeth (2021): Filme de Joel Coen trouxe grande elenco para adaptar peça de mais de 400 anos de Shakespeare



A Tragédia de Macbeth é um filme histórico americano de 2021, escrito e dirigido por Joel Coen e baseado na peça clássica de William Shakespeare. O filme estrela Denzel Washington, Frances McDormand (que também produziu o filme), Bertie Carvel, Alex Hassel, Corey Hawkins, Harry Melling, Kathryn Hunter, Brendan Gleeson. O filme além de receber a indicação para concorrer Melhor Ator para a atuação impecável de Denzel Washington, ele também foi nomeado para o Globo de Ouro, Critics Choice Award e Screen Actors Guild Award também de Melhor Ator. Além disso, o filme está indicado por Melhor Fotografia, e também por Melhor Design Produção.  

 

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O filme "A tragédia de Macbeth" é inspirado em uma peça de quase 400 anos do maior autor da língua inglesa, e envolve uma forma rendição ao carácter shakespeare da cultura inglesa.  Estrelando de maneira épica Denzel Washington como o assassino e nobre Macbeth, e Frances MacDormand como sua esposa influente, Lady Macbeth. O filme ganhou um grande feedback por sua abordagem inovadora e linguagem.  



Macbeth não esquece da profecia de que os filhos de Banquo que seriam coroados reis. Banquo morre, mas seu filho, Fleance, foge. Macbeth oferece um banquete aos nobres para ser aceito, mas o fantasma de Banquo aparece e o atrapalha. A profecia acontece quando na cena, os soldados avançam com a cobertura de galhos, cumprindo a profecia que seria a própria floresta de Birman que avançaria até o castelo. 


Macbeth mata os criados do rei para não recair suspeitas sobre si, e em seguida, e Macbeth é coroado. Macduff, o duque de Fife descobre o corpo, enquanto e os filhos de Duncan fogem da Escócia. 


Quando Banquo sofre uma emboscada, Ross e Macduff desconfiam da história do assassinato de Duncan. Já que Ross é um nobre escocês que ficará ao lado de Macbeth até fugir para a Inglaterra e contar para  Macduff sobre a chacina de sua família. 


A luta entre o bem e o mal, a degeneração do caráter, a punição pelo pecado. Macduff mata Macbeth e retoma a posição de herdeiro do trono. Ao mesmo tempo, uma aparição o adverte para ter cuidado com Macduff. Ao ser informado que este se encontra na Inglaterra, Macbeth resolve exterminar toda a família de Macduff, dando continuidade à espiral de violência.



 

Enquanto isso, Lady Macbeth desenvolve um estado de demência, causado pelo remorso. Os nobres resolvem reunir-se para depor Macbeth, liderados por Malcolm, filho do falecido Duncan e por Macduff. Lady Macbeth se mata e Macbeth anuncia um dos solilóquios(recurso que verbaliza a consciência de um personagem, sendo esse um dos mais famosos de toda a obra shakespeariana. 


 exército inimigo avança sobre o castelo de Macbeth, usando galhos como camuflagem, como na profecia. Ainda assim, ele enfrenta corajosamente os inimigo, certo de sua invulnerabilidade, até que se confronta com Macduff, que o derrota, após afirmar que foi “prematuramente arrancado do ventre de sua mãe”, não sendo exatamente “nascido de mulher” , como Braunmuller observa que 400 anos atrás, na época de Shakespeare, uma cesariana significava morte da grávida.  Macduff não era “nascido de mulher”, pois seria “nascido de um cadáver". 


Minha Leitura do Filme


Em termos de herança cultural e histórica, parece que a peça original de Shakespeare era uma forma de agradar James I, em sentido de questionar o caráter autoritário do tipo de absolutismo inglês anterior a ele, uma crítica a dinastia anterior Tudor em relação a nova dinastia Stuart. Identificando a loucura como um traço antigo dos Tudors, que mandavam matar os inimigos para se manter no poder. James se aproximou da prima Isabel I (Elizabeth I) e recebeu a notícia da execução de sua mãe sem poder fazer nada. Em 1603, ele uniu a Escócia, a Inglaterra sob o mesmo rei. Ele era absolutista convicto e era apóstolo da ideia do "direito divino dos reis". 


O filme começou quando Frances McDormand, ganhadora do Oscar de Melhor Atriz no ano passado por Nomadland, conversou com o diretor sobre dirigir uma peça no Berkeley Repertory Theater. Ele não queria dirigir Macbeth no teatro, mas sim enquanto filme. Ele disse que queria se afastar do realismo e entrar de cabeça no mundo da imaginação do teatro e ainda assim reproduzir isso tudo na fórmula cinematográfica. 


Um dos momentos mais chocantes do filme é a morte de Macbeth no campo de batalha. Sua cabeça voa por cima de seu corpo e a câmera segue a coroa através das mãos de Ross. É uma forma de demonstrar a transição de poder de uma mão para a outro, de maneira bruta. O grande triunfo do filme é pensar em como manter a audiência com grande expectativa e engajada no filme, sentada na ponta do assento, mesmo se a história contada tem mais de 400 anos. Ou seja, vemos uma atualidade das temáticas de Shakespeare, talvez a mesma reservada para as peças gregas. Esse tema da certeza pela punição dos pecados percorre todo o teatro elisabetano. Essa ambição de Macbeth foi despertada e aumenta em medida que a profecia vai se tornando realidade. 


A peça Macbeth foi encenada pela primeira vez em 1606, contando a história em forma de alegoria sobre a alma de bom homem que aos poucos é corrompido. Outro tema comum da peça é a disputa de poder, assassinato, superstição, e vingança em torno de uma certa tradicional guerra pelo trono, tema comum na literatura shakespeariana. 



A Tragédia de Macbeth é uma peça de Shakespeare que é ambientada na Inglaterra da dinastia Stuart. Os temas são altamente envolvidos com história pela questão histórica do absolutismo monárquico inglês.  Na época de exibição das primeiras adaptações da peça no The Globe (famoso teatro inglês), e foi apresentada segundo alguns, em homenagem a Jaime I, o sobrinho sucessor da rainha Elizabeth I, que  tinha sido um estudioso de magia e foi um dos quais a peça fora apresentada. A peça e também o filme começa com as bruxas, ao estilo das moiras, aquelas que tecem a e contam os presságios futuros.


Também parece que Sigmund Freud valeu-se da trama de Macbeth para explicar um conceito chamado de "ruína do êxito",  em seu trabalho de psicanálise onde os personagens se acometem de tristeza assim que realizam suas grandes expectativas. O mesmo ocorrido quando Lady Macbeth soube que seu marido havia matado o rei, coisa que ela mesma ajudou a tramar, mas a sua angústia não era trivial e sim fruto de um contato íntimo que Lady Macbeth teria com o sobrenatural através de seu sonambulismo, visto como bruxaria pelos criados de sua casa. 


Outro ramo impactado pela peça é na área de história do direito, havendo informações e pistas sobre os rituais de sucessão e governo, fruto do direito escocês, no século XI, época que a peça é ambientada. Como também houve um rei escocês chamado Macbeth. Outra questão envolve o tema da retórica, o convencimento progressivo da narrativa segunda a Lady Macbeth, o instigando a matar o rei aos poucos é parte desse entendimento. 


Nesse sentido, o texto de Shakespeare é o próprio convencimento ao assassinato, com sua persuasão e grande vocabulário (Shakespeare acrescentou para o idioma inglês mais de duas mil palavras de suas obras, que antes não eram utilizadas no inglês moderno. Não sendo exagero dizer que ele inventou o inglês moderno. 


Outra questão é sobre a natureza do mal frente a forma cénica onde essas manifestações de bem e mal são moderadas e o tom do herói e do vilão nunca é concluído. Talvez ninguém na história tenha feito "história das elites" como Shakespeare fez. Ele foi profundamente na ferida sobre a loucura e poder sem medidas dos reis. Seu gênio em Macbeth, a dúvida da narrativa entre o herói merecedor e o vilão sanguinário intriga o leitor até o final épico. 


Para chegar ao ponto da realização de seus desejos, caminhos e destinos, eles tem que até mesmo se tornar apáticos um com o outro. O poder que procuram não reserva nada sagrado, nem o amor deles mesmo. McDormand entrega os contornos da mudança na voz, e no corpo enquanto sua personagem invocava o sobrenatural durante o sono, modificando corpo, voz e rosto enquanto os criados assistiam atônicos. Em um momento, quando Macbeth entra no corredor para assassinar o rei Duncan, seu rosto entra e sai da sombra, enquanto seus passos mostram sua saída. A cena é feita para sugerir que Macbeth era um intruso em sua própria casa. 


A peça traz vários elementos que fortalecem a visão de legitimação de James como soberano, a celebração de uma linguagem antiga que havia sido afastada no poder. Há referência também a questão do poder divino dos reis e ao sobrenatural com a questão da bruxaria. Alguns acham que ele se valeu das Crônicas da Inglaterra, Escócia e Irlanda (1577), de Raphael Holinshed. Também o fator político da peça é impressionante, capaz de descrever a ideia de ação e honra importantes para as elites inglesas do período, no sentido de descrever a angústia em relação ao destino versus o desejo do homem. Vale lembrar que a Shakespeare é um marco do renascimento inglês, ocorrido desde o fim da dinastia Tudor. 


Essa transição de herói de batalhas que protege o rei para o próprio homem que mata o rei é o que essa ambiguidade no plano existencial que nos permite simpatizar com o caráter da peça. O rei tinha dado o título de (Thane) Duque de Cawdor para Macbeth, mas isso não era suficiente, sendo o titulo de quem havia derrotado antes. Por exemplo, a cena final da cabeça de Macbeth é imensamente famosa na peça e ficou épica no formato do filme.



A história de Macbeth tem o clássico mecanismo de ascensão e queda das grandes narrativas históricas. Macbeth tem consciência plena do mal que faz, mas faz mesmo assim. Por fim, ele se torna na história um rei caricato, no sentido de que ele perde a majestade. De fiel ao rei idoso Duncan, vira seu algoz. O filho do rei, Malcom como herdeiro do trono, foge par aa Inglaterra ao ter seu pai assassinado, formando um exército na Escócia para acabar com a tirania de Macbeth.  O que podemos ver aqui é uma forma de crítica ao pensamento inquisitorial, ao estilo de James I que escreveu vários livros sobre superstição e que via bruxas em mulheres feias, idosas, ou de má aparência a figura de bruxas. 




Bastidores e Contexto de Produção do Filme




O diretor do filme Joel Coen disse que estava tentando manter-se "amador" como forma de fazer o filme. Ele disse que a trama era uma história sobre assassinato e vingança, e que de certa maneira, é uma história de terror também. Esse filme também marca o primeiro filme de Joel Coen sem seu irmão Ethan, o que permitiu com que ele procurasse uma forma própria de direção. Ele achou essa inovação na forma de adaptar de maneira mais fiel possível dentro da inspiração na literatura inglesa. Coen disse também que era uma oportunidade de fazer algo que nunca tinha feito antes, Coen que tem 67 anos disso em em um vídeo de uma entrevista que fez na California. 


A inspiração central para Coen veio de um dos textos da literatura formadores do idioma inglês. Diferente de seus outros trabalhos, como o filme "The Ballad of Buster Scruggs",  a pausa na colaboração dos irmãos veio depois de 40 anos fazendo filmes juntos, então a pausa foi benvinda para ele fazer um trabalho 100% autoral. Parte do financiamento veio da iniciativa da própria atriz da Lady Macbeth (Francis McDormand), que produziu Nomadland e, esse filme também em parte. 


Enquanto a grande maioria das adaptações shakespearianas querem tornar o trabalho do autor mais facilitado ao entendimento do público comum, esse filme diferentemente, demonstra uma forma de debater o texto original, com recortes excelentes, já que a peça original  é gigante, e o filme não é muito longo. O enfoque do filme passa a ser a chave de entendimento em torno do conflito do casal e o momento da perda da sanidade. 


Os cenários e a estética serviram para relembrar o estilo da era da fotografia em preto e branco de Hollywood, em filmes como pensados ao estilo de Cidadão Kane. Em um nível visual, as ambiguidades de Shakespeare e de sua peça se subscreve como esses filmes antigos, e parece um filme mais autoral do que de equipe. 


O cineasta Bruno Delbonnel, também trabalhou em Buster Scruggs e Inside Llewyn Davis. Ele disse que os personagens pensam que são espertos, mas o destino prega-lhes uma peça. Joel Coen estava imensamente inspirado por Orson Welles e Roman Polanscki, como também o estilo de Akira Kurosawa em Trono Manchado de Sangue. ele viu filmes como Carl Dreyer, Masaki Kobayashi e F.W. Murnau, e leu trabalhos de técnicas de teatro do pioneiro Edward Gordon Craig que era um designer de teatro do começo do século XX. 


Coen e o fotógrafo Delbonnel passaram meses planejando a estética de seu Macbeth e planejando as filmagens que aconteciam em Los Angeles. Delbonnel dise que Coen trouxe ele bem antes de fazer o filme para trabalhar com os cenários, o que demonstra o caráter de experimentação que é sentido pelo expectador. Não teve hesitação em escolher Denzel Washington para o filme, com seus dois Oscars, Denzel Washington disse que ele estava ansioso pelo papel, por nunca ter trabalhado com Coen antes, e se considerava fã de seus "filmes perigosos" e arrojados, como o filme O Brother, Where Art Thou?, que disse ser um de seus filmes favoritos.  


O diretor disse que você pode entregar a sua fala do roteiro e coçar o nariz ao mesmo tempo, não é preciso que cada tracejo ser épico. Novos atores como Moses Ingran que interpreta Lady Macduff, veio  apenas com a experiência da série da Netflix: The Queen Gambit, e  fizeram o debut (participaram pela primeira vez) em seu filme, quando mostrada para ela as cenas,  ela ficou assustada achando sua atuação ruim. 


De vário as maneiras, Coen foi calmo para lidar com esses nervosismos e conseguir passar uma mensagem de aprendizado com o filme. Foi difícil para os atores de primeira viagem pelo filme ser carregado por dois grandes atores de renome, ganhadores de Oscar que conseguiriam atuar até na praça XV em cima de um caixote que ainda acertariam na atuação. Foi difícil então para os outros atores acompanharem.  Coen também não acreditou que conseguiria finalizar o filme. Sendo um dos motivos para isso a pausa nas gravações devido a questão da pandemia de Covid-19.


O cineasta também observa uma certa potencialidade de democratização do cinema com o streaming, por oferecer a chance de alguém que não assistiria um filme no cinema, de assistir no computador em casa. Foi uma tentativa de trazer o teatro formal shakesperiano para o streaming. A lição é muito didática e serve para inspirar uma nova geração a descobrir os clássicos da literatura. Coen comentou o quanto Shakespeare era inevitável, em 40 anos de carreira, seu gênero de filme envolvia mais falar sobre criminosos e certos debates filosóficos sobre personalidade, fez isso tudo na companhia de seu irmão Joel, ao todo 18 filmes, sendo esse projeto de Coen, um projeto solo. 


Quando o rei deu o título de Príncipe de Cumberland para seu filho, Malcom, Macbeth ficou com ciúmes. No segundo ato, Macbeth mata o rei e coloca assim a culpa nos guardas, como planejou sua esposa, Lady Macbeth. Quando fez o que tinha que fazer, Macbeth ficou perturbado, o momento que a sanidade sai dele. O oráculo das bruxas informa que Macbeth não poderia ser derrotado por um homem que tivesse saído de uma mulher. 


Ao fugir da Inglaterra, Macduff tem sua família toda assassinada a mando de Macbeth. No fim, Lady Macbeth enlouquece e se suicida. Os soldados ingleses chegavam ao castelo carregando galhos da floresta de Birname, cumprindo-se a profecia. Como Macduff nasceu de um parto de cesariana, cumpre-se a profecia, por não ter nascido diretamente de uma mulher. 


O que nos faz pensar, que muito como Antígona, Macbeth também aborda através da psicologia dos personagens (uma verve shakesperiana), uma ideia de questionamento sobre legitimidade e razão de estado, como também é tema o regicídio praticado por quem queria "usurpar" o trono. A questão de Maquiavel aqui serve para observar o pensamento da época em torno da "Fortuna" (sorte), versus a ideia de "Virtu" (merecimento pessoal). 


Para Jean Bodin, o absolutismo era a melhor forma de governo, pois a legitimidade do soberano, e também envolve a questão do livre arbítrio, o poder então não precisava ser discutido e ordenado através da vontade de terceiros, como em uma república. Em muitos sentidos, há esse certo conservadorismo social na leitura de primeira feito sobre Macbeth, pois a peça foca na falta de legitimidade como um dos termômetros da tragédia, que já estava descrita desde o começo com o advento de oráculos e adivinhações e alucinações.  


experiência de Macbeth guarda um foro de radical inadequação interna (na forma de ganância), não conseguindo transformar o poderio de ser rei em uma forma de poder estável e longevo. É uma tragédia anunciada, como as clássicas gregas também eram. A visão de que ele oprimia o povo escocês é mais uma vez a tentativa de agradar a linhagem Stuart de James, sobrinho de Elizabeth I, que havia matado Maria Stuart, a mãe de James, sua prima para manter o poder na época, fazendo parecido com Macbeth, ao matar a própria família para manter o poder. 


A peça, como o filme também se encerram com uma forma de dizer que houve um triunfo do "bem" sobre o "mal". Do titular da coroa em relação ao seu usurpador anterior. O tipo de personalidade de Macbeth é bem descrito pela criminologia com seu perfil regicida, sendo um homicida compulsivo que não consegue parar de matar. Cada assassinato perpetua a necessidade de se matar mais uma vez, como um efeito compulsivo e paranoico. 


A peça trouxe enquanto valor histórico uma reflexão ímpar, de uma ironia trágica ocorrida com a "ideia fixa" da experiência do poder soberano de Macbeth que ajuda-nos a perceber o quanto esse debate está no seio do estado moderno. Macbeth demonstra de maneira genial o eclipse do espírito ético do homem e sua corrupção através do poder. Esse poder é uma fonte de tragédia e não gozo para Macbeth, e mesmo assim, em nome da ideia de destino (por conta das profecias), ele é levado a loucura por acreditar na sua "Fortuna" mais do que na sua "Virtu". 



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