Pular para o conteúdo principal

O populismo econômico do governo de Javier Milei

O governo de Javier Milei, embora se anuncie como uma ruptura com o passado, repete traços clássicos do populismo econômico latino-americano. Assim como Menem na Argentina, Collor no Brasil e Pérez na Venezuela, Milei adota um discurso moralista contra o “Estado corrupto”, mas aplica políticas que concentram poder e fragilizam o tecido social.


 A austeridade extrema, vendida como remédio contra a inflação, tem produzido o efeito inverso: retração da atividade econômica, desemprego e novo ciclo de desvalorização cambial agravado pelo pedido de empréstimos do FMI. Milei até mesmo perdeu agora feio nas eleições distritais. 


O argumento dos 20 bilhões de pesos injetados no sistema, longe de representar estabilidade, evidencia o desequilíbrio fiscal e a dependência estrutural do país em relação ao FMI. Desde os dois grandes empréstimos recentes  que somam parte expressiva da dívida histórica argentina o país não apresentou sinais concretos de melhora econômica.


 Assim, o discurso libertário de Milei acaba reproduzindo o paradoxo do populismo de direita: promete liberdade de mercado, mas aprofunda a dependência financeira externa e a vulnerabilidade interna, trocando o intervencionismo estatal pela submissão ao capital internacional. 


Mileu com sua motosserra, shows de rock e apoio apenas dos seus demonstra a seriedade que é o populismo de direita e econômico por condenar não apenas o presente, como também projeta dívida e problemas futuros. 


Além disso, o socorro financeiro de US$ 20 bilhões oferecido pelos EUA ao governo de Milei funciona como uma armadilha: é uma isca que aparenta alívio imediato, mas implica em dívidas eternas e maior servidão externa. Ao acirrar os laços com Washington, evidenciado pelo encontro de Milei na Casa Branca com Trump e Milei.  

Cria-se uma dependência geopolítica e econômica. O pacote financeiro dos EUA reafirma o papel do país como fiador ideológico da agenda ultraliberal de Milei, enquanto Argentina troca soberania por liquidez, reforçando o ciclo de endividamento histórico sob o pretexto da “estabilização", na verdade condena mais uma vez o país a fórmula de eterna austeridade e inflação descontrolada. O "socorro" é o remédio que deixa ainda mais doente ainda.  


Mas como Milei é economista, é protegido pelos jornais econômicos, que dizem que ele é a última esperança da direita na América Latina contra o que eles chamam de "populismo da esquerda". Ou seja, apostam em uma sabotagem não real.


 O Brasil como os EUA ajudaram e socorram os hermanos e nem mesmo Trump quer arrumar briga direta com Lula. Demonstrando o viés ideológico do jornalismo econômico e de como esse campo está tomado de achismos e opiniões não embasadas em dados concretos. O que é uma ironia dado que é uma crise do modelo da econometria que não quer usar mais de dados, foca na opinião. Além de sugerir uma sabotagem geral contra Lula. 


Comentários

Em Alta no Momento:

Se Encontrar Sartana, Reza Por Sua Morte (1968): O nascimento de uma lenda do faroeste

10 Maiores Músicas Brasileiras de Todos os Tempos

Pluribus: Trailer, data de lançamento e tudo o que sabemos sobre nova série do criador de Breaking Bad e Better Call Saul

Como filme soviético baseado em 'Guerra e Paz' se tornou o mais caro de todos os tempos

Curta nossa página: