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O Algoritmo Não é Neutro: Como Redes Sociais Controlam e Manipulam Você

 


A verdade é que a questão sobre as redes vai além da questão principal que chamou atenção de todos. A "adultização", exposição e bullying são apenas alguns dos efeitos causado pela plataformização/algoritimização das redes, mas a coisa vai além. Só teve que chegar ao extremo do absurdo para que todos notassem. Mas o algoritmo não só cultiva hábitos execráveis e abomináveis, como estimula o pensamento idiotizado e reacionário através de bolhas. Não atoa vimos antes a questão do negacionismo e terraplanismo. A diluição do mundo do trabalho e flexibilidade das relações é também a relativização do humano em si.


Logo, qualquer tipo de trabalho criativo, cultural ou comunicacional, precisa usar as redes, seja para divulgar ou monetizar esse trabalho. O que acontece é que essas plataformas não são brasileiras, mas também não são de todos os lugares do mundo, mas de um em particular: dos Estados Unidos. Além disso, todos os proprietários e CEOs dessas empresas tem o mesmo perfil: branco, rico e de meia idade. Só interessa para eles qualquer coisa que seja lucrativo, não importa sé é esquerda ou direita. Nisso, o Brasil é visto por eles apenas como um local a se explorar e levar seus serviços/produtos.


Isso se configura também na limitação do espectro de avanço tecnológico/criativo: todo trabalho que seja inovador e "sai da caixa", vai ser relegado na medida que pode ser uma ameaça a estrutura que eles construíram: uma engenharia comunicacional para que você não precise pensar. Pois se as pessoas pensarem por si próprias elas vão atrás de conteúdo de qualidade, o que aumenta o parâmetro de maneira que as redes e seus criadores de conteúdo não conseguiriam dar conta. Assim, fragmenta-se o trabalho para se fragmentar as expectativas, fazendo as pessoas aceitarem qualquer lixo sugerido pela rede. Não atoa podemos ver tanto nepotismo no mercado comunicacional, de jornalismo, marketing e afins: o objetivo é justamente que o trabalho seja mal feito, por pessoas despreparadas, para que se tenha o controle dos sentidos possíveis do processo final. Por isso, todo mundo dessas áreas é colocado em uma situação de "uber do conhecimento".


A solução? Acredito que atualmente a única forma de fugir desse controle algorítmico, que sempre vai beneficiar o conteúdo em inglês, é o Brasil criando suas próprias versões similares do YouTube, Instagram e TikTok. Assim além do algoritmo pensar a partir da verdade e idioma do país, seria mais fácil regular, responsabilizar e remover conteúdo, uma vez que a empresa é nacional. Assim não teríamos episódios como do Rumble ou do X, que flertaram em desobedecer o STF em prol de interesses econômicos. Ver menos

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