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O Último Chá do General Yen (1933): Ancestralidade e cultura chinesa seduzem o Ocidente em filme esquecido de Frank Capra

Parecia que o General Yen não teria falsas esperanças de ganhar o amor de Megan, cometendo suicídio. Capra também reforçou o sentimento de atração de Megan pelo general em todos os pontos, zombando do racismo da personagem na sequência do sonho. A identificação feita no filme por parte do diretor parece flutuar entre os dois personagens, tanto o general fatalista, quanto a humanista Megan. Esse senso de empatia com o general veio da representação de um chinês culto e exótico, implacável com os inimigos. 


Os comunistas eram portados como os inimigos da civilidade, enquanto os generais das províncias e linhagens de guerra são demonstrados como "civilizados" por uma extensa cultura e hábitos de consumo de bens, riquezas, joias e importados gerais. Possuindo uma representação de uma forma bem racista ao demonstrar a China como um lugar de barbárie e que vidas humanas não importariam. 





O filme retrata o sentimento de conhecer a ancestralidade da cultura chinesa e se impressionar com isso, como o próprio ocidente em si.  O filme foi censurada na América por mostrar um romance com miscigenação, e na China foi censurado pelo governo através do vice consul que queria alterar partes do filme, que se irritou com a narrativa de que os chineses seriam bárbaros. Enfim, apesar disso, o filme foi redescoberto como uma joia perdida pela censura e contexto histórico. Um tipo de filme e história que não se vê todo dia retratada por Hollywood.  


Assista o filme aqui:







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