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Avatar 2: O Caminho da Água (2023): Continuação atenta para importância da preservação do meio ambiente, mas frustra por técnica ultrapassada e conclusão mórbida




Mais de uma década depois que os Na'vi repeliram a invasão humana de Pandora, Jake Sully vive como chefe do clã Omaticaya e cria uma família com Neytiri, que inclui os filhos Neteyam e Lo'ak, a filha Tuk e a filha adotiva Kiri e um menino humano chamado Spider, filho do Coronel Miles Quaritch que nasceu em Pandora e não pôde ser transportado para a Terra devido à sua tenra idade. Para consternação dos Na'vi, os humanos retornam e erguem uma nova base operacional principal chamada Bridgehead City para preparar Pandora para a colonização, já que a Terra está morrendo. Entre os recém-chegados estão os recombinantes, avatares Na'vi implantados com as mentes e memórias de fuzileiros navais RDA falecidos, com o recombinante de Quaritch como seu líder. Jake inicia então uma campanha de guerrilha contra as linhas da RDA


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 Crítica do filme 


Segundo a maioria dos analistas, "família" é o conceito central apresentado em Avatar: O Caminho d'Água. Segundo Sigourney Weaver, o tema principal é a manutenção (dos pais) de seu relacionamento perante a vontade de assumir riscos (dos filhos). Por isso, a atriz  comparou aos filmes da franquia O Poderoso Chefão (1972-1990), o que faz sentido por certo lado e soa como uma crítica ao filme, mas um exagero óbvio para soar díspar. 


No site RogerEbert.com, o crítico Brian Tallerico observa o filme ecoa temas de filmes anteriores dirigidos por Cameron, incluindo Titanic, Aliens (1986), The Abyss (1989), The Terminator (1984) e Terminator 2: Judgment Day (1991). E eu diria mais: o filme imita completamente certos shots, com cenas inteiras que copiam ângulo e sentimentos de outros filmes.



Por exemplo, o filme pergunta se você deve correr e se esconder de um inimigo poderoso ou lutar contra seu mal, semelhante aos filmes do Exterminador do Futuro. Mas também, explora exageradamente as cenas de claustrofobia dentro de um navio em naufrágio, como em Titanic.


Comparando os temas das sequências com o original, o diretor do filme, James Cameron, afirmou que: "Será uma extensão natural de todos os temas, e os personagens, e as correntes espirituais subjacentes. Basicamente, se você amou o primeiro filme, você vai amar esses filmes, e se você odiou, você provavelmente vai odiá-los. Se você amou na época, e você disse mais tarde que odiava, você provavelmente vai amá-los". 


James Cameron não podia estar mais errado. Seu primeiro Avatar foi lançado em áureos 2009. Naquela época, o Brasil ainda estava no segundo governo Lula. A banda larga já existia, mas ainda era incipiente para os mais pobres. Por isso, animações e filmes computadorizados, que usam o famoso "fundo verde", o chroma key, era ainda inovadores, um evento. As pessoas queriam ver os filmes para refletir o avanço da modernidade tecnológica, do suposto progresso da modernidade. Assim, filmes com efeitos especiais são muito mais vistos pela sensação de estar integrado a modernidade e as novas tecnologias, do que pelo seu conteúdo fílmico e qualidade da história. 


Entretanto, como esses conteúdos são todos baseados em estímulos visuais e sonoros, como preveniu Simmel, as pessoas ficam blasé perante tantos estímulos, passando a desgostar um pouco de mais do mesmo. Eu mesmo, por exemplo, amei o primeiro Avatar quando assisti no cinema na época. Talvez por, na época, o meu olhar ser bem mais inexperiente, fui convencido pela trama. Havia uma intenção realmente inovadora naquele filme. 


Pode parecer ridículo para hoje em dia, mas na época usar o cabelo como cabo USB que te liga a natureza era bem bacana. Remetia a como a tecnologia podia ser utilizada para funções naturais. Em Avatar 2 isso foi expandido para uma mensagem ambiental, onde a função do próprio filme e todo o seu investimento milionário, segundo a produção do filme, teve a intenção de alertar para a beleza do meio ambiente e a importância de sua preservação. Em meio a uma época onde se presenciou o aumenta do desmatamento da Amazônia, isso é importante. Porém, me pergunto seriamente se a maneira correta de fazer isso é... fazer um filme ultra tecnológico e sem nenhuma natureza real, que não ensina o valor real de algo na natureza e sua preservação. 



Outro detalhe é que o primeiro filme era marcado pela narração em primeira pessoal. Todo o filme era baseado na experiência de vermos um soldado humano, se apaixonado pelo ponto de vista do "alien nativo", até o ponto de querer se tornar como ele. Aí, no segundo filme, o casal é colocado em segundo plano dentro de toda uma estrutura da sociedade e agora sua família. 


Todo início do filme é uma longa trajetória de como a sua família foi crescendo, e vamos falar que é piegas. Por mais que depois os jovens sejam um bom acréscimo, a forma de trajetória da vida pessoal que percorre o tempo sossegado até uma crise surge e perturbar a paz da família é toda rídica. Reproduz uma visão conservadora onde a família representa algo unitário e não uma composição de pessoas. A família se reproduz quase como um reflexo da vontade de seus pais. 



Os filhos tem personalidades diferenciadas, só que todos eles são marcados por uma tentativa de serem "jovens", em uma alusão a geração Z. Só que não é orgânico, e sim intencional, algo pretencioso que parece, na verdade, não gostar dos jovens. Mas é um computadorizado, ou seja, para jovens. 


Há a dualidade do pai de família, que é um desertor dos militares, e o soldado perfeito, que é um nativo. Esse personagem representa o que o nosso protagonista seria se não desistisse no primeiro filme. Ainda se soma a isso, o fato do plot do garoto branco que quer ser um nativo, algo seriamente dispensável do filme. 



Então, o filme segue assim dentro dessa premissa básica da paz da família média perturbada e que vai para a aventura tentar restaurar a normalidade. Entretanto, há uma certa presunção dos arquétipos dos filmes, como se fosse uma série, mas acabamos de conhecer a maior parte dos personagens. 


Por último, é preciso dar um spoiler para dizer que o filme passa um pouco do limite. Vamos ver um filme com uma proposta quase infantil, que no final vai mostrar que nos choca com a morte de um dos filhos do protagonista. É péssimo, um balde de agua fria que estragou o filme, parecendo que era melhor parar só no um. 



A direção é batida, bem mais do mesmo. E a produção começa a mostrar os seus limites. Várias cenas de ação pareceram completamente ultrapassadas em seus efeitos, parecendo gráfico de videogame antigo. O filme extrapola no efeito e parece pior que o primeiro filme, que era de 2009! E, na melhor das hipóteses, não demonstra nenhuma evolução. Assim, o que parecia te colocar em conexão a modernidade, parece forçado, ideológico.  


A ideia do título de "caminho da água", é uma óbvia referência a filosofia de Aristóteles, em sua alegoria onde dizia que era impossível para uma pessoa mergulhar duas vezes no mesmo rio, pois a água não seria a mesma e a própria pessoa, ao longo do tempo, não seria mais a mesma. Dentro do filme isso é visto na ideia dos filhos, onde tanto ter um filho (que é a experiência pessoal de Cameron colocada no filme), como perder um filho mudariam as pessoas. Isso pode ser verdade em termos do ser humano, do humanismo, mas em termos ideológicos, se tratando de uma grande produção, basicamente justifica mudar de opinião para uma mais conservadora, pois aquilo é rentável financeiramente, uma coisa bem esquisita como mensagem para se ver em um block buster americano. 


Aristóteles estava preocupado em desvendar o nível do ser e não da vida, e ser qualquer um pode ser, assim como tudo que está na natureza existe para além da apreensão humana ou não. Mas essa ideologia implica em uma busca em apenas ser o melhor e não em ter uma boa vida ou obter bons resultados. Assim, tornar seus traumas e experiências em algo rentável, por mais que seja normalizado hoje em dia pela cultura da internet, é algo mórbido. Parecendo que o único fim real para qualquer trama é a tragédia. E por quê devemos sair tristes de uma sessão de cinema de um filme com seres digitais? O filme faz a gente se importar como esses seres digitais para depois matar um deles. Não faz sentido.


Essa dualidade em cuidar do meio ambiente ou cuidar da sua família e "prover", é uma farsa, uma ilusão liberal que busca colocar desafios a preservação do meio ambiente, perante a suposta necessidade de ser e existir do indivíduo. Cuidar do meio ambiente é uma postura coletiva, e por isso principalmente deve ser uma iniciativa dos governos, onde os países devem associar um programa de vida para as pessoas, associado a preservação ambiental, e não só o indivíduo economizar a água do seu banho enquanto o agronegócio gasta litros de água na produção de carne. 


A Fox é um estúdio mais conservador, mas nesse filme o que vimos foi um show de apropriação de branca do eu lírico de latinos, negros e indígenas, através do ideal da família, para ver semelhanças estruturais de parentesco entre o "nativo" e o "moderno". Acontece que esse "moderno" já não soa nem atual e nem nativo, e sim algo perdido, como uma tecnologia que passo e as pessoas sentem vergonha de terem usado. O filme demorou muito para sair, esfriou o hype. A produção enrolou e eles tentaram compensar isso com pautas da atualidade, querendo criticar, por exemplo, a mentalidade dos governantes negacionistas. Porém, foi fora de tempo, parecendo fora de época já em seu lançamento. 


Não é um filme que você sai feliz, que se orgulha de ter visto. Na verdade, você sai do filme triste, não querendo ver ele nunca mais. Por esses e outros fatores, eu não recomendo o filme! Não perca seu tempo, vá assistir algo divertido de verdade ou que realmente ensine sobre a preservação do meio ambiente, e não uma alusão ficcional e tecnológica da natureza real, pois para mim foi uma decepção total. Eu já esperava pouco e conseguiu ser pior, uma tristeza total que eu vi para vocês não precisarem ver.



História por trás do filme


Em 2006, Cameron afirmou que se Avatar (2009) fosse bem sucedido, ele consideraria fazer duas sequências. Em 2010, ele disse que as sequências prosseguiriam como planejado como resultado do sucesso generalizado do filme. As sequências foram originalmente programadas para lançamento em dezembro de 2014 e 2015. Ele incluiu certas cenas no primeiro filme para futuras sequências de histórias. Cameron planejava filmar as sequências consecutivamente e começar a trabalhar "uma vez que o romance é pregado". Ele afirmou que as sequências ampliariam o universo enquanto exploravam outras luas de Polifemo. 


A primeira sequência se concentraria no oceano de Pandora e também apresentaria mais da floresta tropical. Ele pretendia capturar imagens para a sequência no fundo da Fossa das Marianas usando um submersível de águas profundas. Em 2011, Cameron afirmou que estava apenas começando a projetar o ecossistema oceânico de Pandora e os outros mundos a serem incluídos na história. O enredo, embora continue o tema ambiental do primeiro filme, não seria "estridente", uma vez que o filme se concentrará no entretenimento. As sequências foram confirmadas como continuando a seguir os personagens de Jake e Neytiri em dezembro de 2009. Cameron insinuou que os humanos retornariam como antagonistas da história. Em 2011, Cameron declarou sua intenção de filmar as sequências a uma taxa de quadros mais alta do que o padrão da indústria 24 quadros por segundo, para adicionar um senso elevado de realidade. 



Em 2013, Cameron anunciou que as sequências seriam filmadas na Nova Zelândia, com a captura de desempenho a ocorrer em 2014. Um acordo com o governo da Nova Zelândia exigia que pelo menos uma estreia mundial fosse realizada em Wellington e pelo menos NZ$ 500 milhões (aproximadamente US$ 410 milhões às taxas de câmbio de dezembro de 2013) fossem gastos em atividades de produção na Nova Zelândia, incluindo filmagens live-action e efeitos visuais. O governo da Nova Zelândia anunciou que aumentaria seu desconto fiscal de base para o cinema de 15% para 20%, com 25% disponível para produções internacionais em alguns casos e 40% para produções da Nova Zelândia (conforme definido pela seção 18 da Lei da Comissão de Cinema da Nova Zelândia de 1978). 


Cameron mencionou uma possível terceira sequência pela primeira vez em 2012; e foi oficialmente confirmado no ano seguinte. Cameron estava então procurando lançar Avatar 2 em 2015, mas mais tarde naquele ano, a produção foi remarcada para 2014, com o filme a ser lançado em dezembro de 2016, e a ser seguido pelas outras duas sequências em 2017 e 2018. Em 2015, as datas de lançamento programadas para as sequências foram adiadas por mais um ano, com a primeira sequência prevista para ser lançada em dezembro de 2017; isso se deveu ao processo de escrita, que Cameron chamou de "um trabalho complexo". 


No mês seguinte, a Fox anunciou um novo adiamento do lançamento. Em fevereiro de 2016, a produção das sequências estava programada para começar em abril de 2016 na Nova Zelândia. Em abril de 2016, Cameron anunciou na CinemaCon que haverá quatro sequências de Avatar, todas as quais serão filmadas simultaneamente. As quatro sequências de Avatar compartilham um orçamento de US $ 1 bilhão (por exemplo, US $ 250 milhões por filme). 


Os novos membros da equipe incluem o diretor de fotografia Russell Carpenter, que trabalhou com Cameron em True Lies (1994) e Titanic (1997), e Aashrita Kamath, que atuará como diretora de arte em todas as quatro sequências. Kirk Krack, fundador da Performance Freediving International, trabalhou como treinador de mergulho livre para o elenco e equipe para as cenas subaquáticas. Várias criaturas que foram introduzidas pela primeira vez na atração do parque temático do Walt Disney World, Avatar Flight of Passage, foram apresentadas no filme. 


Em 2019, depois que vários meios de comunicação compartilharam rumores de possíveis títulos para as sequências de Avatar, incluindo o nome Avatar: The Way of Water, Cameron confirmou que os títulos mencionados estavam "entre os títulos que estão em consideração", mas não haviam sido finalizados na época.


Em 2022, Cameron disse que cerca de dez minutos de "ação armada" foram cortados do filme, pois ele não estava mais inclinado a "fetichizar a arma", embora seja conhecido como um "cineasta de ação".


Em 2012, Cameron afirmou que as sequências estavam sendo escritas como "histórias separadas que têm um arco geral inclusivo do primeiro filme", com o segundo tendo uma conclusão clara em vez de um cliffhanger para o próximo filme. Os roteiristas também foram anunciados: Josh Friedman para o primeiro, Rick Jaffa e Amanda Silver para o segundo, e Shane Salerno para o terceiro. No entanto, Friedman mais tarde esclareceu e afirmou que Jaffa e Silver estavam escrevendo a primeira das quatro sequências e ele estava escrevendo a segunda. 


Em abril de 2014, Cameron esperava terminar os (então) três roteiros dentro de seis semanas, afirmando que todas as três sequências estariam em produção simultaneamente e ainda estavam programadas para lançamentos de dezembro de 2016 a 2018. Ele afirmou que, embora Friedman, Jaffa e Silver, e Salerno estejam cada um co-escrevendo uma sequência com ele, eles inicialmente trabalharam juntos em todos os três roteiros: "Eu não atribuí a cada escritor em qual filme eles iriam trabalhar até o último dia. Eu sabia que se eu lhes atribuísse seus roteiros antes do tempo, eles se desligariam toda vez que estivéssemos falando sobre o outro filme." 


Cameron acrescentou que eles "trabalharam cada batida da história em todos os três filmes, de modo que tudo se conecta como uma, espécie de, saga de três filmes", um processo criativo que foi inspirado por suas experiências na sala de escrita de sua série de televisão Dark Angel. A escrita levou mais tempo do que o esperado, forçando Cameron a adiar o lançamento dos filmes ainda mais em 2015. 


Ele passou um ano escrevendo e completando um roteiro completo para a primeira sequência intitulada Avatar: The High Ground, um tratamento de 130 páginas e depois o jogou fora e começou de novo porque "não foi o suficiente para o inesperado", que é um dos elementos críticos sobre sequências, de acordo com Cameron. Em um ponto, ele ameaçou demitir seus escritores porque eles se concentrariam apenas nas novas histórias, em vez de primeiro descobrir o que fez do filme original um sucesso.


Em dezembro de 2015, Cameron declarou em uma entrevista à Entertainment Weekly, dizendo: "Estou no processo de fazer outra passagem por todos os três roteiros [...] Apenas refinando. Isso é em paralelo com o processo de design. O processo de design é muito maduro neste momento. Estamos projetando há cerca de um ano e meio. Todos os personagens, cenários e criaturas são todos praticamente [definidos]." Em 11 de fevereiro de 2017, Cameron anunciou que a escrita de todas as quatro sequências estava completa. 


Em uma entrevista em 26 de novembro do mesmo ano, ele estimou que os roteiros levaram quatro anos para serem escritos no geral. Um elemento em The High Ground, mostrando uma batalha espacial entre Na'vi, humanos e naves espaciais, foi cortado; isso foi usado mais tarde no romance prequel de mesmo nome. Cameron citou a omissão dos aspectos centrais da sequência, que eram insuficientes, como razões para a remoção. 


Discutindo o personagem de Tuk em uma entrevista em fevereiro de 2019, Cameron mencionou que ela tinha oito anos de idade, e que o filme apresentaria uma cena entre Jake e Neytiri ocorrendo a partir da perspectiva de Tuk: "Há uma cena de discussão de três páginas entre Jake e Neytiri, uma disputa conjugal, muito, muito crítica para o enredo. Acabei filmando tudo do ponto de vista da criança de 8 anos escondida sob a estrutura e espiando. Tendo passado pela experiência com [Sam Worthington] em Avatar, agora eu sabia como escrever o personagem Jake daqui para frente através da montanha-russa emocional dos próximos quatro filmes." 


Cameron afirmou que o filme aborda as implicações de Jake e Neytiri se tornarem pais no tempo decorrido desde o primeiro filme. 


Ele afirmou: "Tornar-se pai muda muito do seu comportamento e do seu sistema de valores... O que vimos no primeiro filme foram pessoas que eram destemidas. Jake se jogaria de seu ikran em um leonopteryx (criaturas apresentadas em Avatar), mas é pai de quatro filhos que vai fazer isso?... Ele está tentando manter seus filhos vivos e tentando ajustar sua própria vida. Ele ainda é um guerreiro? Esses garotos de 14, 15, 16 anos, estão chegando, ficando todos empolgados em querer ir para a guerra e lutar por seu povo e por sua terra? Como [Jake] vai ser um hipócrita e segurá-los quando ele tiver que ir fazer isso? "


Em uma entrevista de dezembro de 2019, Lang afirmou que seu personagem sempre deveria retornar nas sequências, já que Cameron havia compartilhado com ele "que Quaritch tinha um futuro" durante as filmagens do filme original.


Sam Worthington e Zoe Saldaña foram confirmados em janeiro de 2010 para ter assinado para reprisar seus papéis nas sequências. Mais tarde naquele ano, Cameron confirmou que Weaver e Stephen Lang retornariam, apesar do fim de seus personagens. Cameron também afirmou que Weaver seria destaque em todas as três sequências (a quarta não foi planejada na época), e que sua personagem, Grace Augustine, estaria viva. 


Em março de 2015, no entanto, Weaver disse que ela interpretará um novo personagem no próximo filme.  Cameron confirmou em 2010 que Lang retornaria como Quaritch nas três primeiras sequências, afirmando: "Eu não vou dizer exatamente como estamos trazendo-o de volta, mas é uma história de ficção científica, afinal. Seu personagem evoluirá para lugares realmente inesperados em todo o arco de nossa nova saga de três filmes." Em setembro de 2015, Michelle Rodriguez afirmou que, ao contrário de Weaver e Lang, cujos personagens também haviam morrido no primeiro filme, ela não retornaria em Avatar 2. 


Vários novos anúncios de elenco foram feitos em 2017, com Joel David Moore, CCH Pounder e Matt Gerald confirmados para retornar do primeiro filme. Além disso, Cliff Curtis se juntou ao elenco como Tonowari, o líder do clã do povo do recife Na'vi de Metkayina. Em 23 de setembro de 2017, o ator mirim Filip Geljo foi revelado como tendo sido contratado em um papel não revelado. Em 27 de setembro, sete atores mirins foram confirmados como parte do elenco principal, incluindo Geljo: Jamie Flatters, Britain Dalton e Trinity Bliss como filhos de Jake e Neytiri; Geljo, Bailey Bass e Duane Evans Jr. como membros do Metkayina (juntamente com Curtis); e Jack Champion, o único a se apresentar em live action, como um humano nascido em Pandora. 


Cameron afirmou mais tarde que o elenco infantil havia sido treinado por seis meses para se preparar para as cenas subaquáticas filmadas em captura de performance, e que agora todos eles podiam prender a respiração "na faixa de dois a quatro minutos", mesmo então Trinity Bliss, de sete anos de idade, e agora eram "todos perfeitamente capazes de agir debaixo d'água, muito calmamente enquanto seguravam a respiração". 


Em 3 de outubro de 2017, foi relatado que Winslet, que estrelou o Titanic de Cameron, se juntou ao elenco de Avatar 2 e, possivelmente, suas sequências. Cameron comentou: "Kate e eu estávamos procurando algo para fazer juntos há 20 anos, desde a nossa colaboração no Titanic, que foi uma das mais gratificantes da minha carreira", e acrescentou que seu personagem se chamava Ronal. 


Quando perguntada por ComicBook.com sobre suas razões para voltar a trabalhar com Cameron, Winslet afirmou que ele apenas pediu a ela para interpretar Ronal e ela aceitou por uma combinação de seu amor pelo primeiro filme de Avatar, uma atração pelo papel feminino bem escrito e forte que lhe foi oferecido, um amor por estar na água e trabalhar com Cameron e o elenco do filme. 


Embora a natureza de sua personagem fosse originalmente desconhecida, Cameron afirmou no mês seguinte que Ronal era "parte do Povo do Mar, o povo do recife", em referência ao clã Na'vi de Metkayina, fazendo o primeiro papel de Avatar 2 Winslet via captura de desempenho, ou captura de movimento completamente, que ela estava ansiosa; uma vez que ela insistia em realizar todos os movimentos de sua personagem, ela, como o elenco infantil, teve que aprender mergulho livre para o filme.


Winslet, que tinha sido notoriamente relutante em trabalhar com Cameron novamente por causa das situações complicadas em que ele coloca seus atores para suas cenas, afirmou que Cameron propôs o papel a ela em julho de 2017, quando ele veio para ajudá-la e seu colega colaborador do Titanic, Leonardo DiCaprio, em uma arrecadação de fundos na França, enviando-lhe os roteiros pouco depois. Ela comentou que seu papel era "relativamente pequeno em comparação com a longa filmagem", já que ela teria apenas um mês de tiroteios, mas também "um personagem fundamental na história em andamento".


Em 13 de outubro de 2017, foi anunciado que Giovanni Ribisi iria reprisar seu papel de Parker Selfridge do primeiro filme, em todos os quatro próximos filmes de Avatar. Em 25 de janeiro de 2018, Dileep Rao foi confirmado para retornar como Dr. Max Patel. Um ano depois, Edie Falco, Brendan Cowell e Jemaine Clement se juntaram ao elenco em papéis live-action. Marc Maron também fez o teste para o papel de Clement.


Edward Norton recusou um papel não revelado em Avatar 2, devido a estar interessado apenas em interpretar um Na'vi, o que seu personagem proposto não era. O então filho recém-nascido de Joel David Moore, Oliver, filmou uma breve participação especial como um Neteyam infantil.


Avatar: The Way of Water entrou em produção e começou as filmagens preliminares em 15 de agosto de 2017, com Manhattan Beach, Califórnia, como o principal local de filmagem. A fotografia principal começou em 25 de setembro de 2017, simultaneamente com Avatar 3 (2024). Como Weaver revelou mais tarde em novembro, as filmagens tiveram que ser movidas para permitir que ela filmasse uma aparição no final da oitava temporada de Doc Martin (2004-presente). 


Em 23 de novembro, Cameron afirmou que a equipe estava passando por testes com o elenco no último mês para filmar cenas subaquáticas em captura de performance, e que eles conseguiram filmar o primeiro deles em 14 de novembro, apresentando seis de seus sete principais atores mirins, incluindo Trinity Bliss. Ele afirmou que "estamos recebendo dados realmente bons, belo movimento do personagem e ótima captura de desempenho facial. Nós basicamente deciframos o código". Ele disse que os testes durariam até janeiro de 2018, pois "ainda estamos trabalhando em nosso pequeno tanque de teste. Nós nos formamos em nosso grande tanque em janeiro". Era "uma cena de diálogo", pois de acordo com Cameron, os personagens se comunicam através de "uma espécie de linguagem de sinais". 


Em 30 de abril de 2018, Winslet tinha "apenas alguns dias" de filmagem para fazer. Enquanto filmava uma cena subaquática, Winslet prendeu a respiração por mais de sete minutos, quebrando o recorde de respiração mais longa durante a filmagem de uma cena de filme debaixo d'água, um recorde anteriormente detido por Tom Cruise para Missão: Impossível – Rogue Nation (2015). 


Em maio de 2018, Saldaña afirmou que as filmagens estavam "meio que apenas na metade do caminho" e que a equipe está "prestes a terminar a produção de captura de movimento nos segundo e terceiro filmes, e depois disso, eles vão direto para a pré-produção para a parte live-action que seria filmada por seis meses na Nova Zelândia". Saldaña terminou de filmar suas cenas em 8 de junho, tanto para Avatar 2 quanto para sua sequência, enquanto Cameron afirmou na mesma época que 130 dias de captura de desempenho haviam sido filmados. Em 14 de novembro de 2018, Cameron anunciou que as filmagens com o elenco principal de captura de desempenho haviam sido concluídas. 


Enquanto parte do filme foi filmado a 24 quadros por segundo, muitas cenas rápidas foram gravadas a 48 quadros por segundo. Isso permite que objetos rápidos ainda sejam claramente visíveis enquanto se movem, enquanto também foi alegado que uma visão muito detalhada às vezes faz com que o espectador veja atores interpretando em vez de personagens da história. O projetor na sala de cinema é executado a 48 quadros por segundo, para as seções de 24 fps os quadros são duplicados.


Em fevereiro de 2019, Landau afirmou que as filmagens live-action de Avatar 2 e 3 começariam na Nova Zelândia na primavera de 2019. Cameron confirmou mais tarde no mesmo mês que eles tinham "apenas embrulhado para as partes de captura de movimento]. Agora, essa é a grande maioria dos personagens e é a grande maioria do tempo de execução do filme. Mas esse pequeno componente de ação ao vivo vai me custar cinco meses da minha vida nos dois filmes." As filmagens de 2019 terminaram em 29 de novembro, para serem retomadas no ano seguinte na Nova Zelândia. 


Em 17 de março de 2020, Landau anunciou que as filmagens dos filmes da sequência de Avatar na Nova Zelândia haviam sido adiadas indefinidamente em resposta à pandemia de COVID-19. Ele também confirmou que a produção permanecerá em Los Angeles. No entanto, a produção virtual continuou em Manhattan Beach, Califórnia, enquanto os efeitos visuais continuaram na Weta Digital em Wellington. No início de maio, os protocolos de produção de saúde e segurança foram endossados pelo governo da Nova Zelândia, permitindo que as filmagens fossem retomadas no país. 


Em 1º de junho de 2020, Landau postou uma foto dele e de Cameron no Instagram, mostrando que eles haviam retornado à Nova Zelândia para retomar as filmagens. Após sua chegada, Cameron e outros 55 membros da tripulação que viajaram para a Nova Zelândia iniciaram um período de isolamento supervisionado pelo governo de 2 semanas em um hotel em Wellington antes de retomarem as filmagens. Isso faria de Avatar 2 e 3 os primeiros grandes blockbusters de Hollywood a retomar a produção depois de adiar as filmagens devido à pandemia. Em 16 de junho de 2020, Cameron retomou as filmagens e Landau postou uma foto de sua equipe no Instagram filmando a produção. 


A produção neozelandesa contratou 46 membros do elenco neozelandês, incluindo Cliff Curtis (Tonowari) e Duane Evans Jr. (Roxto), 114 dublês locais, quase 800 figurantes e 36 aprendizes e estagiários. Em setembro de 2020, Cameron confirmou que as filmagens em live action na Nova Zelândia haviam sido concluídas, completando, portanto, as filmagens do filme completamente após mais de três anos; ele estimou que Avatar 3 estava "95%" concluído, devido a ter partes live-action ainda a serem filmadas fora da Nova Zelândia. 


Em julho de 2022, a New Zealand Film Commission divulgou que as sequências de Avatar receberam mais de NZ $ 140 milhões em financiamento público através do Screen Production Grant do país. Em comparação, a trilogia O Hobbit (2012-2014) recebeu NZ $ 161 milhões em subsídios para filmes. Enquanto a vice-líder do partido ACT, Brooke van Velden, criticou o programa de subsídios ao cinema do governo por supostamente receber financiamento público de outras áreas, o ministro do Desenvolvimento Econômico e Desenvolvimento Regional, Stuart Nash, argumentou que os subsídios cinematográficos da Nova Zelândia para os principais produtos de Hollywood trouxeram investimentos e empregos no exterior muito necessários para a indústria cinematográfica da Nova Zelândia.


Em 31 de julho de 2017, foi anunciado que a Wētā FX havia começado a trabalhar nas sequências de Avatar. O filme apresenta fortemente cenas subaquáticas, na verdade filmadas debaixo d'água com o elenco em captura de desempenho. Misturando filmagem subaquática e captura de desempenho sendo um recurso nunca realizado antes, a equipe levou um ano e meio para desenvolver um novo sistema de captura de movimento. Em dezembro de 2022, o produtor de efeitos visuais da Wētā FX, David Conley, descreveu Avatar 2 como o maior projeto de efeitos visuais que a empresa já havia realizado, totalizando quase 3,3 bilhões de poderes de thread. Para lidar com a enorme quantidade de dados, Wētā usou os serviços da empresa de armazenamento em nuvem Amazon Web Services. 


Landau afirmou em novembro de 2015 que Avatar 2 teria uma série de grandes melhorias tecnológicas desde o primeiro filme. Muito mais do trabalho de iluminação no palco de produção virtual poderia ser feito durante a produção em vez de pós-produção, e como Alita: Battle Angel (2019), que é produzido e co-escrito por Cameron, a equipe pode usar duas câmeras de cabeça HD leves para gravar o desempenho facial dos atores. Além disso, eles também usaram dois fantoches digitais em vez de apenas um; um que é uma cópia precisa do ator real, e outro que é o personagem do ator, permitindo que a equipe redirecione um para o outro para torná-lo o mais preciso possível. 


Cameron afirmou que havia uma possibilidade de que o filme pudesse ser exibido em "3D sem óculos", juntamente com as sequências. Mas mais tarde ele discordou desses rumores e não pensou que a tecnologia estaria lá ainda. Mais tarde, a Industrial Light & Magic também foi contatada para adicionar alguns efeitos especiais e CGI. O filme foi concluído em 23 de novembro de 2022. 


O compositor de Avatar, James Horner, foi originalmente relatado para compor a música da franquia, antes de sua morte em um acidente de avião em junho de 2015. Em dezembro de 2019, Simon Franglen, que já havia trabalhado com Cameron e Horner como produtor musical e arranjador desde Titanic de 1997, inclusive em Avatar (notavelmente completando a trilha sonora de Horner para The Magnificent Seven de 2016 após sua morte), foi relatado para escrever músicas para o filme. Landau confirmou seu envolvimento no projeto em agosto de 2021, ao mesmo tempo em que se associou às próximas sequências de Avatar. A trilha sonora de Horner será reutilizada no filme, além dos temas originais produzidos por Franglen. A pontuação de Avatar: The Way of Water começou oficialmente em 29 de julho de 2022. O álbum da trilha sonora foi lançado em 16 de dezembro de 2022, pela Hollywood Records. Um álbum expandido, com mais 10 faixas da partitura original, seguido quatro dias depois. 


Em novembro de 2022, foi relatado que o filme contaria com uma música original intitulada "Song Chord", que será interpretada por Franglen e Zoe Saldaña. No mês seguinte, foi anunciado que o cantor canadense The Weeknd contribuiria com uma canção original, "Nothing Is Lost (You Give Me Strength)", para o filme, produzido por Franglen e pelo supergrupo sueco Swedish House Mafia.


O filme foi submetido a oito atrasos, já que a equipe levou mais tempo no processo de escrita, pré-produção e efeitos visuais. Inicialmente no final de 2010, o filme foi programado para ser lançado em dezembro de 2014. Em meados de 2013, Cameron originalmente pretendia que Avatar 2 fosse lançado em dezembro de 2015, que foi posteriormente adiado para 2016 e depois para 2017. Em abril de 2016, Cameron anunciou quatro sequências de Avatar que seriam lançadas em dezembro de 2018, 2020, 2022 e 2023; mas, em março de 2017, ele afirmou que este filme não seria lançado em 2018, devido à extensa produção e ao processo de efeitos visuais. 


A Disney iniciou a campanha global ambiental, "Keep Our Oceans Amazing", para apoiar a Nature Conservancy na conservação de habitats marinhos e espécies animais. Um livro de arte conceitual intitulado The Art of Avatar: The Way of Water, escrito por Tara Bennett com prefácio de Robert Rodriguez, foi disponibilizado para pré-venda em outubro de 2022 e estava programado para ser lançado simultaneamente com o filme. Outro livro intitulado, Avatar The Way of Water: The Visual Dictionary de Joshua Izzo também está programado para ser lançado com o filme. 


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