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A Loja dos Horrores (1960): Filme de terror alternativo vai te surpreender ao refletir vícios e virtudes em trama sobre planta carnívora assassina



Gravis Mushnick é dono de uma floricultura que emprega a doce Audrey e o desajeitado Seymour. A loja ganha pouco. Quando Seymour faz um arranjo floral para o dentista sádico Dr. Farb, Mushnick o demite. Para mudar sua ideia, Seymour conta sobre uma planta especial que ele cultivou a partir de sementes que ganhou de um "jardineiro japonês na Avenida Central". Seymour conta que nomeou a planta de "Audrey Jr.", para agradar Audrey. Quando se percebe que a singularidade da planta pode atrair as pessoas para a loja, Mushnick dá a Seymour uma semana para cultivá-la e manter seu emprego. Comidas comuns não alimentam a planta, mas quando Seymour acidentalmente fura o dedo, ele descobre que a planta anseia por sangue. Dirigido por Roger Corman, com orçamento de apenas 28 mil e com uma das primeiras participações de Jack Nicholson no cinema, o filme é considerado um dos filmes de terror B, trash e de baixo orçamento mais influentes da história do cinema


Alimentada com o sangue de Seymour, Audrey Jr. começa a crescer, e as receitas da loja aumentam quando clientes curiosos são atraídos para ver a planta. Mushnick diz a Seymour para se referir a ele como "pai" e chama Seymour de seu filho na frente de um cliente, ensejando o paternalismo por trás do negócio.




A planta desenvolve a habilidade de falar e exige que Seymour a alimente. Agora anêmico, Seymour caminha ao longo da linha férrea; quando ele descuidadamente joga uma pedra para desabafar sua frustração, ele inadvertidamente acerta na cabeça um homem bêbado que cai na pista e é atropelado por um trem. 



Ele tenta se livrar do corpo jogando-o fora e enterrando-o em um quintal, mas quase é pego duas vezes. Com culpa mas ganância, Seymour decide alimenta rAudrey Jr com as partes mutiladas do corpo. Enquanto isso, Mushnick retorna à loja para pegar algum dinheiro e secretamente observa Seymour alimentando a planta. Mushnick considera contar à polícia, mas procrastina quando vê a fila de pessoas esperando para gastar dinheiro em sua loja no dia seguinte.



Crítica do filme


A Loja dos Horrores é um dos filmes mais estranhos, diferentes e divertidos que já vi. Particularmente, gosto muito de filmes de baixo orçamento, que na verdade podem ser maiores do que pensamos. 


O filme é bem simples mas como uma comédia do gênero de "farsa", suas pequenas "bobagens" escondem jogos de representação bem sociológicos e complexos. 


O diretor, Roger Corman, pode parecer desconhecido, mas esteve como diretor, produtor e ator em uma dezena de filmes conhecidos, como o Velozes e Furiosos original, de 1955, e Grand Theft Auto, de 1977. Entusiasta da Nouvelle Vague, ele também produziu filmes de Coppola, sendo o de mais destaque Godfather II, de Scorsese, como Boxcar Bertha, Silêncio dos Inocentes. Mais recente, produziu filmes mais comerciais como Deathrace (Corrida Mortal, 2008)


Seu estilo tem um pegada própria, com metáforas e cenas bem absurdas e metafóricas, que busca vincular técnicas formais do cinema novo francês com temáticas e dinâmicas do cinema popular e blockbuster, como comédias românticas e screwballs. Entretanto, nada é mais genial no filme do que seu uso dos elementos do cenário, de maneira barata e bem pensada para contar uma história, e talvez por isso ele se consagrou como produtor mais do que como diretor.


Começamos com uma comédia simples sobre uma loja de flores, aparentemente simples. Porém, se prestarmos atenção no diálogo, vários elementos subjetivos e brincadeiras são feitas, como a do homem que quer flores para comê-la, e o dono da loja que não liga pois quando mais ele comprar melhor, entregando que ele não se preocupa muito com a beleza do negócio só com o dinheiro e que seu negócio tem certo fundo de ilegalidade. 



E da mera postura do funcionário em querer agradar seu chefe, nasce basicamente um filme de serial killer. Com a especificidade que você não vai ver em nenhum outro filme, de ser um serial killer que mata de uma maneira supostamente "sem querer" e dá as vítimas para sua planta carnívora comer. 


Isso faz de Seymour muito parecido com Norman Bates de Psicose (1960), que parece normal e inofensivo de primeira, mas aos poucos se expõe um seria killer que tenta alimentar uma "fome reprimida" por desejo e trauma psicológico. Mas em Norman era por sua mãe, Seymour por aprovação feminina e do chefe, tornando-o um pouco mais complexo que Norman já que sua luta está condicionada pelo pelo capitalismo, relação de trabalho e interações sociais: ele busca o que todo mundo aparentemente "normal" procura na sociedade, fazendo-nos pensar que se ele é louco, a sociedade ao seu redor também é como ele. Isso lembra bastante o seriado Dexter (2006).



Aqui está a principal graça do filme para mim: de ser uma situação tão boba de aparências e reputação, que facilmente qualquer um pode se tornar comida da planta. Em outras palavras, o sinistro e aterrorizante do filme, é seu caráter cômico e bobo. 


Isso é reforçado pela cena dos polícias, que só investigam o óbvio. Pode até parecer ridículo da cena, mas é apenas uma piada com realidade, uma vez que policiais devem esperar o crime acontecer para fazerem alguma coisa. 



Há um detalhe do filme também que é evidenciar a planta como foco do filme. A planta está no filme envolta em uma trama sobre aparências, lucro e moral, fazendo assim ser obviamente uma metáfora de que a planta está ali representando como referente de outra coisa. Podemos pensar de cara em drogas, como cannabis já que o filme envolve a questão do plantio. Mas metáfora vai além já que envolve a possibilidade Seymour ter melhor resultado em seu trabalho e universo social, podendo assim ser uma metáfora de vícios e virtudes em geral. 


Isso é confirmado na cena que Seymour visita sua mãe e leva para ela um xarope para ela se sentir melhor, que tinha nada mais nada menos do que 98% do teor alcoólico.


Se pensarmos nas pessoas que Seymour utiliza para alimentar a planta, isso se reforça. Todas as pessoas que ele utilizou para alimentar a planta, estavam profundamente presas a seus vícios, tornando-os presas mais fáceis pela ambição. 



Temos a cena do masoquista e rico Jack Nicholson, em um dos papeis mais estranhos da sua carreira. 


Ele aparece só alguns minutos em tela e de uma maneira meio assustadora, já que se achamos Seymour estranho, seu personagem é três vezes mais sinistro, construindo uma metáfora de que todos são estranhos na sociedade, o serial killer consegue parecer normal e se disfarçar, conseguindo inclusive a simpatia do público. Entretanto, parece que haviam mais cenas do personagem de Nicholson que foram cortadas, parecendo um pouco desconexa um ator tão grande em uma cena tão pequena que não repercute no filme. 



Só que não é só esse valor, do vício, que está em jogo na simbologia do filme, já que ao nomear a planta de Audrey Jr. para agradar Audrey, a menina que ele gosta, agradar a planta se torna agradar ela e, por sua vez, agradar o patrão, para ter uma vida estável e ficar com Audrey. Porém, isso implica em grande esforço para agradar ela e o patrão, tornando tudo um ciclo imbricado de cobrança social, tendo que "dar seus sangue" para agradar a "planta".  


Vale lembrar que o chefe sabia o tempo todo do plano de Seymour, mas preferiu ignorar visando os lucros. Aqui é difícil não lembrar da ideia de Mandeville (já discutido aqui no blog algumas vezes): "Vícios privados, benefícios públicos". Como ninguém sabia das práticas da loja, tudo parecia aceitável pelo negócio. Parece uma reflexão um tanto quando sociológica de negócios que continuam funcionando sem dar aparentemente lucro, nos fazendo questionar a origem da receita que mantém tal negócio aberto.


Assim, a maior metáfora e crítica do filme é a meritocracia, que subjuga o trabalhador a ponto da pessoa esquecer a motivação em torno daquilo. Aqui, a planta carnívora assassina parece a ideia de crescimento pessoal e "empreendedorismo" estimulado por muitos com a mentalidade da atualidade. Quando mais Seymour investia em si próprio e em sua carreira, mais sua planta e sua fome assassina cresciam. 


No final, o filme é um pouco confuso em ser uma comédia ou um terror com metáfora moral. Porém, isso é construído bem pelo filme, em núncias realmente assustadores e divertidas entre comédia e terror. Para alguns talvez o filme soe um pouco estranho, mas para os fãs de filmes de terror diferenciados e trash, tendência que ficaria popular na década de 70. Mas também aqueles que repararem no subtexto do filme que faz várias metáforas entre carreira, relacionamento, aparências e sociedade. 


A direção e roteiro são simples e geniais, usando bem pouco para entregar muito da trama. A atuação é meio pastelona de propósito, sacaneada e com arquétipos para ter um tom de farsa, mas é muito boa em criar a sensação de divertimento e terror do filme. A produção é claramente de baixo orçamento e independente, chegando a nos dar a sensação que dá para fazer um filme com pouco dinheiro. Os cenários, os elementos e efeitos da produção são muito bons para um filme que custou apenas 28 mil dólares. Recomendo a todos assistirem a versão colorizada para ver com mais clareza os detalhes os detalhes do cenário, da fotografia e dos bastidores, algo que ficou meio apagado na versão em preto e branco. 



História por trás do filme


A Pequena Loja de Horrores foi desenvolvida quando o diretor Roger Corman teve acesso temporário a cenários que haviam sido deixados de pé de seu filme anterior, A Bucket of Blood (Um Balde de Sangue). Corman decidiu usar os cenários em um filme feito nos últimos dois dias antes dos sets serem demolidos, explicando o baixíssimo orçamento do filme.


Corman inicialmente planejava desenvolver uma história envolvendo um detetive particular. Na versão inicial da história, a personagem que eventualmente se tornou Audrey teria sido referida como "Oriole Plove". 


A atriz Nancy Kulp foi uma das principais candidatas ao papel. Os personagens que eventualmente se tornaram Seymour e Winifred Krelboined foram nomeados "Irish Eye" e "Iris Eye". O ator Mel Welles estava escalado para interpretar um personagem chamado "Draco Cardala", Jonathan Haze estava escalado para interpretar "Archie Aroma", e Jack Nicholson teria interpretado um personagem chamado "Jocko", com mais tempo em tela.



Originalmente, Charles B. Griffith queria escrever um filme de comédia com tema de terror. De acordo com Mel Welles, Corman não ficou impressionado com o desempenho de bilheteria de Um Balde de Sangue, e teve que ser persuadido a dirigir outra comédia. No entanto, Corman mais tarde alegou que o processo de desenvolvimento veio do fato de que a produção era semelhante ao do filme anterior, quando ele e Griffith foram inspirados por visitar várias cafeterias:


"Tentamos uma abordagem semelhante para A Pequena Loja de Horrores, caindo dentro e fora de vários mergulhos no centro da cidade. Acabamos em um lugar onde Sally Kellerman (antes de se tornar uma estrela) estava trabalhando como garçonete, e enquanto Chuck e eu visávamos um com o outro, tentando superar as ideias sarcásticas ou subversivas um do outro, apelando para Sally como uma árbitra, ela se sentou à mesa conosco, e nós três trabalhamos o resto da história juntos."


O primeiro roteiro que Griffith escreveu foi uma história com tema de Drácula envolvendo um crítico de músico vampiro, chamado Cardula. Depois que Corman rejeitou a ideia, Griffith diz que escreveu um roteiro intitulado Gula, no qual o protagonista era "um chef de salada em um restaurante que acabaria cozinhando clientes e coisas assim, sabe? Não pudemos fazer isso por causa do código na época (Código Hayes). Então eu disse, 'Que tal uma planta comedora de homens?', e Roger disse, 'Ok.' Naquela época, nós dois estávamos bêbados, claro.



Jackie Joseph mais tarde lembrou "no início eles me disseram que era um filme de detetive; então, enquanto eu estava voando de volta [para fazer o filme], eu acho que eles escreveram um filme totalmente novo, mais no gênero terror. Eu acho que durante um fim de semana eles reescreveram." 


O roteiro foi escrito sob o título The Passionate People Eater (o comedor de pessoas passionais). Welles declarou: "A razão pela qual a Pequena Loja dos Horrores funcionou é porque era um projeto de amor. Era nosso projeto de amor." 


Os oficiais Fink e Stoolie eram caricaturas óbvias dos personagens do Dragnet Joe Friday e Frank Smith. O filme se abre em um formato semelhante a um episódio de seriado. Na verdade, alguns seriados que parecem ter se inspirado no filme foram CSI, Dexter e Henry Danger, todas pegando alguns elementos do filme para si. 


O filme foi parcialmente lançado com atores que Corman tinha usado em filmes anteriores. O escritor Charles B. Griffith interpreta vários pequenos papéis. O pai de Griffith aparece como um paciente odontológico, e sua avó, Myrtle Vail, aparece como a mãe hipocondríaca de Seymour. 


Dick Miller, que estrelou como o protagonista de Um Balde de Sangue, foi oferecido o papel de Seymour, mas recusou, em vez de assumir o papel menor de Burson Fouch. A produção nos conjuntos Bucket of Blood foi comprimida em três dias de ensaios do elenco, imediatamente seguidos por dois dias e uma noite de fotografia principal.


Havia rumores de que o cronograma de filmagem do filme era baseado em uma aposta, de que Corman não poderia completar um filme dentro desse curto tempo. No entanto, esta alegação foi negada por Mel Welles. De acordo com Joseph, Corman filmou o filme rapidamente, a fim de vencer as mudanças nas regras da indústria que teriam impedido os produtores de cobrar o desempenho de um ator em perpetuidade. 


Em 1º de janeiro de 1960, novas regras entraram em vigor exigindo que os produtores pagassem a todos os atores resíduos por todos os lançamentos futuros de seu trabalho. Isso significava que o modelo de negócios de filmes B de Corman seria permanentemente alterado e ele não seria capaz de produzir filmes de baixo orçamento da mesma forma. Antes dessas regras entrarem em vigor, Corman decidiu filmar um último filme e o programou para a última semana em dezembro de 1959. Ou seja, contraditoriamente seus filmes B ajudaram a enfraquecer o código, e assim acabando com suas produções mais alternativas independentes. 



Interiores foram filmados com três câmeras com o obturador mais aberto. Alguns momentos precisaram persistentes tomadas e feitos em tomadas únicas. Welles afirma que Corman "tinha duas equipes de filmagem no set — é por isso que a imagem, do ponto de vista cinematográfico, realmente não é muito bem feita. As duas equipes de filmagem foram apontadas em direções opostas para que tenhamos os dois ângulos, e então outras imagens foram "captadas" para usar no meio, para fazê-lo fluir. Era um conjunto bem fixo e foi feito como uma sitcom é feita hoje, então não foi muito difícil." 


No momento das filmagens, Jack Nicholson apareceu em dois filmes e trabalhou com Roger Corman como protagonista de The Cry Baby Killer. De acordo com Nicholson, "Eu fui para a filmagem sabendo que eu tinha que ser muito peculiar porque Roger originalmente não tinha me procurado. Em outras palavras, eu não poderia atuar direito. Então eu só fiz um monte de coisas estranhas que eu pensei que iria torná-lo engraçado. De acordo com Dick Miller, todo o diálogo entre seu personagem e Mel Welles foi improvisado. 


Durante uma cena em que o escritor Charles B. Griffith interpretou um ladrão, Griffith lembra que "Quando [Welles] e eu esquecemos minhas falas, eu improvisei um pouco, mas então eu era o escritor. Eu estava autorizado a isso. No entanto, Welles afirma que "Absolutamente nada disso foi improvisado [...] cada palavra em Little Shop foi escrito por Chuck Griffith, e eu fiz 98 páginas de diálogo em dois dias." 


De acordo com Nicholson, "nunca filmamos o fim da cena. Este filme foi pré-iluminado. Você entrava, ligava as luzes, enrolaria a câmera e filmaria. Fizemos a tomada do lado de fora do escritório e entramos no escritório, conectamos, acendemos e rolamos. Jonathan Haze estava no meu peito arrancando meus dentes. E na tomada, ele se inclinou para trás e bateu no maquinário dentário alugado com a parte de trás da perna e começou a cair. Roger nem ligou para o corte. Ele pulou no set, pegou a máquina de inclinação, e disse: "Próximo conjunto, isso é um embrulho." Com 9 horas de produção do primeiro dia, Corman foi informado pelo gerente de produção que estava atrasado.


Exteriores foram mais tarde dirigidos por Griffith e Welles durante dois fins de semana consecutivos, com US $ 279 em equipamentos alugados. Griffith e Welles pagaram a um grupo de crianças cinco centavos cada para sair de um túnel do metrô. Eles também foram capazes de persuadir eles a aparecer como extras por dez centavos cada. "Os extras se reuniam, dois ou três deles, e compravam litros de vinho para eles mesmos! Também tivemos alguns dos winos atuando como ramrods — como assistentes de produção — e os colocamos no comando dos outros extras de wino." 


Griffith e Welles também convenceram uma funerária a doar um carro funerário e um caixão — com um cadáver real dentro — para a filmagem. Na cena do trem, Griffith e Welles foram capazes de usar o pátio da Southern Pacific Transportation Company por uma noite inteira, usando duas garrafas de uísque como persuasão. A cena em que um personagem interpretado por Robert Coogan é atropelado por um trem foi realizada persuadindo a tripulação da ferrovia a pilotar a locomotiva se afastando para longe do ator. A filmagem foi mais tarde foi invertida, parecendo que o trem vai para cima dele. Griffith e Welles gastaram um total de US$ 1.100 em 15 minutos de exteriores.



A partitura musical do filme, escrita pelo violoncelista Fred Katz, foi originalmente escrita para A Bucket of Blood. De acordo com Mark Thomas McGee, autor de Roger Corman: The Best of the Cheap Acts, cada vez que Katz era chamado para escrever música para Corman, Katz vendia a mesma partitura como se fosse música nova. A partitura foi usada em um total de sete filmes, incluindo The Wasp Woman e Creature from the Haunted Sea. Katz explicou que sua música para o filme foi criada por um editor de música juntando seleções de outras trilhas sonoras que ele havia produzido para Corman. 



Howard R. Cohen aprendeu com Charles B. Griffith que quando o filme estava sendo editado, "havia um ponto em que duas cenas não se cortariam juntas. Foi só um choque visual, e não funcionou. E eles precisavam de algo para superar aquele momento. Eles encontraram na sala de edição uma bela foto da lua, e eles cortaram-na, e funcionou. 


Segundo Corman, um dia "Chuck vem correndo até mim, diz: 'Você tem que ver isso!' Era um artigo de revista - oito páginas sobre o simbolismo da lua em Little Shop of Horrors." 


De acordo com Corman, o orçamento total para a produção foi de US $ 30.000. Outras fontes estimam que o orçamento fique entre US$ 22.000 e US$ 100.000. 



A Pequena Loja de Horrores foi exibida fora de competição no Festival de Cannes de 1960. Um ano depois, a AIP distribuiu o filme como filme B para o lançamento do Black Sunday de Mario Bava. Apesar de mal ser mencionado na publicidade (era apenas ocasionalmente referido como uma "Atração Adicionada" ao filme de Bava), o sucesso crítico e comercial do Black Sunday resultou em respostas positivas boca a boca para The Little Shop of Horrors. O filme foi relançada novamente no ano seguinte em um filme duplo com Last Woman on Earth.


Como Corman não acreditava que A Loja dos Horrores tinha muita perspectiva financeira após sua primeira exibição teatral, ele não se preocupou com direitos autorais, resultando na entrada do filme no domínio público. 


Por causa disso, o filme está amplamente disponível em cópias de qualidade variada. Eu mesmo comprei o Blue Ray do filme nas Lojas Americanas, com a versão preto e branco e colorida, por apenas 1 real, um valor surpreendente para um filme tão clássico. 


Capa do meu DVD, com uma divulgação exagerada de Nicholson


A popularidade do filme cresceu lentamente com as transmissões de televisão locais ao longo dos anos 1960 e 1970. O interesse pelo filme reacendeu quando uma adaptação musical teatral chamada Little Shop of Horrors foi produzida em 1982. 


Foi baseado no filme original e foi adaptado para o cinema como Little Shop of Horrors em 1986, e com outro remake de longa-metragem anunciado em 2020. Uma série animada de curta duração, Little Shop, inspirada no filme musical, estreou em 1991. Ele passou por uma temporada na Fox Kids, em 1991. Seymour e Audrey foram retratados como jovens de 13 anos, e a planta, "Junior", era uma criatura pré-histórica carnívora que brotou de uma semente fossilizada. Cada episódio apresentava algumas sequências de videoclipes estilosas; Corman atuou como consultor criativo no programa. 


O filme foi colorido duas vezes, sendo a primeira vez em 1987. Esta versão foi mal recebida. O filme foi colorido novamente pela Legend Films, que lançou sua versão colorida, bem como uma versão restaurada em preto e branco do filme em DVD em 2006.


Assista completo aqui:





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