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Christine, o Carro Assassino (1983): O carro como metáfora gay ou porquê você assistiu esse filme errado

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Arnie Cunningham é um geek, com nenhum poder de conquistar garotas e um conjunto de óculos Buddy Holly. Arnie sofre bullying do colegas da escola e as garotas os ignoram. Isso até ele conhecer Christine, um Plymouth Fury 1958. Baseado em um romance de Stephen King de mesmo nome, apesar de ter se tornado um clássico cult, poucas pessoas notaram a mensagem oculta no filme de Carpenter mas que ressoa o tempo todo durante a trama


A vida de Arnie começa a mudar quando ele compra o usado e dilapidado Fury de George LeBay, cujo falecido irmão Roland era o dono original. George conta a Arnie vários detalhes sobre o carro, incluindo seu nome: "Christine". Como seus pais não o deixam ficar com o carro em casa, Arnie começa a restaurá-la em uma garagem e ferro-velho de propriedade de Will Darnell.


À medida que Arnie passa mais tempo trabalhando no carro, ele descarta os óculos, se veste mais como um grease dos anos 1950 e desenvolve uma personalidade arrogante e paranoica. Sem o conhecimento de Arnie, Dennis descobre pela mãe de Arnie, Regina, que Roland na verdade cometeu suicídio no carro. Confrontado por Dennis, George admite que a filha de Roland morreu sufocada no carro e que sua esposa também cometeu suicídio dentro dele. George forçou Roland a se livrar de Christine após a morte da esposa de Roland, mas o carro voltou para ele depois de três semanas.


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Durante um jogo de futebol, Dennis se distrai com a visão de Arnie beijando sua nova namorada, Leigh Cabot, na frente de uma Christine agora perfeita e é abordado, sofrendo uma lesão que acabou com sua carreira. Um dos limpadores de para-brisa de Christine para de funcionar enquanto Arnie e Leigh estão em um encontro em um cinema drive-in.


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Quando ele sai para consertar, Leigh começa a engasgar com um hambúrguer. As portas se trancam, deixando Arnie incapaz de ajudá-la, mas ela é salva quando um homem em um carro próximo administra a manobra de Heimlich. Logo depois, o valentão da escola Buddy Repperton, irritado com Arnie por ter sido expulso depois de um confronto na aula de oficina, vandaliza Christine com a ajuda de sua gangue (Peter "Moochie" Welch, Don Vandenberg e Richie Trelawney). 


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Christine então procura os vândalos, esmagando Moochie em um beco, provocando uma explosão de um posto de gasolina que mata Don e Richie e a incendeia, e finalmente corre e mata o próprio Buddy. Depois que Christine, gravemente queimada, retorna à garagem de Darnell, Darnell se senta no banco do motorista e é esmagado até a morte contra o volante quando Christine empurra o banco para frente. 


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Na manhã seguinte, Christine está de volta ao seu lugar e totalmente reparada. O detetive da polícia estadual Rudolph Junkins começa a suspeitar de Arnie, depois de descobrir tinta de Christine nas cenas da morte de dois membros de gangue. No entanto, ele não tem nenhuma evidência direta para implicar Arnie, que tem um álibi.


Junkins não sabe ou não acredita que Christine pode dirigir sozinha. Após o incidente de engasgo e a vandalização inicial de Christine, Leigh termina com Arnie. Dennis e Leigh desconfiam da natureza sobrenatural e sinistra de Christine concluem que a única maneira de salvar Arnie de sua influência é destruir o próprio carro. Eles armaram uma armadilha para Christine na garagem de Darnell. Dennis espera nos controles de uma escavadeira enquanto Leigh está pronto para fechar as portas da garagem e impedir a retirada de Christine assim que ela entrar. No entanto, tendo ficado à espera sob uma pilha de destroços na garagem o tempo todo, Christine ataca quando Leigh assume sua posição nos controles da porta. Tentando chegar a Leigh, Christine invade o escritório de Darnell, tragicamente.


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Dennis e Leigh atacam Christine com a escavadeira, mas ela continuamente se conserta e revida. A batalha continua até que eles dirigem repetidamente para frente e para trás sobre o carro, danificando Christine tanto que ela é incapaz de se regenerar imediatamente. No dia seguinte, Dennis, Leigh e Junkins assistem enquanto os restos mortais de Christine são compactados por um triturador de carros em um ferro-velho e jogados no chão como um bloco sólido. Junkins elogia Dennis e Leigh por derrotar o veículo demoníaco, apesar de eles lamentarem a perda de Arnie e sua incapacidade de salvá-lo de sua corrupção. Conforme a câmera se aproxima lentamente dos restos do carro, uma parte da grade dianteira começa a se contorcer como uma boca.


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A História por trás do filme


O filme é inspirado no livro de mesmo nome de Stephen King, e como toda adaptação cinematográfica do mestre da literatura de horror, muitos se agradaram com adaptação de Christine por ela não seguir literalmente o livro. 


John Carpenter frequentemente se refere a Christine como seu projeto de filme menos favorito, e talvez isso não seja uma surpresa. Ele não estava apenas se recuperando do O Enigma de Outro Mundo e da surra crítica na época em que dirigiu o filme, mas também estava enfrentando vários outros obstáculos. O primeiro, é claro, foi o famoso autor de Christine, Stephen King. King é um autor prolífico e, sem dúvida, o Rei da ficção de terror, mas seus romances frequentemente esplêndidos resultaram em filmes terríveis em muitas ocasiões. Seu trabalho não é fácil de adaptar em primeiro lugar, e muitos diretores talentosos não tiveram sucesso em traduzir sua prosa assustadora em filmes de suspense ou assustadores. 


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A pequena lista de problemas associados às adaptações de Stephen King seria assim: em primeiro lugar, o público familiarizado com a escrita de King carrega expectativas para o filme, altas expectativas que não podem ser atendidas, pois o filme é uma forma de arte diferente da escrita de um romance, e os romances devem ser condensados ​​se o filme couber dentro de um período de duas horas (geralmente noventa minutos). Em segundo lugar, a maioria dos diretores de cinema que experimentou adaptar os livros de Stephen King são, eles próprios, artistas de um calibre incomum. Diretores como Brian DePalma (Carrie), Stanley Kubrick (The Shining), David Cronenberg (The Dead Zone), George Romero (The Dark Half), Mary Lambert (Pet Sematary), Tobe Hooper ('Salem's Lot, The Mangler) e John Carpenter inevitavelmente traz seu próprio ethos, seu próprio senso de estilo e técnica, para uma filmagem de qualquer história de Stephen King. Assim, a visão de Stephen King é alterada, alguns podem dizer distorcida, para acomodar os homens ou mulheres que comandam. O resultado é que as imagens na tela representam um pensamento híbrido na maioria das vezes. 


Christine é o King-Carpinter. O O Iluminado é de King-Kubrick. E The Dead Zone é King-Cronenberg. Para pessoas que desejam apenas um King puro e não adulterado, esta acomodação é inaceitável. Por último, e talvez o mais importante, as histórias de Stephen King são extremamente difíceis de traduzir visualmente.


Para John Kenneth Muir, em Films Of John Carpenter, na verdade, Christine pode ser vista, de modo geral, como uma metáfora para a puberdade. Arnie é a princípio desajeitado, desajeitado e nerd. À medida que atinge a idade adulta, sua aparência e reputação melhoram, mas ele também se torna frio e distante, como se tivesse sido assimilado ao mundo insensível da idade adulta. Seu carro não é a única coisa que o possuiu; sua estatura de “adulto” fez o mesmo. Como Dennis declara perto do clímax: “Não acho que Arnie seja mais Arnie”.  Ao se rebelar contra seus pais, ele se transforma em uma velha criatura sem vida semelhante a seus pais. Entretanto, acho seus argumentos demasiadamente primários, e não propõe nenhuma leitura para aquela a qual já foi apresentada por Carpenter superficialmente na trama. Por isso, a seguir vou contar o real significado de Christine, o Carro Assassino, e que parte totalmente de uma leitura original minha. 


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Minha leitura do Filme 


A primeira pista para decifrar Christine é as diferenças com o livro. No livro há uma explicação para o carro ser possuído, sendo o espírito do antigo dono, Roland D. LeBay que foi quem nomeou o carro. LeBay era um cara mal e agressivo com as pessoas e a própria família, algo apenas ensejado no filme no diálogo com o irmão que vende o carro. 



No filme, John Carpenter propositalmente ocultou esse fator para transformar o filme em uma das maiores metáforas sobre homossexualidade reprimida da história do cinema. Sim você não leu errado, o filme Christine, bem diferente do livro, é sobre um garoto que é gay e não quer mais esconder ou reprimir sua sexualidade do resto da sociedade. Vamos analisar alguns momentos que corroboram minha tese. 


Primeiro de tudo, fica claro logo no inicio do filme que Arnie e Dennis tem um caso, onde ambos são profundamente apaixonados um pelo o outro mas tem medo de expor isso para a sociedade. Dennis pega Arnie em casa para ir para escola, algo já um pouco incomum para amigos, mas tranquilo. No carro, Dennis do nada vira para Arnie e pergunta: "Você não acha que deveríamos transar?". Depois que Arnie parece chocado, ele desconversa e fala sobre garotas, mas ficou o clima. 


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Na escola, quando a loirinha vem falar com Dennis, Arnie fica debochando dela pelas costas, como se a estivesse ridicularizando por não sacar que eles são um casal.


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Depois, quando Dennis descobre que estão batendo em Arnie na oficina, ele ignora totalmente a garota para poder proteger o namorado oculto. Percebendo que Dennis disparou seu lado protetor e se expôs quando a ameaça foi associada a carros, do nada Arnie se interessa em ter um carro. 


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Já quando ele comprou Christine e conta para os pais, a mãe vira e pergunta para Dennis como ele deixou Arnie fazer isso. Esse é tipo de indagação que se faz a um namorado: "Como pôde deixar minha filha fazer isso, você disse que cuidaria dela". Outro detalhe é lá na frente do filme, quando Dennis comenta que passou natal na casa de Arnie, algo também incomum para amigos e mais normal para namorados. 


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A raiva injustificável da mãe por Arnie ter um carro, faz mais sentido se pensarmos que seu "namorado" Dennis já tem carro. Para ela Arnie ter carro só pode ser para manifestar sua sexualidade, ou seja, assumir que é gay. Há também um momento onde Dennis está chegando na casa de Arnie e escuta ele discutindo com a mãe e ela diz: "Arnie, isso aqui não é motel". Algo geralmente falado pelos pais quando não querem que o filho transe nas sua casas. Só que até aquele momento, Arnie não havia se envolvido com nenhuma menina da trama e o único que o visita é Dennis.


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Entretanto, temos a cena mais significativa de todas: a cena do jogo. Dennis está jogando pelo time de futebol americano e ele está no meio de uma jogada. Quando de repente ele olha para Arnie, e o vê beijando uma garota, encostado em Christine. A dor nos seus olhos é tão romântica que toca o espectador. Tudo bem, ele já havia dado em cima da mesma menina, Leigh, na cena da biblioteca. Mas nessa cena também, achamos que ele está interessado na loirinha que é afim dele, mas na verdade ele insiste na garota inalcançável. Qualquer rapaz sairia com a loira mesmo, mas ele parece tentar na menina mais difícil sabendo que iria ser vetado, apenas para passar a imagem para os amigos de que é hétero.


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Poderia ser qualquer garota a se envolver com Arnie, mas Carpenter escolheu justamente Leigh para que pudéssemos ter a dúvida nessa cena. Entretanto, Leigh não é ninguém para a história, ela tinha acabado de ser apresentada, e o zoom que se dá no plano que representa o olhar de Dennis é centralizado na direção de Arnie. 


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Ainda há uma cena onde Arnie vai encontrar Dennis, internado no hospital por causa do acidente no jogo, o livro que Arnie leva para Dennis é sugestivo: sobre contos eróticos.


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Depois disso, Arnie sai com Leigh e estava indo tudo bem. Quando eles começaram a se pegar, deu tudo errado. É como se ela sentisse que Arnie não a deseja, não a pega com vontade. E como ele é gay, o clima de seu carro, de suas coisas a "sufoca", afinal Arnie disputa com ela o mesmo homem. Depois, quando o cara estranho ajuda a salvar Leigh, o fato de Arnie maldar, achando que o cara está agarrando a menina, entrega o teor sexual da cena, onde parece que a garota teve quase um orgasmo com o agarrão por trás. Quando Arnie a deixa em casa, após um breve diálogo, Arnie fala que Leigh estava reprimida sexualmente, e de repente ascende uma luz, sinalizando que isso é uma verdade, mas entregando a falta de interesse de Arnie por ela. 


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Em outra cena, logo após o bando depredar Christine, Arnie estava andando amigavelmente de mãos dadas com Leigh e falando sobre planos de irem para a mesma faculdade, quando ele vê Christinne detonada ele tem uma reação contra Leigh e a destrata. Como se sinalizasse seu entendimento que se o plano da faculdade fosse real ele estaria se enrustindo de novo, já que o carro é sempre sinal de sua sexualidade na trama. Depois já sozinho (acredito que só na versão dublada), Arnie fala para Christinne: "Nós vamos ficar juntas".


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Quando Arnie parte para sua vingança contra o gordinho, a metáfora fica muito explícita. Quando ele encurrala o gordinho contra a porta de uma garagem, provavelmente para descarregamento de caminhões, há um vão estreito do portal que separa ele de Christinne, larga de mais para passar. É então, que de uma maneira sinistra, Christinne começa a "empurrar com força", rasgando sua lataria e arrombando seu chassi, até "atravessar" o gordinho. Olha, de maneira bizarra, parece uma metáfora visual de que Arnie se vingou do gordinho estuprando-o. 


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Já na cena que o policial pergunta para Arnie se ele sabe sobre os crimes e coisas estranhas que vem acontecendo, ele diz que foi Leigh que comentou com ele afirmando que ela era namorada de Arnie, ele pula na hora, ri e diz com todas as letras: "Ela não é minha namorada". Mas espera, eles não estavam saindo junto e de mãos dadas fazendo Dennis chorar?!


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Depois quando ele se vinga de outro dos seus bulinadores, a câmera dá um close estranho no traseiro do rapaz, ensejando que é para ali que Arnie está mirando. 


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É interessante também ver que por várias vezes a Leigh se coloca em situações perigosas, e por isso seu dublê de cena é um homem. Por várias vezes Carpenter parece usar isso para colocar roupas mais masculinas em Leigh.


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Na cena onde Arnie vai buscar Dennis em casa para passear e tomar cerveja, varias coisas ficam claras. Primeiro que Arnie fala para ele "meu carro também é seu", algo que nenhum amigo falaria para o outro, mas um casal sim. Depois, Arnie faz um discurso furioso sobre amor, onde ele diz que o amor é uma coisa bonita se alimentado corretamente, ensejando que não foi o que Dennis fez com ele. Aí Dennis finalmente admite, e pergunta se Arnie sentia mesmo tudo aquilo por ele. Achando-o pretencioso, Arnie desvia e fala que esta falando do carro. Mas o carro é metáfora da sexualidade, ele só arrumou o carro como desculpa para ficar mais como Dennis e ele havia acabado de falar "meu carro é seu também". Ou seja, se o carro é o que ele mais ama, dividir com Dennis quer dizer que ele confia aquilo que mais ama para ele, logo obviamente o ama também.


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Depois na batalha final de Dennis com a escavadeira contra Christinne, o carro e Arnie (que a essa altura já são praticamente a mesma pessoa) ignoram Dennis e vão direto em Leigh, como se por raiva dela ter roubado Dennis. É então que Arnie é projetado pelo vidro e morre com um vidro entalado no peito, parecendo que nesse momento foi quando Arnie desistiu de vez de ser enrustido. 


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Por último, quando a escavadeira arregaça Christinne por trás, a semiótica e a forma como essa cena se dão é tão explicitamente sexual que vai além e ganha conotação econômica: É a cultura dos anos 70, do machão, da construção civil; passando por cima da cultura anos 50, do estilo e do carrinho para namorar. Como se um modelo tivesse morrido por uma postura misógina. 


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Mas a perspectiva que mais aponta para que Christinne seja uma metáfora ou uma desculpa para Arnie demonstrar que é gay, é o fato de que por mais que se destrua Christinne ela volta, ou seja, por mais que se tente reprimir a homossexualidade, ela se manifestará e das formas mais agressivas possíveis. E o melhor de tudo é que o filme joga na cara de todos que a cultura do carrinho e dos pegas pode ser coisas de gay também. 


Considero que tal metáfora enriquece muito o filme, pois sem ela o filme não faz muito sentido e seria um pouco mediano, não é mesmo?! Da forma como feito por Carpenter, o filme discute sociologicamente as diversas nuances de sexualidade de um maneira tão complexa que não é difícil dizer que o filme é um manifesto queer, onde a "Christinne" seria esse "estranho"; a metáfora do preconceito contra o gay assumido e que expõe e vive a cultura gay abertamente, sofrendo por isso. Dennis é o gay encubado e disfarçado, que vê vantagem social em inclusive manter relacionamento com mulheres. A Leigh por sua vez parece ter um fraco por dois meninos gays, algo que demonstra também uma tendência. 


A família se revolta contra Arnie pois eles praticamente já haviam aceitado seu relacionamento com Dennis desde que fosse disfarçado e mantivesse as aparências, algo que Arnie não gostava por não querer ser o mais fraco na relação e emular a estrutura de um relacionamento hétero.


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A fotografia de Donald M. Morgan é simples e vistosa. A paleta de cores, seja pelo carro, pelas roupas ou até capacetes e uniformes do time, sempre tende ao vermelho para combinar com Christinne, dando uma visualidade plástica muito boa para o filme. A edição do filme é monstro. Cada cena faz sentido para a trama, não ficando nem pontas soltas, nem cenas ambíguas e sem sentido no corte final. E a trilha sonora, hein meus amigos... Christinne pode até ser má mas tem bom gosto. É só rockão, passando por Bad to the Bone, a Buddy Holly, Little Richard e Rolling Stones. 


Disponível no Youtube Play.


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