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Você já ouviu falar na Diplomacia das Canhoneiras? Entenda a Origem do Termo



O termo está em alta em uma busca de comparação em relação ao imperialismo americano, que seria o imperialismo humanitarista,  a expressão veio da área de estudos em 'Segurança Internacional' e estudos na área de Estratégia Militar


O termo surgiu de uma relação direta vinda da estratégia naval, onde navios menores não podem atacar navios maiores em conflitos náuticos, isso seria a metáfora para países. O termo surgiu no século XIX, quando William Jardine utilizou desse artifício para defender seu tráfico de ópio na China, a Dinastia Qing tentou combater a venda de ópio, mas perderam e foram forçados a assinar os Tratados Desiguais de Nanquim. 

O termo foi cunhado inicialmente no século XIX na época das guerras do ópio. Com a publicação do livro de James Cable de 1971 Gunboat Diplomacy: Political Applications of Limited Naval Force (Diplomacia das Cantoneiras: Aplicações Políticas de limitação de Força Naval), temos um livro que explica a origem dentro de uma terminologia técnica militar do termo diplomacia das canhoneiras.

Na época do neocolonialismo, no século XIX, os países e os nacionalismos que estavam em disputa, disputavam sobretudo a hegemonia nos mares, que primeiro esteve com a Inglaterra, e depois os Estados Unidos. Essa potência naval ameaça com seu poder de fogo, mas quase sempre, se maneira ilustrativa e não efetiva. Por exemplo, o governo na época do Japão da dinastia Tokugawa aceitou a tutela americana com o Tratado de Kanagawa (1854). 

A metáfora das canhoneiras é que seria os menores navios de guerra, uma forma de ameaça sempre não tangível. Uma "guerra de palavras", ou uma forma de "diplomacia do saque". Historicamente seria os países como Inglaterra, ou Estados Unidos que fariam esse truque nas relações internacionais. 

O exemplo com a América Latina é ainda pior. Em 1902, uma esquadra anglo-germânica bloqueou cinco portos da Venezuela para cobrar dívidas. O que isso quer dizer dentro de uma certa ordem internacional, onde é necessário produzir forças militares para não sofrer com sanções. Uma forma de uso da força para cobrar dívidas. Ou seja, extorsão. O termo é uma lição de como força material militar se converte em força política nacional. 

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