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Conversa com Bial: Cineasta Woody Allen fala sobre Susan Sontag, Machado de Assis, e títulos de seus filmes no Brasil

 No dia 08, segunda-feira, Bial recebe Woody Allen para comentar sobre sua trajetória e filmes. Woody Allen comenta sobre distanciamento social, e sobre seu "cancelamento" nas redes sociais. 

Woody Allen abre nova temporada do programa de conversas do apresentador Bial, ele comenta sobre sua vivência durante a quarentena, fala sobre sua esposa, enteada de sua antiga esposa, o que suscitou uma onda de cancelamentos em relação a ele por conta de denúncias de assédio sexual sobre ele. Ele disse que o público entendeu a situação errado e que virou uma forma de linchamento.  

Bial pergunta sobre o que foi o "movimento me too" para essa forma de cancelamento dele. Woody Allen é um dos famosos que está sofrendo com a  cultura do cancelamento aos seus filmes, que contraditoriamente, demonstram mulheres fortes em relação a ele. 

também comentou sobre o carácter pitoresco e vulgar com que os seus títulos são traduzidos no Brasil para vender. Como Annie Hall, que foi traduzido como "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa", como uma forma de apontamento e preconceito. Como a tradução de Take the money and run, que ficou como "um assaltante bem trapalhão". ou Última Noite de Boris Grushenko, que ficou no país, para o filme original de título: love and death, que por sua vez era uma sátira do livro guerra e paz, do escritor russo Tolstoi. 

Nessa parte, o cineasta comenta que acha péssimo os títulos dados nas traduções brasileiras, que tendem a  modificar o título para facilitar para o entendimento das multidões, e que alguns países respeitam a lógica dos títulos, o Brasil não. 

Woody Allen também comentou sobre Susan Sontag  que apontou que Machado poderia ter sido escrito na manhã do café de hoje, o escritor brasileiro, o maior e mais famoso de todos encantou o cineasta: Machado de Assis, sendo "Memórias póstumas de Brás Cubas, um de seus 5 livros favoritos", o livro do eu lírico do "autor defunto", reflete sobre a filosofia da vida. 

Essa obra aborda conceitos de morte e narrativa em personagens, morrer é narrar e documentar junto, e ser pessimista no caminho também é fruto de observar depois dos eventos da vida certo carácter de aleatoriedade e dor cômicas. Ele elogia o brasileiro, como grande gênio da literatura, e diz que achou seus estilos parecidos. 


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