A história da Europa na Idade Média é um período que atravessou os tempos modernos nas imagens românticas, formuladas no século XIX no revival historicista chamado de "classicismo"
Esse texto é em homenagem ao nascimento do meu primeiro filho, o Arthur. O texto, sobre literatura e Idade Média, explica para posteridade a escolha do nome. Na época da escolha, estava lendo o livro "No Tempo dos Cavaleiros da Távola Redonda (França e Inglaterra, séculos XII e XIII)", do especialista em Idade Média francês, Michel do Pastoreau. Esse artigo é baseado em tal livro.
Os romances de cavalaria são o pano de fundo para a verdadeira intensão do autor que é estudar a vida cotidiana das populações inglesas e francesas do período. Os eventos se desencadeiam desde o reinado de Henrique II, o Plantageneta (1154), até a morte de Filipe Augusto (1223), rei da França. Se constituindo o coração das análises da Idade Média europeia.
A análise da utilização da literatura por parte das cortes, explica algumas lendas, a principal delas sendo a do rei Arthur. A polêmica sobre Arthur sempre girou em torno de se ele teria existido ou não. As expressões literárias da época eram canções de amizade, gesta ou escárnio. Os ideais e virtudes da ordem dos cavaleiros na Idade Média, podem ser vistos nas descrições como em Tristão e Isolda, escritos como "A Canção de Rolando", ou a novela "A Demanda do Santo Graal".
A análise da utilização da literatura por parte das cortes, explica algumas lendas, a principal delas sendo a do rei Arthur. A polêmica sobre Arthur sempre girou em torno de se ele teria existido ou não. As expressões literárias da época eram canções de amizade, gesta ou escárnio. Os ideais e virtudes da ordem dos cavaleiros na Idade Média, podem ser vistos nas descrições como em Tristão e Isolda, escritos como "A Canção de Rolando", ou a novela "A Demanda do Santo Graal".
O modelo do cavaleiro medieval seria o sobrinho de Arthur, Gaiwan, que entre os membros da távola redonda, é aquele que reuniria as qualidades de cavaleiro mais importantes para os valores literários medievais traduzidos do Francês. Tais como, a "Largesse" que significa ao mesmo tempo liberalidade, prodigalidade e generosidade. Já o princípio da "Courtoisie" compreende todas as qualidades que acabamos de enumerar, entre a beleza física, a delicadeza de coração, a elegância, o frescor da alma.
O modelo é da corte de Arthur e lá, como diz o livro, iremos encontrar as damas mais belas, os cavaleiros mais valentes e também as maneiras mais delicadas. A lenda do rei Arthur responde ao período que a Inglaterra começa a se entender como parte da Europa e não mais como um conjunto de ilhas. Seriam então estórias ou histórias, dependendo do debate se existiram ou não. Mas para Pastoreau, o surgimento da lenda com a publicação da lenda sobre a mesa dos cavaleiros medievais, surgiu no livro "A morte do rei Artur", livro da época de 1200.
O autor também fala que antes da Guerra dos Cem anos (entre a França e a Inglaterra), a primeira guerra moderna, os romances de corte diziam a mesma coisa sobre a Inglaterra em termos de cultura e civilização do que se dizia para a França. A guerra ajudou a dividir e distinguir as culturas e criar uma cisão e rivalidade que correspondem ao surgimento dos estados nações e suas diferenças ontológicas.
O homem do século XII que respondia a diversos critérios de suserania e vassalagem, respondiam ao cotidiano de maneira a se dispersar em relação ao tempo, em um tempo antes da popularização dos relógios. O romantismo do século XIX, recuperou tais valores e explorou as construções imagéticas feitas por tais relatos. O século XIX fortaleceu e congelou certos aspectos dessas imagens literárias.
O homem do século XII que respondia a diversos critérios de suserania e vassalagem, respondiam ao cotidiano de maneira a se dispersar em relação ao tempo, em um tempo antes da popularização dos relógios. O romantismo do século XIX, recuperou tais valores e explorou as construções imagéticas feitas por tais relatos. O século XIX fortaleceu e congelou certos aspectos dessas imagens literárias.
"A camponesa que vai todos os dias ao campo recolher lenha", as canções de amizade, gesta ou escárnio. A mulher amada idealizada e distante o suficiente para ser desejada com fervor. Os costumes pressionados pela hegemonia de controle da igreja católica exercitavam o estímulo do amor puro e do desejo carnal não saciado.
O período que o século XIX romanceia e reencena é o século XII e XIII em seu esplendor. Na Europa, principalmente na Inglaterra e na França, era um período de abundância de alimentos, impulsionado por uma série de inovações em termos de técnicas de colheita e arado do solo.
Também é a época que ao mesmo tempo, as cidades e burgos ou de entrepostos antigos, e novas construções em torno de castelos. A relação entre as famílias era forte na época devido essa expansão agrícola.
Em conjunto com uma intensa eclosão demográfica da população rural, o século XII trouxe a tecnologia da siderurgia e da manipulação de metais na feitura de armaduras. Antes disso, os europeus eram basicamente "bárbaros". Algumas teorias dizem que o contato com a África e a Ásia frutos dessa expansão e das interações nas cruzadas que trouxeram novas tecnologias para o europeu moderno. Um exemplo disso é por exemplo o uso das prensas móveis chinesas por mercadores italianos, no período que corresponde ao da Dinastia Ming.
A história Europeia e a Idade Média por lá é um período que chegou até nós modernos através de imagens formuladas no século XIX. Imagens literárias de um mundo que ia se modernizando com máquinas e novas formas de relações sociais. É nesse contexto que vemos que o século XIX fortaleceu alguns aspectos dessa imagem literária.
O período que o século XIX romanceia e reencena é o século XII e XIII em seu esplendor, principalmente na Inglaterra e na França, passaram por um período de abundância nos alimentos, impulsionado por uma série de inovações em termos de técnicas de colheita e arado do solo. Também é a época que ao mesmo tempo, as cidades e burgos, frutos ou de entrepostos antigos, ou de novas concessões em torno de castelos e famílias fortes, voltam a ter protagonismo com essa expansão agrícola. Em conjunto com uma intensa eclosão demográfica da população rural, o século XII trouxe a tecnologia da siderurgia e da manipulação de metais na feitura de armaduras.
Também é a época que ao mesmo tempo, as cidades e burgos ou de entrepostos antigos, e novas construções em torno de castelos. A relação entre as famílias era forte na época devido essa expansão agrícola.
Em conjunto com uma intensa eclosão demográfica da população rural, o século XII trouxe a tecnologia da siderurgia e da manipulação de metais na feitura de armaduras. Antes disso, os europeus eram basicamente "bárbaros". Algumas teorias dizem que o contato com a África e a Ásia frutos dessa expansão e das interações nas cruzadas que trouxeram novas tecnologias para o europeu moderno. Um exemplo disso é por exemplo o uso das prensas móveis chinesas por mercadores italianos, no período que corresponde ao da Dinastia Ming.
A história Europeia e a Idade Média por lá é um período que chegou até nós modernos através de imagens formuladas no século XIX. Imagens literárias de um mundo que ia se modernizando com máquinas e novas formas de relações sociais. É nesse contexto que vemos que o século XIX fortaleceu alguns aspectos dessa imagem literária.
Outro autor que aborda a questão é George Duby, em seu livro: "A sociedade Cavaleiresca", aborda isso também descreve que a palavra para designar cavaleiros era miles (ou mesmo milites) passa a aparecer em documentos já em 97 no sul da França. Com a queda da hegemonia carolíngia, surge uma classe responsável por manter a ordem e o domínio nas terras da nobreza. Já o título de cavaleiro, passa a ser incorporado ao bojo das tradições da aristocracia europeia e de seus herdeiros das casas mais nobres.
O período que o século XIX romanceia e reencena é o século XII e XIII em seu esplendor, principalmente na Inglaterra e na França, passaram por um período de abundância nos alimentos, impulsionado por uma série de inovações em termos de técnicas de colheita e arado do solo. Também é a época que ao mesmo tempo, as cidades e burgos, frutos ou de entrepostos antigos, ou de novas concessões em torno de castelos e famílias fortes, voltam a ter protagonismo com essa expansão agrícola. Em conjunto com uma intensa eclosão demográfica da população rural, o século XII trouxe a tecnologia da siderurgia e da manipulação de metais na feitura de armaduras.
Mas antes disso, antes mesmo do período moderno da reconquista, é possível notar uma evolução tecnológica fruto do deslocamento. Era como sair de um encanto, no exemplo do conto de fadas, era como.se a Europa fosse a própria bela adormecida despertada para a modernidade através do contato com o remanescente dos grandes impérios orientais antigos. Vale lembrar que o que estudamos como Idade das Trevas pro Europeu é o período de intenso desenvolvimento através da expansão muçulmano e da incorporação de valores já da religião muçulmana na mentalidade desses novos reinos. É nesse contexto que surge a vontade cristã de retomada dos locais considerados sagrados, como por exemplo a disputada região de Jerusalém, importante para ambas as religiões.
Parabéns pelo chegada e seu primogênito Arthur! Que Deus o abençoe! Que ele continue sendo fonte de amor e inspiração! Excelente texto e abordagem!!!!!
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