Jurassic World: Recomeço (2025) surpreende ao trazer de volta elemento esquecido da franquia e muda os rumos da saga
Mercenários viajam para uma instalação de pesquisa em uma ilha para obter DNA de dinossauros para vender para uma farmacêutica. À medida que a missão se torna cada vez mais perigosa, eles logo fazem uma descoberta sinistra e chocante que tem sido escondida do mundo por décadas. Dirigido por Gareth Edwards, que dirigiu Godzilla de 2014
É engraçado que um livro de Michael Crichton, criador também de Westworld, tenha virado uma franquia tão bem sucedida de filmes. Mas isso porque um detalhe do livro é sempre esquecido, e é o que dá o pano para manga de toda a franquia: a questão da biogenética, O livro original não tinha a intenção de falar apenas de dinossauros, mas sim como a indústria farmacêutica e a ciência estavam se tornando hegemonizadas por pesquisas sobre biogenética. Então os dinossauros eram uma metáfora literal, algo há muito morto e trago de volta a vida de maneira artificial, rompendo o principio darwnista da evolução das espécies, em detrimento de uma ideia, uma ilusão narrativa e romântica de reconstruir o passado, uma história perdida. Eu percorro melhor sobre essas questões na análise do primeiro filme da franquia, Jurassic Park - O Parque dos Dinossauros (1997), que você pode conferir clicando aqui.
Não vou analisar toda a franquia aqui, mas é preciso entender o motivo pelo qual a franquia passou a se chamar Jurassic "World" e não mais "Park", e o motivo desse filme ser o "Recomeço" do World, mas sem ser uma volta ao "Park". Depois dos acontecimentos de Jurassic Park 2 e 3, dinossauros passaram a ser um assunto polêmico no universo da franquia. O parque era um projeto de um grande empresário para fazer entreterimento, ganhar dinheiro com a experiência de pessoas que gostaria de ver os dinossauros vivos em nosso tempo, ou pelo menos no tempo dos anos 90. Acontece que no próprio Jurassic 1 aquilo tudo se mostra um modelo de negócio arriscado, pois além de poder ter procedimentos de segurança que falham, há também a espionagem empresarial de outras empresas e farmacêuticas que querem o genoma dos dinossauros reconstruídos.
Então, o que aconteceu? Basicamente no 2 e no 3 os cientistas do 1 convenceram o mundo de que não devia se investir em um parque para explorar os dinos como entreterimento, mas ao mesmo tempo fizeram uma defesa dos dinos como animais que são vítimas do processo. Como eram animais reconstruídos, a franquia se limitava inclusive a mostrar e abordar os dinos mais conhecidos e pacíficos, digamos assim.
O problema mesmo veio em Jurassic World 1, quando decidem, de repente, reabrir o parque, como se nada tivesse acontecido antes. A ideia é que a tecnologia atual poderia permitir maior controle e segurança. E obvio que não deu certo. Os acontecimentos do parque perdendo o controle se desdobram até o final de Jurassic World 2, quando os cientistas atuais tem uma decisão final: abrir um comporta que deixará os dinos irem para qualquer lugar do mundo, ou deixar fechada e deixar todos os dinos serem incinerados vivos. Obviamente eles abrem a comporta e os dinos tomam conta do mundo, passam a conviver com as pessoas, e por isso que é "world" e não mais "parque", sacaram?
Pois aí teve o Jurassic World: Domínio. Esse filme acrescentou pouco a lore dos dinossauros em si, servindo mais para cortar pontas soltas deixados na primeira trilogia e na segunda. Assim, tivemos uma reunião entre os protagonistas da trilogia clássica e da trilogia nova. Mas na verdade, esse filme que era o recomeço, pois não foi tão bom, apenas um bom encerramento.
Entretanto, eu estou recapitulando isso não atoa mas sim para explicar que a ideia de que os dinossauros tomaram conta do mundo do Jurassic World 2, continua. Então temos um mundo de dinossauros, para todo lado, atrapalhando o transito inclusive. Porém, isso foi muito explorado por Recomeço, uma vez que isso toma uma proporção completamente massiva. Agora tem dinossauros do ar no ar, da terra na terra, e do mar no mar.
Parece obvio né?! Mas não é o que tínhamos visto até então, não tão massivo, não tão grandioso. De forma que, para mim, esse é o primeiro filme que de fato apresenta um "Mundo dos Dinossauros" de fato. Com eles livres, formando bando e tudo mais.
Agora, entrando mais na trama do filme, começamos com cenas de 2008, sete anos após o resgate de Eric Kirby e sete anos antes do incidente de Jurassic World. A empresa InGen utiliza um laboratório na ilha de Île Saint-Hubert, no Oceano Atlântico, para criar dinossauros mutantes transgênicos. Para que: para variações do entretenimento. Como descrito pelo cientista do filme em algumas cenas depois, os parques ficavam cheios antes, e conforme foram ficando vazios eles foram tentando inovar nos dinos para atrair o público, algo bem doentio mas que faz sentido dentro da mentalidade humana da busca financeira.Uma dessas criações, um tiranossauro deformado de seis membros, apelidado de " Distortus rex " (D-Rex), escapa da contenção, mata um funcionário e causa estragos, forçando os funcionários da instalação a abandonar a ilha.
Atualmente, cinco anos após o incidente, que causou o surto de gafanhotos transgênicos, o clima da Terra torna-se mais quente e mudanças climáticas tornou o planeta inóspito para sustentar os animais extintos. Assim, tirando alguns dinos desgarrados aqui e ali, os dinos foram são forçados a residir em áreas ao redor do Equador, que se assemelham ao clima mesozoico: eles se isolaram dos humanos.
Martin Krebs, executivo da empresa farmacêutica ParkerGenix, está atrás de ganhar uma grana e sem esclarecer direito se esse objetivo foi dado por sua ideia própria ou apenas uma missão dada por sua empresa, ele tem como objetivo recuperar amostras de biomateriais dos três maiores espécimes pré-históricos remanescentes, que contêm a chave para um novo tratamento para doenças cardíacas. Nisso que entra Scarlett Johansson, que é uma mercenária chamada de Zora Bennett, uma ex-militar, recrutada pelo Martin para colaborar com o paleontólogo Dr. Henry Loomis em uma missão recuperar o DNA dos dinos mais sinistros que tem, um da terra, um do ar e um do mar. Tranquilão, né?! O que pode dar errado?!
Em um bar no Suriname, Zora recruta seu amigo de longa data, Duncan Kincaid, para liderar a expedição uma vez que Duncan é capitão de um navio. Duncan tem um trauma de ter perdido seu filho, em condições não muito claras, mas que enseja ser algo com dinos. Ele traz consigo o piloto do barco LeClerc, a mercenária Nina e o chefe de segurança Bobby Atwater. Mas preciso dizer: o filme demora um pouco para botar na mesa todas essas peças sobre os personagens que apresentei aqui, tendo ainda mais uma família de personagens a surgir, então isso deixa as coisas meio arrastadas ás vezes, uma vez que o filme já usou como assumido que as pessoas já viram pelo menos 1 filme da franquia e está por dentro da ideia de que os dinos sairam do parque.
Acho que como ganhou tempo não explicando isso teve como explicar o contextos dos personagens. Só que ao invés de na primeira cena já meio que entregar tudo que o personagem é, nos vamos aprendendo sobre eles ao longo do caminho, algo que já adianto que lembra muito narrativa de sobrevivência, como literatura ou jogos de survivor horror.
A equipe da expedição parte para a Ilha de Saint-Hubert para extrair amostras dos 3 dinossauros, são eles: o Mosasaurus aquático, do Titanosaurus terrestre e do Quetzalcoatlus aviário.
Enquanto isso, Reuben Delgado navega nas proximidades com suas filhas Isabella e Teresa, antes que esta parta para a faculdade. Viajando com elas está o namorado de Teresa, Xavier Dobbs, um "malandrão", que Reuben considera detestável e você e quase toda a audiência vai considerar também. O plot da família foi inserido para suavizar o filme e ele de maneira geral parece quase encaixado, como se dois roteiros tivessem sido encaixados e um.
Adianto que vai ser daqui que virá a maior parte das derrapadas do filme, pois foi a forma emocional de tornar o filme aceitável, uma vez que se o filme fosse apenas de mercenários indo para uma ilha pegar a amostra, o filme se tornaria ao estilo Dino Crisis ou Resident Evil: uma narrativa sobre a sobrevivência dos mercenários, onde obviamente seriamos levados a torcer pela morte dos mercenários pela sua ambição de ir atrás de dinos mutantes, uma vez que eles estão lá quietos em sua ilha. A família vem como a suavidade de identificação, para que as famílias que vão ver o filme juntos, até com crianças, se identifiquem mais, algo que também permite que o filme não se torne um banho de sangue em violência (malandragem).
A família então naufraga esbarrando justamente no Mosasaurus e usa um rádio para pedir socorro, com a equipe da expedição vindo em seu socorro. A equipe logo encontra o Mosasaurus e extrai uma amostra dele, mas a criatura retorna com um grupo de Espinossauros os quais vivem em um sistema de mutualismo. Eles atacam o navio, matando Bobby, o que é maior comédia pois o cara da equipe de segurança é o primeiro a morrer. E aqui vou esclarecer: eu disse para não ser muito violento, mas esse filme é ainda um dos mais violentos da franquia, onde as mortes são realmente gráficas, chocantes e fazem realmente o filme flertar com o terror por vários momentos.
O pai de Teresa vendo que vai dar merda pois estava em uma expedição de mercenários locões, sendo atacados por dinos carnívoros, manda Teresa usar o rádio para pedir ajuda. Aí o primeiro erro, porque ele mesmo não foi? Martin entra em pânico pois isso melaria sua missão que era ilegal e a empurra para proteger o sigilo da missão. Teresa cai no mar após Martin se recusar a ajudá-la. Xavier pula no mar para resgatá-la, seguido por Reuben e Isabella, separando a família da equipe de expedição. Mas essa sequência não faz o menor sentido. Eles estão sendo atacados por um grupo de dinos carnívoros que querem justamente comê-los, eles caem na água e ninguém é comido? Não faz sentido. E pior quando voltamos para Xavier e Teresa, eles estão em uma localização geograficamente muito distante da onde caíram, parecendo erro de continuidade, pois eles voltam perto da ilha, e seria uma distância muito longa para nadar sem ser atacado.
O mosassauro força o navio a encalhar, e Nina, que fica entendido que era namorada de LeClerc, é morta em terra por um espinossauro pois a galera simplesmente esqueceu que espinossauro é anfíbio e sabe andar fora da água, mesmo com o cientista gritando isso para todos ao sair da água. Zora informa que ela tem um plano B: ela contratou um helicóptero de resgate para circundar a ilha em 24 horas.
A equipe localiza uma manada de Titanossauros em um campo e extrai facilmente a segunda amostra. Como o Quetzalcoatlus é um animal grande e carnívoro, a equipe espera evitar problemas obtendo a amostra final de um ovo. Zora, Henry e LeClerc fazem rapel para chegar ao ninho, localizado em um antigo templo na encosta de um penhasco. Que templo é esse? Não sei, o filme não explica e fica difícil saber se isso vai ser algo abordado nos próximos filmes, mas entrou pro diálogo do filme já que um dos personagens fala que aquilo parecia uma espécie de templo. Algo bem videogame mesmo. Um Quetzalcoatlus pai retorna ao ninho e devora LeClerc, destruindo de vez o casal Nina e LeClerc, embora Zora e Henry consigam escapar com a amostra.
Em outro lugar na ilha, Reuben elogia Xavier por resgatar Teresa na água. Xavier até enseja ser uma pessoa normal, dizendo que não sabe o motivo pelo qual Teresa gosta dele, mas revelando que ele mesmo não se acha boa pessoa. Ele sobrevive ao ataque de um Velociraptor, que é posteriormente atacado por um Mutadon, um híbrido mutante de raptor e pterossauro. E aí o cara desaparece do filme. Sério, se ele tem alguma cena de destaque depois é muito, pois aprofundar no personagem nada. Ele não aprende uma lição ou revela quem é, como se fosse simplesmente abortado seu desenvolvimento (ou deixado para outro filme como obviamente é com Zora e Duncan).
A família busca o complexo InGen e encontra vários dinossauros, incluindo um Aquilops, que Isabella adota e chama de Dolores. Isabella é o personagem para as crianças se identificarem, mas primeiro de tudo ela fica em crise de pânico pela violência das mortes iniciais do filme e não consegue falar. Aí ela volta a falar por causa desse dino que ela chama de Dolores. Mas esse bicho é o maior flop do filme, pois primeiro parece que a criança esqueceu tudo de repente por causa do bicho. O pai sabe que ela não pode levar o bicho mas deixa. E por final ela logo em seguida se separa de Dolores mas continua falando normal. Depois, no final do filme, Dolores desaparece após Isabella se esconder com ela de um ataque, não ficando claro se ela levou Dolores ou deixou na ilha, sendo o maior flop do filme por isso. Ficou muito estranho. Eles encontram uma jangada em uma cena só para Teresa mostrar seu valor mas depois sumindo do filme também, eles sobreviverem a um ataque de Tiranossauro Rex, descem um rio.
No complexo, a família se reúne com o grupo da expedição. Quando Teresa conta para todos que Martin foi responsável por sua queda no mar. Martin mantém os outros sob a mira de uma arma, rouba as amostras de Zora e foge sozinho para o heliporto em um UTV. Um bando de Mutadons ataca os sobreviventes, que escapam por túneis subterrâneos, onde aqui os mercenários Duncan e Zora esquecem completamente seus interesses financeiros e se propõem a salvar a família. Duncan sabemos que é por perder seu filho, mas e Zora? Isso não fica claro para além do seu interesse romântico pelo cientista, que inicialmente parecia um personagem detestável, mas que no final foi como se fosse um oráculo, que entende e explica para o grupo e para a audiência a moral do filme em algumas boas reflexões sobre o papel da ciência. Seu debate é principalmente com Martin, seu contratante, uma vez que sua motivação científica é o que rege e não o interesse financeiro. Ele supostamente foi para ilha apenas pela paixão aos dinossauros. Mas sua aversão ao lucro e até a sugestão que faz a Zora que deveriam publicar na internet de maneira pública os resultados da pesquisa com as amostras, é contrastante demais com a motivação inicial de trabalhar para uma farmacêutica. Ele como Duncan e Zora são personagens obviamente pouco explorados de propósito, para deixar o que explorar nos próximos filmes.
O helicóptero de resgate chega, mas é destruído pelo D-Rex, que devora Martin para surpresa de ninguém, mas todos comemoraram mesmo assim. Os sobreviventes chegam a um portão trancado no final do túnel e veem um barco do outro lado. Isabella é a única pequena o suficiente para passar pelo portão, o destranca, permitindo que o grupo embarque no barco. Só que o D-Rex viu Isabella e vendo que ele ia para cima dela, Duncan desvia a atenção do D-Rex usando um sinalizador, ficando a impressão que ele morreu ao sinalizador se apagar, com o barco pegando apenas no último segundo para o D-Rex não pegá-los. Porém, de maneira meio clichê Duncan não morreu, mas nesse caso foi um tipo de clichê interessante pois é um bom personagem que merece ser mais explorado, sendo seu esforço aqui justamente o que o torna um personagem interessante de explorar em uma sequência
Zora, Henry, Reuben, Teresa, Xavier e Isabella escapam. Duncan escapa do D-Rex se junta a eles. Com as amostras em mãos, Zora e Henry concordam em distribuir o novo medicamento sem patente, tornando-o de código aberto para todo o planeta. Mas se parar para pensar, também pelo fato do contato deles com a farmacêutica, Martin, ter morrido.
No fim das contas é um filme tenso e interessante, com muitos erros e falhas, mais muito mais emocionante que o caminho que a saga estava tomando, principalmente no filme anterior. O plot da família é furado, sendo por vezes mais irritante do que divertido. Assim como o plot do romance entre Zora e o cientista, ou como o filme só aprofunda no emocional daqueles personagens que vão sobreviver e logo deixando aberto para uma sequência. Esses são vícios e clichês que não adianta, sempre encontraremos em blockbusters norteamericanos, pois fazem parte da psicologia do cinema, para emocionar, envolver e gerar identificação na sala de cinema. Mas Jurassic World Rebirth tem um elemento a muito esquecido na franquia, que talvez só existisse no primeiro filme: o terror. O terror havia sido há muito tempo esquecido na franquia, pois afinal crianças gostam de dinossauro e logo faz muito mais sentido transformar a franquia em algo amigável para crianças. Porém isso colocou de lado o elemento mais marcante de várias cenas do primeiro filme, como o ataque do T-Rex ao jeep: dinos podem te matar, e podem te devorar e a coisa pode ser feia.
Esse elemento, como já mencionei, faz parecer um jogo de sobrevivência ou survivor horror, onde a ilha ajuda nessa imersão. A forma como o filme abordou o pessoal, o sentimental e questões psicológicas, também ajudaram a dar certo peso ao terror do filme. Acredito que só faltou coragem nessa decisão. O elemento do perigo, do terror, do suspense está lá. Há medo e tensão e momentos que pensamos "estão encurralados, é o fim". Mas obviamente algo sempre acontece e salva o grupo. E como eu falei é fácil prever que vai morrer pois são os personagens interesseiros e gananciosos ou aqueles que não tiveram seu pessoal abordado. Faltou coragem de matar um personagem principal da trama, como Teresa que obviamente não teria sobrevivido a queda no meio do mar, para que esse terror realmente fosse algo mais intenso. Entretanto, pelo menos tivemos um pouco disso no casal LeClerc e Nina, onde um romance foi de fato cancelado pelo terror dos dinos. Só que ambos eram mercenários, então a ganância ainda era o que mais os motivavam.
Meu ponto é que o terror pode salvar a franquia, pois esse filme é bem melhor que o anterior. Não é o melhor da franquia e possui muitos erros e tentativas populistas de tentar sentimentalizar a audiência. Mas se a franquia seguir esse caminho, mas focado na ciência para motivar sua trama, com uma carga dramática maior e uma sensação de ameaça real que os dinos representam, pode ser um ótimo recomeço para a franquia, pois já conseguiu mais que qualquer filme da franquia Resident Evil até agora: pelo menos assustar.
Curiosidades do filme
Retorno de um veterano: David Koepp, roteirista do Jurassic Park original e de O Mundo Perdido, voltou à franquia após anos afastado. Ele inicialmente recusou escrever um novo filme, mas foi convencido por Steven Spielberg, que teve a ideia inicial da história.
Trama inspirada na ciência: A ideia central do enredo – sintetizar um medicamento a partir do DNA de dinossauros – veio de uma descoberta real sobre a longevidade dos dinossauros e a baixa incidência de doenças cardíacas.
Novos personagens, novo local: Para se distanciar das trilogias anteriores, o roteiro optou por personagens inéditos em um cenário também novo – uma instalação de pesquisa em uma ilha secreta.
DNA literário: Koepp resgatou ideias dos romances de Michael Crichton nunca usadas no cinema, como a famosa cena da jangada com o T. rex, além de falas cortadas dos filmes anteriores.
Equilíbrio entre ficção e ciência: Koepp estabeleceu como regra pessoal não repetir eventos dos filmes anteriores, garantir base científica precisa e humanizar os dinossauros como animais reais, não monstros.
Pressa e precisão: Gareth Edwards teve menos de um ano e meio para finalizar o filme, bem menos que os dois anos e meio habituais, mas o roteiro coeso de Koepp ajudou a manter o projeto nos trilhos.
De fã a estrela: Scarlett Johansson, fã de longa data da franquia, se reuniu com Spielberg para pedir um papel – e conseguiu. Ela interpreta Zora, uma das protagonistas.
Locações selvagens: As gravações aconteceram em diversos lugares da Tailândia, enfrentando desafios como cobras venenosas, seca e clima intenso. Também houve cenas em Malta e no Reino Unido.
Filme na película: Para recuperar o visual clássico da franquia, Edwards filmou em 35mm, com lentes vintage e pós-produção focada em preservar a granulação natural da película.
Dinossauros mutantes: O Distortus rex, principal ameaça do filme, teve design inspirado em xenomorfos de Alien e no Rancor de Star Wars. Já os Mutadons, mistura de pterossauro com Velociraptor, surgiram após Koepp ser atacado por um morcego em casa!
Animatrônicos modernos: Apesar do uso intenso de CGI, foram criados animatrônicos leves de Aquilops, com peças impressas em 3D e controle remoto para interações reais com os atores.
Spinosaurus atualizado: O famoso dinossauro de Jurassic Park III retornou com um visual semiaquático mais fiel às descobertas científicas recentes.
Referências controladas: Spielberg pediu que as referências diretas ao Jurassic Park original fossem reduzidas. Mesmo assim, muitos easter eggs permaneceram, exceto a aparição do Sr. DNA, que foi cortada.
Final diferente: Uma ideia de última hora — colocar o T. rex salvando os humanos em uma luta com o Distortus rex — foi descartada por ser considerada repetitiva.
Trilha sonora épica: Alexandre Desplat (de Godzilla de 2014) assumiu a trilha sonora, gravada com uma orquestra de 105 músicos e um coral de 60 vozes, homenageando os temas originais de John Williams.
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