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"Ciência e Política", de Max Weber: A Vocação na Ciência e a Paixão na Política, Reflexões sobre o Intelectual, Compromisso e a Ação Social


Max Weber foi um sociólogo diferenciado, da tendência social democrata alemã, sua visão de pesquisa e mundo serve de orientação para vários campos de conhecimento, economia, direito, história e sociologia. Weber falava em uma época onde deuses da cultura alemã referenciavam Goethe e outros ídolos locais e que progressivamente sofreu reveses históricos


Estudando desde direito, economia, passava sua influência em alguns setores do jornalismo e da administração, esboçando ideias sobre práticas sociais e análises baseadas na metodologia do tipo ideal, mas também elaborava boas dissertações e teses ao estilo de crônica política. 


Weber teve importância para orientandos e orientandos de orientandos que levaram sua teoria em parte para a sociologia americana e para o jornalismo. 


Weber exercita conceitos como a diferença entre a ética da convicção para a ética da responsabilidade é fundamental para entender essa diferença entre as diferenças básicas entre ciência, a política e a academia (carreira e titulações). 


O conceito de análise da empresa da ética protestante e o espírito do capitalismo. Weber nesse livro, lembra que espírito no alemão antigo equiparava a ideia de sentimento. 


O partido social democrata alemão  teve históricas figuras, Weber mesmo no lado B disso, apresentou ideias fundamentais para o movimento





A busca pela racionalização que acabou perdido na Segunda Guerra. Weber é um dos primeiros a diferenciar o carácter passional da política e o sentido de responsabilidade social que envolve (ou deveria) o pensamento intelectual, e a realidade decadente das tradicionais carreiras acadêmicas. 


Weber começa o livro falando da diferença no carisma que evidencia uma forma de representação de uma figura que é gostado ou não em sentido intra pessoal que pode ser tendência ou mania e que marca a vida de jovens docentes. 


O que Weber fala, trocando em miúdos, é uma exaustão e um sofrimento de nunca conseguir chegar lá, vindo até mesmo  daqueles que chegaram mesmo lá.


É uma visão dupla, que envolve uma tradição secular e a estrutura da sorte que escolhe manias e particularidades que são representados por empresas sociais ou empresas privadas mesmo. As ideias de artigos e monografias dissertativas são então também como empresas, representam um arcabouço ideológico. 


A posição privatedonzet é de um professor habilitado, porém não inserido na docência, comparando com os nossos diplomas, seria a figura do bacharel. Enquanto que a licenciatura é ligado mais na questão da docência básica e a pedagogia.


Weber nota que essa figura na universidade alemã fica anos na esteira de algum outro professor catedrático (um professor oficial de alguma disciplina específica). Nota também que os EUA é correspondente a figura do professor assistente. Na América, há ainda uma acumulação de tarefas ainda maior. 


A ciência e a política seriam como tradições irmãs, mas opostas. Weber fala que um professor considerado fracassado é aquele que tem poucos alunos que queiram assistir a sua matéria. Logo, ele argumenta que os jovens docentes de origem mais pobre não conseguem acompanhar o ritmo e a necessidade de publicação e repercussão que a ascensão na carreira exige. 


Um texto publicado em 1919, perto da morte do autor e que explica muito do sistema conceitual weberiano, uma abordagem e leituras que são   totalmente atuais e direto ao ponto, sem ser prolixo e focando nos temas de análise, no sei caso, entendia os problemas da escrita focando na metalinguística. 


Weber é um dos principais responsáveis por uma ideia de racionalização da burocracia e por achar a democracia na figura do parlamento, junto com a noção de impessoalidade na burocracia como forma de dinamização e solução de problemas, e não como muitos pensam uma forma de "se livrar do problema" e passar adiante.


Muito pelo contrário, a impessoalidade é o que, em tese,  garantiria a igualdade e a liberdade. Ou seja, não pode ser uma desculpa, tem que ser uma solução. 


Uma análise também histórica e nas condições do próprio fazer científico,  evidenciando a crise na academia alemã durante o decorrer da Primeira Guerra, na transição da sensação de sentimento nacional e romântico para a descrença do período da guerra.  


Weber despontou como uma brava teoria que em tese, seria de direita ou neutra formada na época da chamada República de Weimer, mas que foi duramente perseguida e abolida no período do horror nazista. 


No pós guerra, foi através da união entre os movimentos sociais democratas que a Alemanha foi reconstruída, e políticos como o ex chanceler de lá, Olaf Scholz. 


Enfim, o que quero dizer, é que as instituições públicas tem que obedecer um paradigma jurídico que precede o seu pessoal, ou pelo menos deveria. Se tornando então, um dos maiores problemas de realizar políticas públicas no Brasil, o desânimo total e agressivo do magistério, por exemplo, é explicado em parte por Weber. 


A solução é entendermos que o corpo social responde uma ordem legal inalienável. Quando não respeitamos o ser humano por trás da máscara que usamos para encarar o social, estamos criando instabilidade em todas as esferas da sociedade. 


Principalmente, tem que ser respeitado todas as pessoas sem importar a classe social delas, pois educação é uma obrigação da sociedade desde o século XIX, começando na própria Alemanha e na França. 


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