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CSI: Investigação Criminal - Crate 'n' Burial (1x03): Curiosidades e análise do terceiro episódio da série clássica


Grissom Nick e Sara investigam um caso complicado, quando a esposa de um homem rico de Las Vegas é sequestrada e enterrada viva no deserto. Enquanto isso, Catherine e Warrick investigam um atropelamento com fuga, que acabou levando a morte de uma criança, onde um rapaz jovem e seu avô se tornam suspeitos do crime. 

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No caso, acompanhamos Grissom, Nick, Sara e Brass procurando rastros da moça desaparecida no deserto. Um homem cava um buraco no deserto e enterra algo. Uma mulher é vista usando um isqueiro para explorar o que estava por volta, e descobre que foi enterrada viva. Usando uma voz digitalmente alterada, o sequestrador liga para Jack Garris e exige $2 milhões para ser entregue no local combinado, com a ameaça de acabar com a vida de Laura. 


Grissom escuta a gravação. Ele não identifica nada além de uma frequência baixa. Por conta do barulho de areia, é determinado que Laura deve estar em algum lugar do deserto que fica perto de postos de energia. 


Jack quer que alguém conte para ele se sua esposa tem chance de estar viva. Sara anda pela casa procurando evidências, achando sinais de luta pela casa, ela teoriza que seria um "trabalho profissional", mas Grissom acha um pedaço de papel com sujeira no carpete. Brass desencoraja Jack de pagar o resgate aleatório. 


Jack fica revoltado pela sugestão, especialmente após ser informado que sua esposa tinha grandes chances de já estar morta. Mesmo informando Jack sobre a possibilidade de fraude, ele resolve ir de qualquer maneira, e Brass o segue a distância de tocaia, quando se assusta com a chegada de Nick. 



A análise de traços da sujeira revela ouro e cianeto. Rastros de que há minas de ouro por perto do local do enterro do caixão. Enquanto Grissom faz um mapa, ele conta para Sara que há apenas 3 minas de ouro perto de linhas de energia na zona possível. 


Grissom e Sara procuram pela deserto, com um equipamento de câmeras infravermelho que detecta o calor do corpo. Eles acabam achando Laura na câmera e vão de helicóptero ao seu encontro. 




Eles chegam até lá antes do resgate e começam eles mesmo a cavar para tirar Laura. Um homem jovem é visto retirando o pacote de resgate e a polícia o intercepta. 



Quando Grissom entrevista Laura Garris no hospital, ela disse que ela se lembra de ser pega por trás do corredor em casa e que um pano foi colocado na sua boca, e que por isso que ela não se lembrava de nada sobre quem a sequestrou. 


Ela também não consegue se lembrar de como ela sofreu um olho roxo no meio de ser enterrada via. Grissom pede por seu DNA, para comparar com a fita usada para silenciar ela. O caminhão foi confirmado como pertencente ao personal trainer de Jack Chip Rundle. 


Sara processa o buraco onde Laura foi enterrada, vendo que ela conseguiu recuperar uma digital de lá. Em interrogatório, Chio insiste que ele pegou a mala de dinheiro sem saber o que tinha dentro. Como Chip conhecia Jack, Brass imagina que ele também conhecia o interior da casa dos Garris. Chip é informado por Brass que acharam suas digitais no caixão que enterrou Laura no deserto. Chip é liberado quando informa que ele ajudava no negócio de vinhos. Mas na verdade, ele apenas foi chamado para gravar sua voz para fazer uma comparação da mensagem do resgaste deixada para Jack Garris ouvir. 



Os técnicos de laboratório combina a voz de Chip com a voz da mensagem de resgate. Depois, eles acham fios de cabelo no assento do carro de Chip. Sara pede para Grissom ajudar ela a reconstruir o sequestro de Laura. 


Ela pergunta: "Você poderia me amarrar?". E ele responde, olhando para Catherine: "Eu adoro meu trabalho", cena clássica.




Na hora de analisar o carro, a teoria de reconstrução da cena de Sara pergunta o motivo de uma mulher inconsciente no assento da frente. Sara também nota fibras na parte correspondente aos braços de Laura, que só poderiam estar ali se ela estivesse sentada normal. Aí, Grissom diz que tinha pensado nisso, e que tinha já pedido teste de sangue no hospital dela, e isso confirmaria que ela participou do próprio sequestro, já que ela não teria sido drogada de verdade do caminho do carro até o deserto. 


Laura nega persistentemente qualquer relacionamento com Chio, mas Sara teoriza sobre o sequestro falso como parte de um plano maior romântico por parte dela de fugir com Chip e roubar parte da fortuna de Jack. Um flashback mostra como foi na realidade, com eles dois juntos se beijando enquanto planejavam o sequestro, deixam um pano com éter no caminho. 


Os dois dirigem para fora da cidade, e Chip para e inventa uma desculpa. Depois de falar para Laura que eles tinham que mudar de carro, ele leva ela até a cova aberta e dá um soco na cara. 


Laura nega as teorias, mas Nick toca a gravação agora editada e limpada ao som que eles captaram no fundo. O som é dela avisando Chip que um carro ao fundo poderia ser a polícia. Laura é presa com a acusação de 25 anos de cadeia. 


O caso de Catherine tinha como vítima Renda Harris, uma garota vítima de um atropelamento. No caso, está Catherine, como também Warrick Brown. A única evidência achada é de um arranhão da tinta do carro que ficou na scooter da garota. Quando eles retornam da autópsia, Doctor Williams mostra parcialmente o número da placa que ficou evidente no hematoma no corpo da menina. 


A placa parcial leva os dois Catherine e Warrick para a casa de um senhor chamado Charles Moore, de 73 anos. Ele disse que seu carro foi roubado, mas uma procura na sua casa revela que o carro estava em sua garagem. Charles confessa que era ele atrás do volante, que ele viu Renda no meio da estrada, mas que pisou no acelerador e não no freio por nervosismo. 



De volta no laboratório, Catherine pondera se a confissão de Charles foi rápida demais para ser verdadeira. O som do carro revelava um gosto musical alto de um cd de hip-hop no último volume. Eles perguntam para Charles se mais alguma pessoa dirigia seu carro, e aí seu neto James entra na cena, com comprovação profissional para guiar o carro do avô. 


Quando ele ia confessar, o avô começa a dizer que não dirigia bem a noite, e por isso atropelou a garota. Catherine e Warrick percebem que ele está mentindo, e se perguntam se o senhor levar a culpa pelo neto seria tão errado assim, já que ele é idoso, e seu neto, ainda bem jovem.



Catherine dá uma olhada no carro de Charles e encontra um pequeno pedaço de um dente que foi parar lá quando teve o acidente. James diz que tentou encobrir o acidente do neto para não estragar o futuro do neto. Catherine e Warrick acabam levando o neto preso, e Warrick dá seu número e oferece ajuda para ele. 



Crítica do episódio


Várias coisas acontecem no terceiro episódio da série. Sara, Grissom e Nick estão em um caso de sequestro, que na verdade, é um caso de uma esposa que trai o marido, e que fingiu o próprio sequestro. Outra reflexão é que Catherine e Warrick estão comprometidos demais com o caso deles, e mais uma vez o fator ético aqui faz com que nos perguntemos, se ás vezes o objetivo de resolução, justiça, vigilantismo, pode ser apenas um objeto muito torpe de eficiência no trabalho. Catherine chega a falar sobre quem faria justiça pela vítima (a garota) do episódio. 


Outra questão legal é ver o aniversário de Lindsay, todos dão kits de química para criança, e Sara brinca que Nick poderia aprender algo no kit. A filha de Catherine não queria uma festa de aniversário, e Catherine ficou preocupada, mas no fim, ela apenas queria passar mais tempo com a mãe. 


Nesse episódio, parece que já existe toda a dinâmica da série. Apesar de ser apenas o terceiro episódio, parece que tem toda uma rotina ali (sugerindo que a série ia durar por muito tempo, o que aconteceu). 



A ética radical do servidor aqui tem que reportar o neto (e acabar com a vida de um jovem). Não há a possibilidade de concordar com isso, por também ser concordar com fraude ou com mentira. Mas aqui a o debate sobre ética é maior, já que é sobre o velho estar sendo condenado pelo erro do jovem. 


Quando Catherine olha para a Scooter e fala que não compraria para a filha, é em parte um pouco de pânico moral por parte dela, uma ideia bem comum na educação recente de censurar aquilo que é considerado "perigoso". 


Ou seja, uma ideia meio contra videogame, patins, scooters e qualquer coisa que faça os filhos ficarem longe dos pais. Catherine sempre pareceu essa mãe ausente e meio moralista por ser policial e filha de cara famoso local. Mas para quem saca de política americana da época, essas eram pautas dos democratas da linha Hilary Clinton da época, e Catherine é obviamente uma republicana.


O caso de Grissom, Sara e Nick foi interessante por ser totalmente um típico caso de perícia clássico de Las Vegas. Um casamento falho, uma esposa troféu e interesseira. Tudo é muito estilo CSI mesmo. 


Várias cenas GSR já, como a cena clássica do helicóptero, com direito a um carinho de Grissom no rosto de Sara ao encontrarem o caixão. A metáfora aqui é que quando Sara e Grissom trabalham juntos, eles conseguem tanta perícia que localizam a pessoa antes de ela morrer, já que a maioria dos casos só necessita de peritos quando a vítima já morreu. Ótimo plot e que inicia bem a linguagem e estilo dos episódios GSR.



Produção e história por trás do episódio


Esse episódio tem várias curiosidades. Dois dos atores que participam do episódio participaram da franquia Star Trek, Erich Anderson e Jolene Blakock. 


A música tocada na rádio quanto Warrick e Catherine estão examinando o carro de James era "Mathematics", de  Yasiin Bey. Outra curiosidade é que o nome do episódio é referência a loja famosa americana Crate and Barrel, uma loja de interiores e decoração de casas. O nome do episódio Crate n Burial é uma brincadeira com a questão da mulher troféu ter sido enterrada viva. 


Mais cenas marcantes do episódio:





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